Luz em meio às trevas.

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Vilarejo dourado.

Sua majestade continuava com seus lumes sobre o padre, a bondade dele era preciosa, embora sempre tão inexpressivo, sua generosidade era radiante como o brilho dos seus santos olhos. Park realmente enxergava nele um homem santo. Seu coração continuava rendido a ele, e sabia perfeitamente bem que não mudaria. Por vezes, senti que precisava confessar seu amor a ele, como já fez antes, contudo, há tantos empecilhos, e um deles é sua certeza de que seus sentimentos não seriam correspondidos. No entanto, sua majestade às vezes se sentia confuso, pois jurava ver amor nos olhos dele quando estavam sobre si, ou quando o abraçava conseguia ouvir o som do seu coração, como em outrora. Todos os mínimos detalhes do padre em relação a sua pessoa chamavam sua atenção, o deixando baratinado. Parecia que havia sentimentos dentro dele por sua pessoa, contudo, aceitava de modo doloroso que poderia ser sua imaginação, imaginação essa germinada por seu desejo de ser real, embora não fosse.

- Majestade. - Disse as crianças se aproximando do rei, sorrindo contentes com os brinquedos e com tudo o que ganharam. - Muito obrigado por sua generosidade, meu senhor.

Jimin sorriu amável, acariciou os cabelos castanhos de uma delas. As crianças gostavam do rei, ouviam o quanto ele era generoso e eram encantados pelas histórias mágicas que seus avós contavam a eles, histórias que enfatizavam a beleza do rei, histórias parecidas com contos de fadas e ele realmente era tão belo quanto o raiar do sol da aurora e da alvorada.

- O senhor parece mesmo alguém que veio de um conto de fadas. - Disse um dos menininhos de cabelos encaracolados.

- Bem, você é muito gentil e parece um anjinho do céu.

O garotinho sorriu e ficou encantado com o elogio do rei.

- Obrigado, majestade.

- Como você se chama?

- Noemi.

- E você gostou do seu brinquedo, Noemi?

- Muito, mas eu ainda não sei como abrir.

- Venha, eu ensino.

Jimin pegou a mãozinha do garotinho e o levou até ao banquinho da pracinha, ficando a seu lado, mostrando a ele como se abria a caixinha de música. Jeon, a uma certa distância observava. Seus olhos onde dois horizontes distintos reinavam dentro das pupilas, estavam sobre o rei, e sempre sentia como se seu coração pudesse deixar seu peito com todos os batimentos rebeldes que se chocavam com as emoções, causando uma explosão dentro da sua alma, e do seu corpo. Nunca esqueceu a primeira vez que colocou seus olhos sobre ele, na época ainda trajava o véu sobre o rosto, enxergando sua beleza entre as rendas. Desde então seu coração pertencia a ele, mesmo que o dele não pertencesse mais a sua pessoa.

Após ajudar o garotinho a usar a caixinha de música, o pequeno agradeceu e depois saiu correndo para brincar. Jimin ergueu-se e aproximou-se do padre, ambos observando todos os Camponeses de dourado ajudando os oxônios. Jimin, preocupado, pensava em como resolveria aquela situação. Se ao menos descobrisse quem poderia estar por trás do complô contra os oxônios e sua pessoa. Sua majestade estava pensativo quando o relinchar de um cavalo chama sua atenção. Olhou naquela direção e seus olhos pairaram sobre o inacreditável corcel branco como algodão, com a crina longa e bem alinhada composta por algumas ligeiras mechas douradas. O rei ficou encantado, era magnífico, tão magnífico que não parecia ser de verdade.

- Que lindo. - Disse com seus olhos sobre o cavalo.

Jeon que estava atento ao rei, ouviu suas palavras e percebeu que ele fitava aquela direção, levou seus olhos até lá e compreendeu a que ele se referia, e por um momento Jeon sentiu-se confuso, pois sabia que já tinha visto aquele corcel em algum lugar...

O padre II : A coroa do rei - Jikook - 2ª tempOnde histórias criam vida. Descubra agora