𝑪𝒐𝒏𝒇𝒊𝒅𝒆𝒏𝒕𝒊𝒂𝒍 - 𝑫𝒂𝒗𝒓𝒐𝒏

𝐎𝐧𝐞

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ᴄᴀᴠᴀʟᴏ ᴇ ᴏ ᴄᴏʀᴠᴏ
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Seus passos eram rápidos, lembrando o galope de um cavalo. Na direção oposta, passos suaves e ligeiros se aproximavam, como o bater de asas de um corvo.

A noite e a luz da lua eram tudo o que os guiava em direção um ao outro. Ninguém os seguia; era tarde demais para isso, mas o horário perfeito para o encontro.

A porta do moinho rangeu ao abrir, e ele subiu as escadas correndo, em direção ao andar superior, onde os grãos moídos eram guardados antes de serem transportados.

O ambiente estava iluminado por velas e tochas presas nas paredes. Ele parou de repente ao ver o brilho metálico de uma espada refletido pela chama de uma tocha contra seu pescoço. Um sorriso brincou em seus lábios enquanto ele seguia o fio da lâmina com os olhos, até encontrar quem a segurava.

― Está atrasado ― disse Davos, com um tom desafiador, levantando uma sobrancelha. Aeron deu os últimos passos da escada, ainda com a espada de Davos rente ao pescoço. ― Me fez perder tempo. Vou embora.

Davos bufou, guardando a espada na bainha e passando por Aeron. O Bracken riu, agarrando as vestes do Blackwood e puxando-o para si.

― Deixe de drama ― retrucou Aeron, bufando. Davos abriu um sorriso ladino, puxando Aeron pela cintura e juntando seus lábios em um beijo afoito. Aeron suspirou, satisfeito, envolvendo o pescoço de Davos com os braços enquanto se entregava ao beijo.

Aeron suspirou contra os lábios de Davos, sentindo o calor de seu corpo através das vestes. As mãos de Davos, antes firmes na espada, agora exploravam sua cintura com urgência. Aeron puxou-o para mais perto, sentindo a batida acelerada do coração do outro, em perfeita sincronia com a sua.

Davos quebrou o beijo por um momento, deixando seus lábios roçarem a mandíbula de Aeron, descendo até seu pescoço, onde depositou beijos quentes e famintos. Aeron jogou a cabeça para trás, entregando-se completamente à sensação, enquanto suas mãos se perdiam nos cabelos de Davos.

― Sempre tão impaciente ― sussurrou Aeron, ofegante, mas sem disfarçar o sorriso no canto dos lábios. A provocação apenas acendeu ainda mais o fogo entre eles. Davos soltou uma risada baixa, mordendo levemente o pescoço de Aeron, que gemeu de leve, um som que fez o ar ao redor parecer ainda mais denso.

As velas tremeluziram, as sombras das chamas dançando pelas paredes, enquanto Davos empurrou Aeron contra a parede de madeira rústica do moinho. O toque da madeira fria contrastava com o calor que emanava dos corpos próximos, tão próximos que parecia não haver mais espaço entre eles.

Aeron mordeu o lábio, os olhos faiscando de desejo, enquanto as mãos de Davos se aventuravam por baixo de sua túnica, tocando sua pele com dedos firmes e ágeis. O ar parecia pesar, carregado de tesão e expectativa, enquanto o ritmo das respirações se tornava mais rápido, entrecortado por gemidos suaves e sussurros roucos.

― Você adora fazer isso ― murmurou Davos, os lábios mal tocando os de Aeron, a respiração quente entre os dois. ― Me provocar, testar meus limites.

― E você nunca resiste ― respondeu Aeron, antes de puxá-lo de volta para um beijo ainda mais intenso, os corpos se fundindo em uma dança frenética de desejo e necessidade.

As mãos de Davos exploravam cada parte de Aeron com uma mistura de impaciência e devoção, como se quisesse memorizar cada curva, cada resposta que o corpo do outro lhe dava. Aeron, por sua vez, se entregava sem reservas, os sentidos entorpecidos pelo calor do momento, o tempo parecendo parar naquele espaço, onde apenas eles existiam, em um turbilhão de paixão crescente.