𝗥𝗜𝗩𝗔𝗟𝗜𝗗𝗔𝗗𝗘𝗦 , 𝘳𝘰𝘥𝘳𝘪𝘨𝘰 𝘮𝘰𝘳𝘢.

𝟯𝟬.

𝗿𝗼𝗱𝗿𝗶𝗴𝗼 𝗺𝗼𝗿𝗮 𝗽𝗼𝗶𝗻𝘁 𝗼𝗳 𝘃𝗶𝗲𝘄.

espero que ela fique com o bebé.
porque o mesmo não têm absolutamente culpa nenhuma.
e se ela assim o decidir, eu tratarei o filho como se fosse meu. porque sei que o miguel não chegava aos meus pés, como um pai. e especialmente como namorado. estou a ver a madalena a olhar-se ao espelho.
ela estava mais virada para abortar esta criança.

— sentes? - perguntou ela. e neste exato momento, sinto um pontapé da criança. e sorri. — não dá para sentir, ainda não é nada. - diz ela. mas eu continuo a acariciar a sua barriga suavemente. — tenho consulta hoje, para ver se está tudo bem, não foi uma gravidez planeada, então, não sei se estou em condições para o ou a ter. - diz ela, também.

— não sinto. - beijo-a na bochecha. — mas, como te sentes, mamã? - perguntou ele. ela sorri, sei o quão ela queria ser mãe. mas também percebo o choque, por causa da idade com que está a engravidar e por quem a engravidou. pode ser que mais para a frente ela queira mais um, e de preferência, meu.

— estou bem. - pergunta ela. continuei a acariciar-lhe a barriga macia. e a sentir a criança. e depois beijo-lhe a cabeça. — espero mesmo que seja menina. - disse ela. eu nego com a cabeça.

— espero que seja um macho. - ambos rimo-nos. e ela beija-me. e sorri para mim, já não estou com as mãos na sua barriga. agora estou com as minhas mãos na sua cintura.
— eu amo-te. - digo eu. como se fosse uma coisa óbvia. era mesmo. — madalena. - digo eu. e ela sorri. e vê-me a agaixar-me.
e parte-se a rir. e depois mete uma mecha do próprio cabelo. e sorri ainda mais, com um lago nos olhos.
— madalena borges brito. - ela sorri ainda mais. e limpa as lágrimas que saiem de seus olhos.

— rodrigo. és tão foleiro. - ambos rimo-nos. e ela continua a sorrir para mim. eu olho para ela. e sei que é o amor da minha vida.
desde o momento que a vi na televisão, eu sabia que era. eu sempre soube. não desisti á primeira, fiz porcaria da grande. mas aqui estamos. eu ajoelhado para lhe pedir em namoro. e mais para a frente, talvez em casamento. e vocês dizem-me, são muito novos, isso já já acaba, mas eu sei. e ela sabe. que isto que temos, isto é para o resto das nossas vidas.

— madalena borges brito, queres passar o resto da tua vida comigo, como os melhores namorados á face e em toda a terra, e eu prometo-te que não te faltará absolutamente nada. prometo-te a ti, o meu coração todo, prometo-te tudo. amor, lealdade e reprocidade. prometo-te sorrisos e risos sinceros. prometo-te que não te faltará nada, nem mesmo sexo. - ela ri-se. o riso dela significava tudo para mim. era tão contagiante. continuei. — madalena, desde o momento que te vi, eu sabia que irias ser tu, irias ser tu que me iria tirar desta vida deprimente. porque tudo sem ti é deprimente, eu sabia que irias ser tu, no momento em que te vi naquela festa. eu sabia que não iria ser mais ninguém. nem mesmo a maria. irias ser sempre tu. e vais ser sempre. madalena.
então, porfavor. aceita. e eu faço-te a mulher mais feliz do. - ela agarra no meu maxilar, eu levanto-me e ela beija-me intensamente. as nossas línguas lutam por espaço. é um beijo caloroso, que exprimem sentimentos recíprocos. ela separa o beijo. e ambos sorrimos. — isso foi um sim? - perguntei eu. e ela sorri. com aqueles olhos verdes que brilham com o contacto da luz do sol, vindo da minha janela.

— sim, rodrigo. é um sim. sempre foi. - disse ela. pego-lhe ligeiramente ao colo e beijo-lhe a boca várias vezes. ela sorri.

— céus. amo-te. - beijo-a mais vezes. quando a pouso no chão. ela solta um risinho e beija-me mais uma vez.

— amo-te. - diz ela. e eu beijo-lhe a testa. e abraço-a, não é um abraço muito forte, por estar com uma criança dentro dela, mas é um abraço sentido. ela abraça-me de volta. e beija-me.