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Diego costa

Eu acordo com a luz do sol se instalando no quarto de hotel por uma fresta da cortina, meus olhos estão inchados e pesados.

Logo a porta se abre e Luciano fica parado em minha frente.

-Fez merda ontem. Ele afirma com os braços cruzados.

-O que? Pergunto com a cabeça confusa.

-Porra, não lembra?-Ele joga uma cartela de comprimidos na cama.

-Não, só lembro do jantar, e da piadas idiotas do Gomes. -Acrescento pegando a cartela e analisando.

-Bebe, se te verem com ressaca, fudeu pra você. Ele diz alcançando a garrafa de água que está ao meu lado em uma mesa. -E por favor, lembra de ontem, e faz o certo. Fala em um tom baixo, e sai do quarto, enquanto eu bebo o remédio.

Ontem tinha saído com os meninos para jantar, mas não tenho nenhuma memória sobre a noite.

Fico um tempo deitado tentando processar o que aconteceu, até que um flashback vem.

[Flashback on]

Não me lembro quantas doses já bebi, e minha cabeça parece confusa, as coisas parecem girar lentamente, fazendo com que meu equilíbrio.

-Olha que coincidência. Uma mulher alta, loira e cheirosa passa a mão sob meu ombro.

-Hãn?-Pergunto sem entender.

-Você tá malzão. Ela senta ao meu lado.

-Só bebi um pouquinho. Faço um sinal de pequeno com a mão sorrindo.

-Sabia que você não iria durar como um bom homem.-Ela suspira.

-Bom homem?-Sorrio bobo.

-Pai, namorando.-Diz pegando meu copo e bebendo. - Você é péssimo nisso Didi

do meu.

-Se o erro for você, eu concordaria.- Pisco leve.

-Eu sou um ótimo erro. Ela beija meu pescoço. Mas erro foi perder o título, vim assistir esse jogo só pra te ter, e você perde. Ela toca seu polegar em meus lábios.

-Que tal eu conquistar sua boca como recompensa?-Minha mão vai na nuca dela.

-Claro.-Nossas bocas se encontram, e nossas línguas se entrelaçam.-Aqui está o verdadeiro Diego.-Faz uma pausa do beijo, e arranha minha barriga, por baixo da camisa.

-Porra. Digo enquanto ela puxa minha corrente, e volta a me beijar.

Após alguns minutos agarrados ali, eu me afasto.

-Merda.-Limpo a boca.

-Ta ruim?-Ela rouba um selinho.

-Merda. Sussurro.

Levanto rapidamente, sem dizer nada, e volto para o hotel.

[Flashback off]

Que merda eu fiz?

Que merda eu fiz?

Porra, meu filho.

Sinto uma turbulência em mim, tudo desmorona, e por culpa da minha irresponsabilidade.

Como vou falar pra eles? Como vou falar pra ela?

Em prazer momentâneo eu resolvi trair minha família, sei que eu e ela não tínhamos nada, mas eu deveria ligar para meu filho, pra saber como ele estava, mas eu estava beijando a pessoa que me machucou, e vou acabar machucando meu filho.

O barulho de notificação faz com que o celular acenda sua luz e mostre o contato dela.

Minha São Paulina 💗💍

Davi tá internado

A culpa fica mais forte, e eu me sinto péssimo, por estar longe e não ter ligado para ele, merda!

Rapidamente eu ligo para ela.

-Como ele tá?-Logo que ela atende eu pergunto.

-Fraco. Responde seca. A previsão é ele ficar três dias, ele não consegue comer nada. Conclui.

-Vou pegar o primeiro vôo que conseguir. Afirmo.

-Tá. Concorda. Meu pai tá aqui também.-Fala fria.

-Cuida dele pra favor. Minha voz sai falha. Em dobro, por mim.-Uma lágrima escorre em meu rosto.

-Eu sempre fiz isso. Me dá um gelo.

-Uhum.-Resmungo.

-Tchau. Se despede e desliga rapidamente.

Talvez Seja Em Outra Vida,meu Jogador-diego CostaOnde histórias criam vida. Descubra agora