Madson Evans

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— Vai precisar de mim, senhora? — perguntou Mônica, com um leve tom de cansaço.

— Não, pode ir descansar. Obrigada por ficar até mais tarde — respondeu Ana, com um sorriso caloroso. — Eu cuido dela agora. Vou pedir que preparem uma mamadeira de leite morno, ela parece estar com muita fome. Boa noite, Mônica — completou, verificando se a menina precisava trocar as fraldas antes de se alimentar.

— De nada e boa noite! Se precisar de algo, é só chamar — disse Mônica, saindo logo em seguida e deixando as duas a sós.

Ana trocou a fralda, vestiu a bebê e a enrolou em na mantinha rosa. Com a pequena nos braços, foi até a cozinha do casarão para preparar uma mamadeira. Ao chegar, encontrou dona Rosa terminando de arrumar o ambiente e se aproximou.

— Boa noite, dona Rosa! Pode preparar uma mamadeira de leite para essa pequenina? — pediu Ana, exibindo a menina com um sorriso.

— Boa noite, senhora! Já preparo. Quando essa pequena chegou? — perguntou Rosa, admirada.

— Acabou de chegar, e pela carinha, está ansiosa para se alimentar. Ela é uma recém-nascida — respondeu Ana, sentando-se com a bebê no colo.

— Que dó, tão pequena e já enfrentando dificuldades — comentou Rosa, solidária.

Sabendo que a bebê era recém-nascida, Rosa pegou um pouco de leite materno, conseguido frequentemente devido à presença de outros bebês no orfanato e começou a prepará-lo. Conversando com Ana sobre a nova moradora, pegou uma mamadeira rosa novinha e logo o leite estava pronto.

— Mônica já fez os exames nela, e está tudo bem — informou Ana, acariciando o rostinho da bebê.

— Ainda bem! Tão pequena, mas é bom saber que saudável — disse Rosa, com compaixão. — Aqui está, o leite já está na temperatura ideal — falou, entregando a mamadeira.

— Muito obrigada, dona Rosa! Pode ir descansar agora, vou alimentá-la e depois a levarei ao berçário — agradeceu Ana, recebendo a mamadeira.

— De nada, é um prazer ajudar. Boa noite para a senhora e para essa linda garotinha — despediu-se Rosa, retirando o avental e saindo para seu quarto.

Ana González, a diretora, tinha um pequeno quarto no andar superior do orfanato, usado em emergências, quando ela não conseguia voltar para casa. Ao entrar, acendeu o abajur e sentou-se numa poltrona azul para alimentar a bebê.

— Pequenina, não tenha medo. Não vou deixar ninguém te machucar ou te abandonar. Prometo fazer de tudo para que você tenha uma infância tranquila e feliz. Vou encontrar a família perfeita para você. Enquanto isso, estará sob minha proteção — prometeu Ana, balançando a menina enquanto ela sugava o leite com muita vontade, matando sua fome. — Seu nome será Madson Evans — disse, sorrindo com ternura.

Ao olhar nos olhos azuis da bebê, que tomava o leite sem hesitar, Ana lembrou-se do motivo de seu trabalho ali. Não suportava ver crianças sofrendo e sentia uma necessidade imensa de ajudá-las.

— Madson Evans será bem cuidada e amada. Vai crescer e se tornar uma menina maravilhosa, todos à sua volta vão reconhecer que você é um verdadeiro anjo. Será feliz, gentil, educada e muito esperta. Você é especial — murmurou quase como uma profecia. — As pessoas vão se orgulhar de você.

Depois de alimentá-la, Ana levantou-se e levou a pequena ao berçário, onde outros bebês jáadson,  dormiam. Chegando lá, encontrou Yang ninando um dos bebês. Ana foi até um dos berços e, ao colocar Madson para dormir, ficou observando-a, envolta em um silêncio tranquilo.

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⏰ Última atualização: Oct 15 ⏰

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