Tela Quente - Gabigol

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— Já chega mãe, eu não quero discutir com a senhora de novo por conta da Dhiovanna, já tô cansado disso. - me levanto do sofá. - Até perdi a fome.

Mãe: Não vai embora meu filho. Caramba, eu não deveria ter tocado nesse assunto.

— Estragou o clima mãe, deixei a minha mulher lá sozinha naquele hospital pra vir aqui e é assim que você me trata? Como se fosse eu o errado da história! - saio dali nervoso, deixando minha mãe falar sozinha.

Vou em casa pegar algumas roupas para a S/n. Aproveitei quando voltei pra rua para comprar um ursinho de pelúcia e um buquê de flores pra ela, com uma caixa com os bombons preferidos dela.

S/n: Amor! - diz alegre, porém sua voz ainda estava fraca.

— Oi princesa. - me aproximo da cama. - Trouxe isso pra você. - lhe mostro o que havia comprado.

S/n: Que lindas Bi. - disse aproximando minhas mãos e cheirando as flores. - Eu amo rosas.

— Vou colocar elas nesse caso aqui. - deixo o ursinho sobre ela e coloco as flores no vaso que estava em cima de uma mesa quase ao lado da cama.

S/n: Que fofinho. - disse abraçando o ursinho.- Eu tô com tanta saudade do beh. - diz se referindo ao nosso cachorro.

— E eu aposto que ele também está viu, fica chorando na porta todos os dias te esperando.

S/n: Tadinho. - diz com seus olhos brilhando, indicando que ali se formavam lágrimas.

— Falando nisso amor, ele ainda não comeu hoje.

S/n: Pois então vá ficar com ele, o horário de visita acaba daqui a pouco. Coitado do bichinho, deve estar morrendo de fome.

— Okok. - digo rindo de sua preocupação.

S/n: Verifica a temperatura do leite, não pode ser muito quente pra não queimar a boquinha e garganta dele. E lava bem a mamadeira viu, não de banho nele com água fria demais ou quente demais.

— Tudo bem, tudo bem. Acho melhor eu ir logo. - deixo um beijo em seus lábios e saio do quarto.

Chegando em casa, pego o cachorro que estava deitado em seu cercadinho e o levo pra cozinha junto comigo, deixando ele andar um pouco. Por ser muito  pequeno, ele tombava para os lados ao andar e choramingava muito.

Preparo o leite, checando a temperatura. Coloco o líquido dentro da mamadeira e o pego no colo, começando a dar o leite para ele. Chega até a ser engraçado, como se ele fosse um bebê de verdade.

Isso me deu um aperto no coração, eu sempre quis ser pai, mas não acho que seja o desejo dela também.