Capítulo 1

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CHRISTOPHER BANG CHAN

O barulho insuportável do despertador me despertou e eu só quis jogar meu celular contra a parede, porém, me contive e desliguei o comando que tocava às sete da manhã. Me espreguicei na minha cama, bocejando profundamente por estar me sentindo exausto. Por que caralhos fiquei até tarde jogando Overwatch com meu melhor amigo?

─ Merda! ─ Falando no diabo, Jisung me ligava em plena sete da manhã. Quis socar a cara dele pelo telefone. Atendi a chamada resmungando e encarei o teto, puto. ─ O que foi?

─ Bom dia para você também, rabugento. ─ Debochou e eu revirei os olhos, respirando fundo para manter a calma e minha pouca sanidade existente. ─ Já se arrumou?

─ Eu acabei de acordar, Jisung. ─ Me sentei na cama, ouvindo o mais novo me xingar do outro lado da linha.

─ Porra, se arrume logo! Eu, Lee Know e Seungmin estamos te esperando no parque, venha logo. ─ Han quase ordenou e resmunguei, concordando em seguida.

─ Seu namorado não para de perguntar de você! ─ Minho gritou do outro lado e pude ouvir também o Kim o xingar, arrancando risadas dos meninos e me arrancando um sorriso pequeno e sincero.

─ Ele não é meu namorado seu idiota. ─ Ri, já sabendo que eles iriam, com toda a certeza, me sacanear com esse assunto pelo resto da minha vida. Adoram dizer que Seungmin é meu namorado e, bom, eu adoraria tê-lo somente para mim, chamá-lo de namorado para todo o mundo e fazer questão de tratá-lo como merece, fazê-lo ser o homem mais feliz do mundo.

Desligando a chamada, me levantei da cama e tomei um banho rápido, me vesti com o uniforme da escola, escovei os dentes e joguei minha mochila em minhas costas, correndo para a cozinha e pegando o sanduíche que estava pronto no prato que estava sobre a mesa. Dei uma mordida e fui caminhando até a porta.

─ Não quer uma carona? ─ Disse meu pai, me entregando a minha lancheira que eu já ia esquecer pela minha pressa e falta de atenção. Passaria fome na escola.

─ Não precisa, vou andando! ─ Me despedi do mais velho com um beijo na bochecha e recebi um sorriso em troca, um sorriso cansado.

Meu pai provavelmente passou a noite trabalhando, pois suas olheiras estavam fundas e sua barba mal feita, cabelos bagunçados e blusa social levemente amarrotada.

Céus, odiava tanto quando papai se esforçava mais do que o necessário no trabalho, passando na maioria das vezes do limite e ficando até altas horas trabalhando na empresa, tirando que às vezes ele ainda chegava em casa e continuava a trabalhar pelo computador de seu escritório.

─ Descanse, pai, você está exausto. ─ Fiz bico e ele concordou, se jogando no sofá. Acabei sorrindo, por finalmente ver meu pai descansar, ou tentar, pelo menos. Peguei o skate que deixava ao lado da porta de casa e saí.

Sem muito esforço, subi no skate e comecei a dar impulso enquanto ouvia música no fone, pensando no que tanto os outros faziam no parque ao lado da escola. Eles não deveriam estar na escola me esperando? Por que estavam no parque? Sinceramente, meus amigos são bem estranhos.

Quem ficaria a essa hora da manhã, em um dia de semana, em um parque completamente vazio?

Chegando próximo do parque, retirei os meus fones e peguei meu celular, mandando uma mensagem para Jisung e perguntando em qual parte do parque eles estavam, pois a cada visita nossa eles escolhem um lugar diferente daquele parque enorme. Enquanto escrevia a mensagem, levei um susto enorme ao ouvir um grito de um cachorro, fazendo meu coração se acelerar.

Olhei em volta e vi um carro parado no meio da rua, e ali eu percebi que o carro havia atropelado o cachorro e ele estava morto. Meus olhos se arregalaram e quase cai para trás, traumatizado com tal cena que havia presenciado.

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