Tava bom demais pra ser verdade

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Pov.chaeyoung

Depois da conversa com minha mãe, levantei-me da cama e fui para o banheiro. A água fria do rosto me ajudou a clarear a mente. Enquanto escovava os dentes, olhei para o espelho e tentei me encorajar.

-Hoje é um novo dia- pensei, tentando me convencer de que tudo ficaria bem.

Após escovar os dentes, comecei a me arrumar. Escolhi uma camiseta confortável e uma calça jeans, algo que me fizesse sentir à vontade. Ao me vestir, tentei ignorar as inseguranças que ainda estavam presentes, focando em me sentir bem.

Enquanto penteava o cabelo, pensei em Dahyun e em como ela sempre estava ao meu lado. Isso me deu um pouco mais de confiança. Eu precisava enfrentar o dia, mesmo que isso significasse lidar com as expectativas dos outros.

Depois de me arrumar, coloquei meus fones de ouvido e liguei uma música animada. A batida me ajudou a relaxar enquanto eu caminhava pela casa, pegando minha mochila e preparando um lanche rápido.

-Chaeyoung, não se esqueça do seu lanche!- minha mãe gritou da cozinha.

-Já estou levando, mãe!- respondi, sorrindo.

Quando finalmente saí de casa, respirei fundo, sentindo o ar fresco da manhã. O caminho até a escola era familiar, mas hoje havia um leve nervosismo dentro de mim. Eu sabia que precisava ser forte e enfrentar o que viesse.

Enquanto caminhava, pensei em como poderia ser honesto comigo mesmo e com as pessoas ao meu redor. O dia seria um desafio, mas eu estava determinado a dar um passo de cada vez.

Enquanto caminhava, um ônibus passou ao meu lado, e antes que eu pudesse reagir, ele jogou uma onda de lama em mim. O impacto foi instantâneo e, em um segundo, minha roupa estava suja e eu sentia a frustração crescer dentro de mim.

-Ah, não! De novo não- exclamei, olhando para a lama que agora cobria minha camiseta. A raiva começou a tomar conta de mim, e, sem pensar, peguei uma pedra pequena que estava no chão.

Em um momento de impulso, joguei a pedra em direção ao ônibus. Para minha surpresa, a pedra acertou uma velhinha que estava descendo do veículo. Ela parou, se virando com uma expressão de choque e raiva.

-O que você está fazendo, jovem?! Tá querendo me mata?- ela gritou, olhando para mim com uma mistura de confusão e raiva.

Senti meu coração disparar. O que eu havia feito? A raiva que me motivou a agir agora se transformou em vergonha.

-Desculpe!- gritei de volta, sentindo o calor subir em meu rosto. -Eu não queria acertar você!

A velhinha me olhou por um momento, e, ao invés de continuar a brigar, ela suspirou e balançou a cabeça. -Cuidado com suas ações, menina. A raiva não resolve nada.

As palavras dela ecoaram em minha mente. Eu sabia que tinha agido por impulso, e agora sentia um peso na consciência.

-Desculpe de novo- murmurei, enquanto ela se afastava, ainda com a expressão de desapontamento.

Respirei fundo, tentando me acalmar. A lama na minha roupa e a situação embaraçosa só aumentavam minha frustração. Mas, ao mesmo tempo, percebi que precisava aprender a lidar com esses sentimentos de maneira diferente.

Enquanto a observava ir embora, senti que, apesar da dor e da situação embaraçosa, havia aprendido uma lição valiosa. Eu precisava ser mais forte e encontrar maneiras melhores de lidar com meus sentimentos. Com um novo senso de determinação, continuei meu caminho para a escola.

Enquanto caminhava, ainda refletindo sobre o que havia acontecido, senti uma presença atrás de mim. Antes que eu pudesse me virar, a velhinha apareceu de novo, com a bolsa de couro em mãos.

-Você realmente precisa aprender a controlar sua raiva!- ela exclamou, e, sem aviso, começou a me dar leves batidinhas com a bolsa.

Consertar essa velinha era bipolar não tinha como ela não ser antes tava me dando uma lição de moral e agora me batendo

Aquela bolsa era pesada pra caralho e doía, mesmo que não estivesse sendo tão agressiva. Eu recuava a cada golpe, tentando me esquivar, mas a velinha parecia determinada a me bater

-Ei, espera!- eu protestei, tentando rir da situação, mas a dor nas minhas costas me fez perceber que ela estava falando sério. -Eu entendi, eu entendi!

Ela parou, olhando para mim com um olhar intenso, mas havia um brilho de compreensão em seus olhos.

-A vida não é fácil, e você não pode deixar a raiva te dominar. Aprenda a lidar com isso antes que machuque alguém de verdade- disse ela, finalmente baixando a bolsa.

-Desculpe por ter jogado a pedra- respondi, sentindo um misto de vergonha e gratidão. -Eu só estava tão frustrada...

A velhinha soltou um suspiro, agora mais calma. -É normal sentir raiva, mas você precisa encontrar formas saudáveis de expressar isso. Não se deixe levar por impulsos.

Acenei com a cabeça, absorvendo suas palavras.

-Vou tentar, prometo- disse, olhando nos olhos dela.

Ela sorriu levemente, parecendo satisfeita com a minha resposta.

-Agora, vá para a escola e lembre-se: a vida é cheia de desafios, mas você pode superá-los- disse ela, dando um tapinha na minha mão antes de se afastar.

Enquanto a observava ir embora, senti que, apesar da dor e da situação embaraçosa, havia aprendido uma lição valiosa. Eu precisava ser mais forte e encontrar maneiras melhores de lidar com meus sentimentos. Com um novo senso de determinação, continuei meu caminho para a escola,

Ao chegar em um canto mais tranquilo, decidi que precisava fazer algo sobre a minha roupa. A lama estava me incomodando e eu não queria chegar na escola parecendo uma bagunça. Olhei ao redor para me certificar de que ninguém estava por perto e rapidamente tirei a camiseta suja.

Com um friozinho na manhã, peguei minha blusa de frio que estava amarrada na mochila. Coloquei-a por cima, cobrindo a camiseta manchada. A blusa era quentinha e confortável, e me fez sentir um pouco mais confiante.

Enquanto me vestia, não pude deixar de refletir sobre o que havia acontecido com a velhinha. A dor da bolsa ainda estava presente nas minhas costas, mas agora parecia um lembrete de que eu precisava aprender a controlar minhas emoções.

Depois de me arrumar, olhei no espelho de um café próximo e sorri para mim mesmo. A blusa de frio disfarçava bem a sujeira e me fazia parecer mais preparada para o dia.

-Vamos lá,chaeyoung- murmurei para mim mesmo. -Você consegue enfrentar isso.

Com um último suspiro, peguei a mochila e segui em frente, pronto para encarar a escola e tudo o que ela tinha a oferecer. A raiva e a frustração ainda estavam lá, mas agora eu sabia que tinha que encontrar maneiras melhores de lidar com elas. O dia estava apenas começando, e eu estava decidida a fazer dele um bom dia.

Entre eu e você-michaeng (GP)Onde histórias criam vida. Descubra agora