Capítulo 7 - Frustrações

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De longe já conseguia ver a casa do Hawkins, mas sua camionete preta conforme o rechonchudo não estava ali. Respirei fundo me preparando para mais uma chateação. Ao me aproximar da casa as persianas estavam todas abaixadas, alcancei meu telefone olhando as horas e já eram quase 11:30 da manhã.

Me sentei no degrau da varanda de entrada me sentindo completamente derrotada. Estava fazendo o penúltimo item da lista: Eu não faço a mínima ideia.

Encarei as ruas vazias, pareciam que as pessoas tinham medo de saírem nas ruas, como se o homem sem rosto estivesse por aí à solta. Os vagabundos que o velho homem disse não estavam ali, o que me faz pensar que é uma mentira muito grande esse endereço ser mesmo do Hawkins.

Raivosa me levantei em passos largos e decisivos me sentindo completamente enganada, furiosa estava decidida a voltar para o hotel da senhora Walter quando a porta de uma das casas que pareciam fechadas se abriu e um cachorro grande saiu de dentro correndo em minha direção.

Naquele momento meu coração gelou, o animal era enorme e seu focinho era de quem iria me estraçalhar, nervosa permaneci parada enquanto ele me cheirava, quando me deu a primeira lambida em minha mão, seguida de várias outras meu corpo relaxou. Devagar abri a palma da mão e ele automaticamente aconchegou sua cabeça, me abaixei devagar o acariciando e passando minha mão pelo seu corpo.

—  Brad não machuca ninguém  —  o homem saiu atrás da porta

—  Mas ele assusta muito  —  falei com a voz trêmula ainda com medo do cachorro  —  Por um momento, achei que ele ia me devorar  —  O homem soltou uma risada nasal negando com a cabeça enquanto suas mãos repousava na cintura.

—  Você acha que eu ia deixar esse cachorro solto assim se ele fosse perigoso?

Me levantei limpando minha roupa das patas do cão levando meus olhos para o homem à minha frente.

—  Não sei  —  o encarei.

—  Como se chama?  —  perguntou observando Brad correr entre as árvores das casas urinando em alguns arbustos.

—  Me chamo Mia e você?

—  Jaden  —  respondeu com sua voz grossa e suave  —  Mia, o que você faz pra esse lado da cidade? Está perdida?  —  cruzou os braços a me encarar.

—  Estou procurando meus amigos, um deles na verdade  —  respondi apertando os lábios.

—  E desde quando gatinhas lindas tem amigos pro lado da periferia?  —  ele sorriu de lado, foi quando reparei nas tatuagens em seus braços musculoso, não era exageradamente musculoso, mas era um corpo malhado e bonito.

—  Eu não sabia que aqui era a periferia, mas isso não é um problema pra mim.

Seus cabelos crespos balançaram com o vento que uivou anunciando uma próxima tempestade, seus olhos castanhos escuros penetravam na minha pele, seus lábios carnudos e rosados eram decorados com um sorriso de lado. Ele era moreno claro, extremamente bonito, com um tanquinho de roubar o foco.

—  Que bom que não é um problema  —  ele respirou fundo  — Essa pessoa tem nome? 

—  Ah. Sim. Claro. Phil Hawkins  —  limpei a garganta.

—  O desgraçado só pega mulher gostosa  —  ele encarou a casa dele.

—  Perdão?  —  franzi o cenho.

—  Desculpa gata, ele acabou de sair  —  deu de ombros.

—  Você sabe me dizer se ele saiu com alguma pessoa?  —  imaginei Jessy com ele já que ela não estava em casa.

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