Crepúsculo dos Deuses: O Último Desafio

Capítulo 88 - Repugnante...

Atena, após o impacto devastador que enviou Elizabeth ao outro lado da arena, se endireitou e relaxou por um breve momento. No entanto, algo não estava certo. Ela sentiu um incômodo em sua mão, uma ardência que não deveria estar lá. Olhou para o próprio punho, que ainda estava erguido após o golpe, e notou que estava sangrando. Seu sangue escorria lentamente pelos dedos, tingindo sua pele. Athena franziu a sobrancelha surpresa por um ferimento tão pequeno, mas significativo, que ela não havia notado no calor da batalha. O sangue estava... diferente. Algo estava errado

Elizabeth, do outro lado da arena, começou a rir. Seu riso era sombrio, rouco. Levantando-se com um movimento gracioso, ela lambeu o canto dos lábios onde o sangue de sua própria boca escorria, mas seu olhar estava fixado no punho de Atena - Parece que até a deusa perfeita sangra... - Elizabeth zombou com um sorriso lascivo nos lábios. Ela deu alguns passos à frente, mas parou subitamente - Sangue de deusa... quão doce deve ser - Antes que Atena pudesse reagir, Elizabeth já estava em movimento novamente, rápida como uma sombra. Num piscar de olhos, ela estava ao lado de Atena, seus dedos pálidos agarrando com delicadeza o punho ensanguentado da deusa. Atena tentou se afastar, mas a força de Elizabeth era surpreendentemente firme - Tão puro... tão poderoso - murmurou Elizabeth, trazendo a mão de Atena para mais perto de seus lábios. Ela fechou os olhos e, com um sorriso de satisfação, passou a língua pelo sangue divino que manchava a mão da deusa, A sensação fez Atena recuar com raiva, mas Elizabeth estava fixa em seu gesto macabro, degustando o sangue

No camarim de Brunilda

Enquanto Elizabeth lambia o sangue divino de Athena na arena, Brunilda e Göll observavam atentamente do camarote VIP. Brunilda, com seu olhar frio, não demonstrava nenhum sinal de surpresa ou repulsa; estava focada apenas no desfecho. Göll, por outro lado, com seus olhos brilhantes, absorvia cada detalhe com a mente em constante movimento

- Sangue de deusa... - murmurou Brunilda, cruzando os braços - Isso não faz diferença para o resultado. Se Elizabeth acha que está se fortalecendo ao fazer isso, está enganada. O que importa é quem se mantém de pé no final -

Göll, entretanto, tinha uma visão diferente - Não é só sobre força bruta, Brunilda. Elizabeth está jogando em um campo psicológico. Ela sabe que Athena se orgulha de sua perfeição, de sua divindade imaculada. Ao lamber o sangue dela, Elizabeth está mais do que tentando absorver poder -

Brunilda deu de ombros, sem se importar muito

- Sangue divino ou não, o que ela está fazendo não vai decidir a batalha. Athena ainda tem o controle -

Göll sorriu, sua mente já prevendo os próximos movimentos - Talvez... - ela deu uma leve pausa - mas na mente de Athena. Às vezes, a dúvida é mais mortal que qualquer lâmina -

Brunilda soltou um suspiro, desinteressada na psicologia da situação - Athena vai reagir. O resultado não mudará por causa de um truque sujo. Só precisamos ver qual será o próximo movimento. Isso é tudo o que importa para mim -

Göll ainda pensativa - Talvez você esteja certa. Mas tenho a sensação de que Elizabeth não joga para perder. Cada movimento dela tem um propósito, e precisamos prestar atenção -

De volta para a arena

Athena sentiu um arrepio de repulsa percorrer sua espinha enquanto observava Elizabeth lamber o sangue de sua mão. Com um movimento brusco, ela puxou sua mão de volta, se afastando com velocidade e precisão. Elizabeth tentou manter o controle, mas Athena, agora cheia de raiva, a empurrou com força, quebrando o contato entre elas

- Você é repugnante... - Atena falou - Acha que pode usar meu sangue contra mim? -

Elizabeth sorriu, o brilho doentio em seus olhos não se apagando nem por um segundo - Oh, querida, já estou usando - ela sussurrou

Athena não perdeu tempo. Agarrando sua lança com as duas mãos, ela avançou com uma força impiedosa, girando a arma com velocidade e precisão. O primeiro golpe veio de cima, uma estocada violenta em direção ao peito de Elizabeth. A condessa se esquivou por pouco, o som da lâmina cortando o ar ensurdecedor. Em seguida, Athena girou a lança horizontalmente, tentando pegar Elizabeth desprevenida pelo lado. O impacto foi evitado no último segundo, com Elizabeth movendo-se para trás

A condessa riu enquanto se esquivava, provocando Athena com sua habilidade evasiva. Mas Athena estava apenas começando. Ela girou em um movimento fluido, aproveitando o impulso de seus próprios golpes para manter a pressão. Ela atacou com uma série de estocadas rápidas e precisas, como um furacão de lâminas ao redor de Elizabeth

A cada golpe evitado, Elizabeth parecia mais satisfeita, como se estivesse se divertindo em escapar da deusa. Mas Atena sabia que precisava apenas de uma abertura, um momento em que a condessa subestimasse sua força. E então veio a chance

Elizabeth tentou um contra-ataque, estendendo suas garras ensanguentadas em direção ao peito de Athena. Mas a deusa estava pronta. Com um movimento ágil, ela desviou para o lado, girando sua lança com uma força brutal. O golpe atingiu Elizabeth com um impacto violento no torso, enviando-a deslizando para trás pela arena, o som do impacto ecoando - Isso é o que você recebe por tocar em mim - Athena disse, a voz firme. Ela olhou para Elizabeth com nojo

rapidamente Athena começa a fazer pressão, e com uma estocada, Athena acertou um golpe profundo no ombro de Elizabeth, a lâmina rasgando a carne pálida da condessa e deixando uma trilha de sangue. Elizabeth gritou em resposta, mas não teve tempo de recuperar o fôlego antes de sentir outra lâmina cortar sua coxa, abrindo um corte longo. O sangue jorrava de suas feridas, manchando o chão da arena enquanto Athena continuava seu ataque implacável

Outro golpe acertou o lado do abdômen de Elizabeth, quase a derrubando. Athena avançou novamente, acertando a costela de Elizabeth com tanta força que a condessa foi jogada ao chão, deslizando alguns metros pela arena. Feridas profundas adornavam o corpo de Elizabeth: cortes no ombro, coxa, costelas e uma perfuração no abdômen. O sangue manchava sua pele branca. Athena, com os olhos cheios de desprezo, caminhou até Elizabeth, pronta para dar o golpe final. No entanto, quando a deusa se aproximou, Elizabeth, com uma velocidade surpreendente, levantou sua mão ensanguentada e lançou uma série de agulhas de sangue diretamente na coxa de Athena. As finas e afiadas agulhas se cravaram profundamente em sua carne antes que ela pudesse reagir

Athena gritou de dor, sentindo o sangue de Elizabeth invadir seu corpo, uma sensação ardente percorrendo sua perna enquanto o sangue inimigo se infiltrava em suas veias. Ela cambaleou para trás. Elizabeth sorriu sombriamente, vendo o efeito de seu ataque se manifestar na deusa. Ela sabia que o sangue, agora dentro de Athena, começaria a se misturar com o dela - Você não é tão intocável quanto pensa, Athena - Elizabeth sussurrou, enquanto se erguia lentamente, pronta para continuar o confronto

Fim do capitulo