O primeiro passo.

2 0 0
                                    

Era mais uma manhã onde Amelie ia para a faculdade. Ela estava exausta por passar quase a noite inteira finalizando seu projeto, mas ela se recompôs. Ela estava na frente do espelho de seu quarto, ajustando os fios escuros que caiam sobre seus olhos, odiando como eles atrapalhavam sua visão. Um suspiro escapou dos lábios da mesma enquanto ela olhava para si no reflexo do espelho, ela particularmente não se sentia muito bonita, mas não fazia questão de se arrumar tanto para ir para a faculdade. Então seu cenho se contraiu, seus olhos observando seu próprio corpo enquanto seus pensamentos a tomavam.

De repente o som do celular tocando a despertou, então ela o pegou da cama, o colocando contra sua orelha para atender a ligação.

— Amélie!! Onde você está? Eu já estou te esperando a horas. — A voz do outro lado da linha tinha uma leve preocupação, mas a irritação era palpável.

Esse era Anthony, o melhor amigo de infância de Amélie.

— Ah, eu nem estou tão atrasada assim, Anthony. Tudo bem, já já estou aí. — A garota respondeu preguiçosamente, desligando a ligação e pegando sua mochila.

Amélie pegou um táxi para a faculdade e, ao chegar lá, viu Anthony escorado em uma parede de braços cruzados ansiosamente. Então a mesma saiu do carro e caminhou até ele, abrindo os braços de forma convidativa.

— Estou aqui, Anthony. — Amélie disse com um sorriso nos lábios, esperando um abraço.

Um suspiro escapou de Anthony, mas ele não resistiu ao gesto da garota, então logo correu e a abracou.

— Você me preocupou, sabia?? — Anthony exclamou enquanto a abraçava fortemente.

— Tá bom... Não vou fazer mais isso. Ah, e falando nisso, você terminou o projeto? — Amelie se afastou um pouco do abraço, olhando para Anthony com expectativa.

— Sim, sim. Você achou que eu esqueceria? — Sem esperar mais, Anthony a puxou para dentro dos portões da faculdade, nao querendo perder a aula. — Não podemos perder mais tempo, dona Amélie. Vamos logo. — Ele disse com entusiasmo, apertando sua mão gentilmente.

Amelie apenas riu baixinho e o seguiu.

Com o desenrolar das aulas, o sinal finalmente tocou sinalizando para os alunos serem liberados. Amelie suspirou, sabendo que teria que ir direto para a floricultura de sua tia. Então foi para lá direto e com um pouco de pressa. Ao entrar na loja, o pequeno sino na entrada tocou, e ela esbarrou em alguém pela pressa. Ela se afastou um pouco, ou pelo menos tentou; e esfregou sua testa dolorosamente.

— Que merda... cuidado por onde você anda! —

Ao olhar para cima, suas palavras foram cortadas ao ver o homem alto parado em sua frente, uma expressão ilegível no seu rosto enquanto segurava um buquê de rosas nas mãos , que a fez estremecer levemente.

— Eu acho que é você quem deve tomar cuidado por onde anda, boneca. — O sotaque russo em sua voz era nítido, o som rouco saindo como um estrondo.

Assim que Amelie tentou mais uma vez se afastar, a mão grande do homem a segurou pela cintura, mantendo seus corpos pressionados um contra o outro. Um sorriso apareceu nos lábios do homem mais velho enquanto o olhar dele percorria o corpo e rosto da garota.

Ela ficou alguns segundos parada, tentando raciocinar, mas logo se afastou. Ela coçou a nuca, sentindo suas bochechas esquentarem de vergonha, então ela rapidamente caminhou para trás do balcão, comprimentando sua tia e colocando o avental.

Levie a acompanhou com o olhar, um sorriso ainda brincando em seus lábios enquanto a admirava em silêncio, até um de seus guardas o cutucar levemente.

— Senhor Levie, precisamos ir. — O homem disse um pouco apressado, então Levie apenas o olhou, seu sorriso desaparecendo levemente.

— Damon, eu quero que você descubra tudo o que puder sobre aquela garota. — O moreno disse em um tom baixo e um pouco ameaçador, não deixando espaço para discussões.

Já era tarde da noite, e Levie estava em seu escritório enquanto Damon lia as informações da garota.

— O nome dela é Amelie Lee, tem 19 anos e faz uma faculdade de psicologia. Trabalha na floricultura de sua tia e é órfã. Sofreu um acidente aos 6 anos e perdeu seus pais, então morou com sua vó até os 15 anos, mas sua vó faleceu meses depois. —

— Basta. — Levie exclamou. Seus olhos estavam fixos nas janelas de teto ao chão, observando a vista enquanto pensava.

Ele precisava urgentemente se casar, e Amelie parecia ser a única que se encaixava no padrão dele.

Meses se passaram, e ele ia a floricultura todos os dias, mas não encontrava Amelie de forma alguma. Ele já estava se estressando e quase desistindo. Enquanto ele caminhava em direção a porta da floricultura para sair, novamente aquela mesma garota esbarrou nele.

— Amélie? É bom ver você... — Seus lábios se contraíram em um sorriso torto, então ele aproximou levemente o rosto. — Por onde você andou, hein? —

— O que? Ah, é cada gente louca que eu encontro... Pelo amor de Deus. — Amélie cruzou os braços, então estendeu a mão e deu um peteleco na testa do homem bem sua frente. — Se não for comprar nada, vaza. —

Levie deu um sorriso indignado pelo peteleco, então ajustou um pouco sua postura.

— Escuta aqui, sua pirralha... Eu tenho um assunto importante para tratar com você. — Vendo-a se afastar e caminhar até o balcão, ele a seguiu.

— Eu não te conheço, não tenho nada para falar com você. Como eu já disse antes, vaza. — Amélie continuou o ignorando, voltando ao trabalho.

— Mas que pirralha ignorante... Sinceramente. — Levie cruzou os braços enquanto a olhava, então pegou o celular do bolso dela para chamar sua atenção.

— Uhm? Você pegou meu celular... Me devolve. — Amelie estendeu a mão, olhando para ele desafiadoramente.

— Finalmente olhou para mim, não é? Vou adicionar meu contato. — Levie tentou desbloquear o telefone, mas tinha senha, obviamente.

Amelie caminhou até ele e segurou o telefone, tentando puxar para ela, mas o homem puxou de volta. Então Amelie deu um tapa em seu braço, já estressada com a brincadeira idiota daquele cara que ela nem conhecia.

Levie gemeu de dor com o tapa, então esfregou o local onde a garota bateu, a olhando surpreso. Então entregou o telefone.

— Caramba hein garota, precisava disso? —

— As vezes a violência é a solução para gente como você. — Então Amelie guardou o telefone e foi para trás do balcão, colocando o avental.

Levie a observou colocar o avental, então deu um sorrisinho para si mesmo.

— Eu... Estou apaixonado. — Exclamou Capello com um sorriso bobo.

Continua...

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Oct 17 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Um amor diferenciado.Onde histórias criam vida. Descubra agora