𝗦𝗧𝗔𝗥𝗕𝗢𝗬, ᴋᴀᴛsᴜᴋɪ ʙᴀᴋᴜɢᴏᴜ

𝗖𝗮𝗽𝗶́𝘁𝘂𝗹𝗼 10, you are mine.

Capítulo 10, você é meu.

EU SABIA QUE ESTAVA FAMINTO POR ELE. Esse desejo tinha crescido dentro de mim há muito tempo, queimando como uma chama que eu não conseguia apagar. Quando finalmente chegou o momento, eu estava pronto para perder o controle. Mas o que eu nunca imaginei era que Katsuki Bakugou estivesse tão faminto por mim quanto eu por ele.

Minhas costas estavam pressionadas contra a parede fria, minhas calças e cueca jogadas no chão, e ele... ali na minha frente. Katsuki estava de joelhos, completamente hipnotizado, como se eu fosse o único pensamento que dominasse sua mente. Seus olhos, aqueles rubis oblíquos e flamejantes, estavam arregalados, famintos, como se cada parte de mim fosse um banquete que ele estava prestes a devorar.

O brilho carmesim em suas íris parecia incandescente, e o desejo estampado no rosto dele era tão intenso que parecia uma febre. Suas bochechas estavam ardendo em um vermelho profundo, e ele respirava rápido, quase ofegante. Pude ver a baba escapar dos seus lábios entreabertos, uma trilha fina que descia até seu queixo, enquanto seus olhos percorriam cada centímetro do meu corpo.

Ele estava devorando a visão de mim com o olhar, como se a fome que ele sentia fosse insaciável.

Eu sorri. Não pude evitar.

— Não vai arregar agora, né?

Mas ele não respondeu. Não como eu esperava. Não houve provocação de volta, nenhum insulto ou sorriso arrogante. Em vez disso, ele permaneceu ali, imóvel, completamente rendido ao desejo que o consumia.

Ele estava faminto, e eu sabia que ele não ia parar até me consumir por completo.

— Vai ficar só olhando? — provoquei, deixando minha voz arrastar cada palavra, enquanto deslizava a mão pelo meu próprio abdômen, os músculos tensos de expectativa.

Katsuki me encarou e com um movimento, como se estivesse no controle, seu corpo quente pressionado contra o meu fazia com que minha respiração acelerasse. Ele estava acima de mim agora, as mãos apoiadas nos meus ombros, os olhos faiscando.

Eu podia sentir sua impaciência, mas ainda assim, não resisti a provocá-lo.

— Quer ajuda com isso, gatinho? — minha voz saiu baixa e arrastada  — Talvez um pouco de lubrificante pra facilitar as coisas?

Um sorriso arrogante ameaçava surgir nos meus lábios, mas antes que eu pudesse dizer mais alguma coisa, o loiro me calou com uma ação inesperada. Ele olhou diretamente nos meus olhos, aqueles rubis incendiados com um desejo perigoso, e sem hesitar, desceu seu corpo devagar... mas sem nenhum sinal de dificuldade. A sensação de sua entrada quente e apertada me engolindo até o fim me fez soltar um gemido baixo que tive que revirar os olhos para contê. Ele me envolveu por completo em um movimento fluido, como se estivesse mais que preparado para isso.

Eu o encarei, surpreso, e, ao mesmo tempo, mais excitado do que jamais havia estado.

Katsuki sabia exatamente o que estava fazendo. Quando nossos olhares se encontraram, vi o sorriso que crescia em seus lábios. Ele deu uma leve rebolada, ajustando-se em mim.

— Acho que quem precisa de ajuda aqui... é você, brasileiro. Não vai aguentar por muito tempo, vai? Você sabe que eu não vou me contentar com só uma vez.

O sorriso que ele me deu foi um misto de desafio e pura ousadia, como se estivesse completamente no comando agora.

Minha paciência, entretanto, já havia acabado. Eu podia sentir a provocação em cada gesto dele, e tudo que eu queria era tirar aquele sorriso arrogante de seu rosto desde o dia em que nos conhecemos.