Notas: Boa tarde! Essa será uma fic curta, com cerca de 3 a 5 capítulos, não sei ainda.
Gostaria de agradecer a Desire Design ( @DesireDesign ) , em especial a Rafaella por essa capa e banner incríveis! Obrigada meus anjos!
Dito isso, esse é literalmente um pequeno prólogo, não diz muito sobre a estória então espero que vocês estejam ansiosos pelos próximos! ❤️
E lembrem-se: leiam por sua própria conta e risco, não me responsabilizo por depressão, tristeza e sofrimento kkkkkkk
________________________________“O ódio nem sempre é a resposta para o amor.”
O barulho da batida na porta ecoou pela casa, alto e raivoso. Todos sabiam de quem se tratava; as batidas fortes, a situação e a voz chamando em um tom levemente furioso por Johnny já deixavam claro que a situação não estava boa, e para Johnny, mais do que para Robby, tratava-se de uma situação delicadamente vergonhosa – não que Robby soubesse o motivo ou sequer soubesse que aquela era uma situação um tanto constrangedora para seu pai.
Johnny não queria ver aquele homem tão cedo, muito menos naquela situação, mas não havia outra saída. Ele estava ali, em sua porta, batendo furiosamente.
Johnny olhou para Robby, que seguia em direção ao quarto, antes de suspirar, voltando o olhar para a porta mais uma vez, tentando se convencer de que simplesmente fingir que não estava em casa não era uma boa ideia.
Curvou os lábios levemente e deu o primeiro passo, forçando-se a não pensar muito naquilo, antes de seguir em frente e abrir a porta, apenas para dar de cara com um furioso – e ligeiramente desconfortável – Daniel LaRusso.
O silêncio, no entanto, durou alguns segundos, como se aquela situação constrangedora e delicada formasse uma barreira entre eles.
— E aí, cara? – Johnny finalmente perguntou, segurando a porta como se quisesse mantê-la o mais fechada possível, o que pareceu dar uma direção a Daniel, que franziu a testa quase incrédulo, agora deixando a fúria se sobrepor à estranheza do momento.
— Porra, Johnny, minha filha tá aí?! – ele sussurrou como se fosse um xingamento. Johnny olhou para dentro rapidamente antes de voltar o olhar para Daniel, fitando-o nos olhos, como se suplicasse algo a ele.
— Tá, cara, mas fica calmo. Ontem, depois que você... – Johnny tentou sussurrar, olhando novamente para dentro, como se temesse que Robby estivesse por perto.
— Não me manda ficar calmo, Johnny! – Diferente de antes, Daniel urrou um pouco alto demais, a raiva da estranheza e da própria situação de Samantha tomando conta de seu corpo. – Eu acordo e ela não está lá, cadê ela?! – Daniel perguntou em um tom brevemente irritado, como se o perigo que aquilo representava ainda o atormentasse, embora tentasse fingir uma naturalidade que já não existia entre eles.
Johnny olhou para Daniel, já irritado com o tom que ele usava, cerrando brevemente os dentes, como se tentasse ao máximo manter a calma naquela conversa. Afinal, Johnny também estava no mesmo lugar que Daniel, no mesmo limbo daquela situação, já que a mesma estranheza que cercava Daniel também cercava Johnny.
— Eles tiveram uma noite maluca, os jovens fazem isso. Não exagera – Johnny sibilou, ainda tentando conter a raiva do tom soberbo de Daniel.
— Quem você pensa que é para falar de paternidade, Johnny?! – Daniel olhou fundo nos olhos de Johnny, e a mesma raiva que queimava em seus próprios olhos também queimava intensamente nos de Johnny, que cerrou os dentes para ele.
— Sobre paternidade, talvez eu não seja porra nenhuma, mas sobre erros eu sei muito – Johnny cuspiu as palavras para Daniel, que saíram por entre os dentes cerrados. – Ou vai me dizer que nunca fez alguma merda de que se arrependeu na manhã seguinte, LaRusso? – Johnny perguntou, e isso abalou a raiva que já fluía entre eles.
Quase se podia ver uma pequena névoa de puro ódio se formando entre seus olhares, o silêncio entre eles tornando-se absurdamente pesado. A garganta de Daniel se fechava com tudo o que ele desejava xingar Johnny, seu punho se fechando para cada soco que queria desferir no loiro, enquanto Johnny sentia os pés formigarem, esperando, desejando qualquer movimento duvidoso para poder lançar LaRusso longe com o melhor chute que pudesse desferir naquela curta distância, a mandíbula dolorida de tanto forçar os dentes àquela altura.
No entanto, Daniel apenas abriu a boca em um sussurro baixo e muito ameaçador:
— Abre a porra da porta, Lawrence.
— Eu não vou abrir nada até você se acalmar, entendeu? – respondeu Johnny curto, e então as mãos de Daniel foram até a porta, que Johnny empurrou de volta.
— Johnny! – Daniel elevou o tom quando a porta bateu em sua frente, encarando-a por alguns segundos, assimilando todo o ódio que aquilo causava em seu corpo. Ele mordeu os lábios, virando de costas antes de levar as mãos aos cabelos pretos, mordendo tão forte que quase sentiu sua pele romper, antes de se virar novamente para a porta. – Vai se foder, Johnny! – Daniel resmungou antes de chutar a porta com toda a força que conseguiu, sentindo-a bater contra um grande obstáculo do outro lado.
Quando ambos já haviam desferido golpes que arrancaram uma quantia significativa de sangue um do outro, Robby finalmente os separou. Quando Samantha apareceu, Daniel pareceu ser trazido de volta à realidade; ele havia visto a brutalidade e a voracidade da raiva que eles partilhavam.
Johnny despertava o pior dentro dele, tudo o que ele odiava. Johnny o fazia quebrar promessas e princípios quando estavam juntos. Ele era violento, imprevisível e inconsequente, deixava-se levar pelos sentimentos do momento e esquecia tudo o que jurou, tudo o que prometeu, tudo pelo que lutou para ser, tudo o que o Sr. Miyagi o ensinou a ser e tudo o que sua família esperava que ele fosse.
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Certos Erros
RomanceJohnny e Daniel compartilham um ódio mútuo e irreversível — e todos à sua volta sabiam disso — e é fato de que no calor da raiva, é comum cometer erros, mas certos erros parecem tão certos que, por vezes, eles se esquecem de quão errados realmente s...