Capítulo nove

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Mais um capítulo
Ele vai conter assuntos pesados como violência e traumas, porém é importante que leiam para entender um pouco sobre Sukuna
Maaaaas caso impressionem alguém, eu sugiro pular este cap e esperar o próximo, tudo bem?
Boa leitura🌸


🍷


Sempre naqueles momentos, depois que Suguru aprendeu a estabilizar um pouco o que sentia por Sukuna, se pegava pensativo enquanto o alfa fazia o que quisesse com seu corpo.

Era bom, estaria mentindo se dissesse que não gostava de transar com Sukuna. Ele tinha uma pegada forte, membros pesados e podia manusear Suguru como se fosse uma folha de papel. Sukuna tinha poder sobre ele, o conhecia como ninguém e permaneceria existindo por suas manipulações até que estivesse morto.

Durante o tempo em que ele deixava suas marcas no seu corpo, Suguru inclinava as costas como reação aos toques maliciosos. Sim, Sukuna fazia questão de chupar os hematomas que Satoru havia feito, deixando chupões duas vezes mais escuros por cima. Suguru olhava para o espelho em frente a cama, enxergando as costas largas de Sukuna e suas pernas vestidas nas meias vermelhas enroscadas no seu quadril. A música abafada soava ali dentro, fazendo o ambiente se tornar mais excitante com Suguru tentando se inebriar com os toques do alfa para poder tornar os sentimentos do seu coração frágil em êxtase.

Se beijavam lentamente, por mais que o beijo de Sukuna fosse agradavelmente agressivo, sentia suas respirações se chocando, seus lábios cada vez mais molhados. Quebrou o ósculo e puxou o oxigênio pela boca, sempre ficava sem fôlego com os beijos de Sukuna, ele não parava até Suguru não aguentar mais.

Suguru abriu as pálpebras e se deparou com os olhos de Sukuna, tinham um formato bonito e por incrível que pareça, olhando diretamente neles, Suguru conseguia ver inocência, onde invés de ser um homem adulto, era uma criança tímida que olhava para ele como se pedisse algo.

A verdade era que Sukuna, apesar de tudo, era tímido e calado, lembrava de quando moravam juntos ver o alfa no amanhecer do dia olhando para o céu, então Suguru se aproximava e via como Sukuna enrubescia as bochechas sempre que o encarava. Da mesma forma que estava em cima daquela cama, poderia ser tesão ou apenas timidez.

No fundo, Suguru sabia que ser tímido não fazia parte da sua personalidade. Era uma resposta a um trauma que demorou tempo para entender. Nunca de fato soube o porquê de Sukuna conversar sozinho, ou surtar inesperadamente sem motivos plausíveis, mas cogitou que ele não teve a melhor infância. Ele foi obrigado a saber conversar com os outros, isso Sukuna havia o contado, porém, além de tudo, ele se tornou manipulador e tinha suas suspeitas que fosse algo herdado do pai. Entretanto, era um fato que Suguru percebeu tarde demais e justificava pensando que o alfa só era problemático.

Não importava agora. O ômega estava arrepiado, deixando aquele alfa judiar seu corpo, marcando-o em cada extremidade de sua pele, seus dedos grandes o penetravam lentamente, porque mesmo que Suguru estivesse longe de ser virgem, Sukuna continuava a ser muito grande.

Suguru não estava mais apaixonado, mas ainda assim o amava. Mesmo maduro e mais velho, continuava a ser um tolo com Sukuna igual na sua adolescência, não tinha planos de mudar afinal de contas, Suguru achava que não fazia diferença.

Porém, falando sobre a perspectiva de Sukuna, as coisas eram diferentes. Estar com ômegas era como ingerir drogas, sempre buscou se sentir cheio de alguma forma. Transar e sentir aqueles ômegas implorarem por ele era como fazia para se sentir amado.

Foi alvo de muitas maldades durante a época que era criança, nunca se sentiu verdadeiramente amado, mesmo sendo o menino mais querido com as pessoas, com seus pais e, principalmente, com a tia. A tristeza o acompanhou durante muito tempo, se recordava bem quando ia para escola só para ficar sozinho, não conseguia interagir com as outras crianças e não era porque elas o tratavam mal, e sim, por não se sentir merecedor. Como ele conseguiria se divertir se na sua cabeça só passava seus problemas de família?

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