Capítulo 51

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 "Eu estava pensando em sairmos pra jantar," ela sugeriu. "Se você estiver com vontade." "Claro," falei, porque não tinha razão para não estar. Mas, na verdade, tudo o que eu queria era enrolar-me na cama e ficar sozinha pelo resto da noite. Acabamos indo comer sushi, em um restaurante cinco estrelas, é claro. Eu estava mesmo começando a sentir-me confortável em lugares como esse. Passei a perceber que na realidade ninguém estava encarando-me, como eu presumia. Contanto que eu mantivesse a cabeça em pé e agisse como se fosse do meio, tudo ficaria bem. 

Lauren usava o hashi como profissional. Não sei por que isso me surpreendeu. Quando voltamos para o hotel, estava sentindo-me com um humor consideravelmente melhor – talvez por causa do ótimo sushi, ou do ótimo saquê, na verdade, eu não me importava. Nós rimos e brincamos no caminho de volta ao hotel, rolando na cama como um verdadeiro casal em lua de mel. Beijamo-nos e despimos lentamente, e aquela noite eu o vi nua pela primeira vez. 

Deixei meus olhos percorrerem todo seu corpo, memorizando cada centímetro de sua pele. Não sabia o que aconteceria quando voltássemos para casa, mas percebi que seria bobeira não aproveitar tudo isso enquanto durasse. Não conseguia lembrar-me da última vez que apenas relaxei desse jeito na cama com alguém; sem ter pressa, apenas deixando os momentos nos levarem. Lembrei-me de respirar. Respirações longas e lentas. 

"Onde você aprendeu isso?" Perguntei, deixando minhas unhas subirem e descerem pelo seu peito. "Da respiração?" Ela sorriu. "Eu acho que muitos homens e mulheres têm uma mentalidade fixa sobre o sexo. Eles acreditam que nascem instintivamente sabendo tudo o que precisam saber, e se precisam buscar qualquer tipo de conhecimento por fora, isso seria um tipo de fracasso. Eu nunca pensei assim. 

Quando eu era adolescente, eu fazia as coisas meio desajeitada, como todo mundo, mas quando eu cresci, eu queria aprender de verdade como fazer tudo do jeito certo. Então eu fiz como fazia com todas as outras coisas – tive aulas com alguém experiente." "Sexperiente." Precisava admitir que era algo inteligente – mas só de pensar nisso me dava vontade de rir. "Pode rir o quanto você quiser," ela disse.

 "Mas ela me ensinou como tirar o melhor proveito da experiência. Pra mim e pras minhas parceiras." "Eu não estou rindo de você," menti. "É que... é muito legal. "ela riu, enquanto eu passava as mãos pela sua coxa. "Os estranhos obstáculos que as pessoas têm ao tentar melhorar sexualmente.

 Quer dizer, por que não? A gente faz aulas para tudo. Ninguém espera que você seja um prodígio nas coisas sem nenhum tipo de treinamento." Fiquei de joelhos e sentei-me sobre ela, cuidadosamente, pegando a camisinha que estava na mesa de cabeceira. "Você geralmente conta pras suas parceiras sobre o seu... treinamento?" "Meu trabalho fala por si mesmo," ela disse, prendendo um pouco a respiração quando agarrei seu membro viril que endurecia rapidamente pela base e apertei um pouco. 

"Como você é humilde," falei, desenrolando a camisinha por sua pele macia feito veludo. "Pra responder a sua pergunta..." ela fez uma pausa enquanto eu abaixei-me sobre ela, com meucalor interno envolvendo-o com vontade. 

"...não. Acho que..." Ela suspirou. "...elas não iam entender." Fiz que sim antes de jogar a cabeça para trás e perder-me no ritmo da cavalgada. Ela não podia contar isso para uma mulher que realmente gostasse, porque ela poderia se apavorar com a ideia de uma mulher propositalmente tendo aulas de sexo. Mas comigo, não importava. Comigo, não havia risco. 

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