Contrato Com Sentimentos - Min Yoongi

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                          Min Hee

Já estava tarde, e eu ainda tinha várias obrigações. Era só o primeiro dia e eu já estava muito cansada. Ouvi alguém bater na porta, permiti a entrada, e vi Jukyeong entrar, fechando a porta atrás de si.

— Desculpa atrapalhar, mas fiquei sabendo que se tornou a secretária do chefe.
— Sim, e estou odiando. Estou cheia de coisas para fazer, minha cabeça está a mil e não tive tempo para mim hoje. Ah, e me desculpe por ontem, por não ter ido ao jantar que você me convidou. Culpa desse chefe...
— Tudo bem, amiga. Mas eu trouxe comida para comer com você. Percebi que você não foi ao refeitório.

Ela tirou da sacola frango frito, soju e leite de banana. Sorri, largando o computador e sentando-me no sofá ao lado dela.

— Hmm... Está muito bom!
— Eu sou uma mestre em escolher onde compro frango frito.

Então, lembro-me das palavras da So Ah e sinto-me triste por não ter tido tempo de falar com ela. Levanto, pego meu celular e vejo ligações perdidas da minha melhor amiga. Fico triste por não ter me importado com ela...

— Tudo culpa desse chefe maldito! — murmuro em voz alta.

Jukyeong ri.

— Daqui uns dias ele vai ficar sem nenhum funcionário. — Super concordo! — abro as mensagens de So Ah.

                  Minha favorita 🤍

Ei amg tava pensando que tal nos
Irmos para o parque de diversões faz tempo que não saímos juntas
13:40

Vc esta bm? Ainda não entrou nas suas redes sociais.
15:32

Amg??
Seu chefe está te escravizando?
17:16

* 5 chamadas perdidas*

Respiro fundo e tento escrever algo um pedido de desculpas sei lá mas recebo uma ligação de sua mãe.

— A So Ah... A minha bebê desmaiou.. — engole as lágrimas e diz ela disse que queria te ver.

Meu mundo desaba. Sem pensar muito, levanto sem me importar com o chefe, muito menos com a comida, e vou direto para o hospital.

Acabo esbarrando no chefe, e ele fica furioso, mas não me importo; quero que ele se exploda, homem medíocre.

— Ei, onde vai com tanta pressa?
— O quê? Ainda pergunta? Por sua culpa, não posso estar ao lado da minha melhor amiga!
— Você acha que eu tenho culpa? Se não aguenta, se demite.
— Você é um mimado sem amor, INSUPORTÁVEL, que só pensa em si próprio.
— Eu não me importo com ninguém! Se não gostou, como eu já disse, saia da minha empresa. Somente pessoas capacitadas podem trabalhar aqui!

Lágrimas rolam do meu rosto.

— Você acha que a empresa é tudo para você, né? Mas o que importa são as pessoas, os bens materiais, a diversão, sair com amigos, amar... Mas você só se importa com dinheiro!
Ele me olha friamente.
— Pois bem... Eu amo, sim, o dinheiro! Vai fazer o quê? Me diz, se o dinheiro não traz felicidade, por que você está aqui trabalhando? Se não, ficaria desempregada e sem dinheiro. Se você trabalha, é porque precisa do dinheiro. Você não é diferente de mim, Min Hee. A única diferença é que eu sou o dono da Fusion Works, e você é uma simples secretária!

Ao ouvir aquelas duras palavras, mordisco os lábios, me segurando para não arrebentar a cara dele. Fecho a mão, tentando me controlar.

— Não, você está enganado! Você é um simples ser humano que não teve amor suficiente. Talvez os seus pais não foram presentes... Ou simplesmente nem faziam questão de você. Sabe, eu tenho que concordar, você é um ser humano lixo, desprezível. Se eu fosse eles , faria o mesmo.

Saio com um sorriso debochado. Nunca falei assim com ninguém, mas confesso que fiquei com um peso na consciência.

Quando cheguei no hospital, fui direto para o quarto da So Ah. Ela estava descansando. Segurei sua mão firmemente, arrependida de não ter saído com ela. Uma lágrima minha caiu em sua mão, tentei enxugá-la, mas as lágrimas não paravam. Coloquei a mão no rosto para chorar, e ela abriu seus olhos com um olhar triste.

— M-me p-perdoa! — com a voz falhada, peço perdão. Ela sorri; estava com um olhar cansado, as olheiras aparentes, mas o sorriso no rosto. Sei que esse sorriso era para esconder o que estava sentindo.
— Você... N-não p-precisa se d-desculpar. — Sua voz estava diferente, estava cansada. Me pergunto se foi apenas um desmaio.
— Descanse... — Aliso seu cabelo carinhosamente. Ela fecha os olhos, e eu durmo ali no sofá. Não quero sair de perto dela nem um minuto.

No dia seguinte, ela já estava sentada na cama. Eu me levanto, abraçando-a com um sorriso. Ela ainda estava com um rosto cansado, mas não como ontem.

— Amiga... Ontem eu estava tão ocupada que não pude te responder. Espero que você me perdoe.

— Eu já disse pra você que não precisa se preocupar! Eu te amo, Hee! — Ela me abraça bem forte, mas percebo que estava chorando. Seguro seu rosto, coloco uma mecha de seu cabelo atrás da orelha e a olho, preocupada.

— Você está bem?

— Sim... Hee, promete que você vai se cuidar, que vai continuar trabalhando e realizando seus sonhos. Por favor, não desista do seu sonho por minha causa.

Eu sei que você lutou muito, passou noites sem dormir. Eu só quero o seu bem. Amiga, vamos viver os próximos meses como se fossem os nossos últimos dias juntas. Vamos tomar sorvete de chocolate, o seu favorito, comer frango frito e ir ao karaokê como de costume.

— Amiga... Eu não estou entendendo.

Ela enxuga as lágrimas e acaricia o meu rosto.

— Eu só tenho dois meses de vida... Me perdoa. Me perdoa por não poder viver mais com você. Me perdoa por eu não conseguir ver você realizar seus sonhos. Me perdoa, de verdade...

— Não, isso não pode ser. Fala que é brincadeira! Cadê as câmeras?

Entro em desespero, e ela olha para o chão, sem conter as lágrimas. Eu a abraço forte.

— Eu não vou deixar você partir!

Eu prometo que vou trabalhar duro para pagar um hospital caro e curá-la! Ela não vai morrer! Eu não vou deixar...