cap 13

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Isaac Connor

  Depois de parecer uma eternidade a chegada do restante do pessoal na lanchonete, ouço os passos das pessoas chegando, mas só ergo a cabeça quando sinto sua presença junto com o seu delicioso cheiro de uva, próximo a mim

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  Depois de parecer uma eternidade a chegada do restante do pessoal na lanchonete, ouço os passos das pessoas chegando, mas só ergo a cabeça quando sinto sua presença junto com o seu delicioso cheiro de uva, próximo a mim.

  Tento dormir, mas não meu Tetê, Ay tenta me fazer comer, mas só consegue quando troca de lugar com Matt, me deito em seus peitos, me esfrego querendo mamar, mas eles demoram séculos para sair dali. Consigo cochilar por  conta do balanço do carro, e então  Matt me ajuda a chegar no apartamento, me sento no sofá morrendo de sono, mas quando Ayla, chega lá dentro, jogo ela no sofá e ergo sua blusa, mas quando peço permissão para mamar com o olhar, sem me importar com meus amigos, ela sinaliza que não com a cabeça.

Sinto meus olhos lacrimejar, a temperatura do corpo se esquentar, e tudo que passa na minha cabeça, e que ela está me julgando agora,  que ela não gosta mais de mim, que ela me rejeitou, o que eu a machuquei, e que ela não vai querer mais se aproximar de mim.  Ouço a voz do meu pai dizendo todas aquelas coisas para mim, acho que ele estava certo.

**

- VOCÊ É UM MOLEQUE ESTUPIDO!! UM LIXO!! VOCÊ NÃO VALE NADA !! NINGUEM VAI TE AMAR, VOCÊ NÃO VAI TER NINGUÉM!! NINGUEEEEEEEM !! - Meu pai gritava enquanto me chutava no chão, ali foi a primeira vez que quebrei a minha costela.

- VOCÊ ESTÁ ME OUVINDO SEU PEDAÇO DE MERDA??? HUM? JA FALEI QUE NÃO É PARA APROXIMAR DE NINGUÉM, VOCÊ NÃO MERECE CONTANTO ALGUM, VOCÊ É UM BASTARDO, FILHO DE PUTA !! - Mais chutes e mais chutes foram aquela noite, ele só se cansou quando descarregou toda sua raiva.

**

  Era corriqueiro ouvir coisas assim, e mais corriqueiro ainda, ouvir aquelas palavras. Então ver Ay se afastando me deu gatilho, lembrando do quando eu não mereço ela.

Ayla se aproxima do meu rosto, com o rosto ainda fechado, as suas sobrancelhas ainda franzidas, comprimindo os lábios, aproxima sua mão limpando minhas lágrimas, e eu automaticamente recuou levemente.  Vejo ela soltar o ar pesado, e então falar.

  - Eii.. tudo bem, não precisa se afastar de mim, e nem chorar. - ela fala calmamente.

- De-desculpa, e-eu Na-ão queria te violentar. Mme-me perdoa. - Falo soluçando, tentando respirar, mas fica difícil a cada palavra.

- Shii.. Não fala isso, tudo bem. Você não violentou bebê. Não foi isso, okay? - Ay fala baixinho, pegando minha mão e me levando até o sofá.

- Então p-porque  você n-não, dei-deixou,  eu .. eu mama? -  pergunto tentando puxar o ar mais forte.

- Primeiro respirar comigo. Vai, um, segura três segundinhos, (um, dois, três), solta. Dois, respira  (um, dois, três), solta. Três, respira (um, dois, três), solta. - Ay fala, e vou repetindo o exercício de respiração com ela, e vou me acalmando.

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