Capítulo 37

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Rubi Sentinelli

No dia seguinte...

Acordei com o calor do corpo de Grego ao meu lado e por um instante tudo parecia em paz. O quarto estava mergulhado em penumbra, iluminado apenas pelos primeiros raios tímidos do sol da manhã. Estar ali, em casa, trazia uma sensação de conforto que eu não sentia havia muito tempo.

Eu me virei para Grego, que ainda dormia, o seu rosto estava relaxado de um jeito que eu raramente via. Sua expressão, ficou tão serena, era um contraste com as preocupações que nos cercavam. Deslizei minha mão em seu rosto e, como se sentisse meu toque, ele abriu os olhos lentamente, me encarando com aquele olhar profundo que me derretia.

— Bom dia, minha joia. — Ele murmurou, com um sorriso preguiçoso, enquanto puxava meu corpo para mais perto.

— Bom dia, meu amor. — Beijei seus lábios de leve, tentando absorver cada segundo de tranquilidade antes de enfrentar o que estava por vir.

Sabíamos que precisávamos falar com meus pais. Eu não queria esconder nada deles, principalmente algo tão importante quanto o bebê. Mas o medo apertava meu peito. Como eles reagiriam? Será que ficariam decepcionados por eu estar grávida tão cedo, de maneira inesperada?

Grego pareceu ler meus pensamentos e entrelaçou seus dedos aos meus. — Vai ficar tudo bem, Rubi. Estou com você, sempre.

Assenti, tomando coragem, e nos levantamos para nos preparar para o dia.

Descemos as escadas juntos, e encontrei meus pais na sala, conversando calmamente enquanto tomavam café. Quando nos viram, abriram sorrisos acolhedores.

— Dormiram bem? — Perguntou minha mãe, preocupada, mas feliz por finalmente estarmos juntos em casa.

— Sim, mãe. Foi bom estar de volta. — Respondi, tentando não transparecer a ansiedade que me consumia.

Meu pai nos observou com aquele olhar atento que eu conhecia bem, mas permaneceu em silêncio, como se soubesse que algo importante estava para ser dito.

Tomei a mão de Grego com força, sentindo seu apoio ao meu lado, e respirei fundo. — Temos algo para contar.

O sorriso de minha mãe vacilou por um momento, enquanto meu pai se inclinava levemente na cadeira, esperando.

— Estou grávida. — Anunciei, minha voz saiu baixa, mas clara.

Por um momento, o silêncio reinou na sala. Meus pais se entreolharam, absorvendo a informação. O ar parecia denso, como se tudo estivesse suspenso no tempo.

Minha mãe foi a primeira a reagir. Seus olhos brilharam de emoção e ela colocou a mão na boca, surpresa. — Grávida? Meu Deus, Rubi!

Meu pai se aproximou devagar, olhando primeiro para mim e depois para Grego. — E vocês estão bem com isso? Estão preparados?

Troquei um olhar cúmplice com Grego antes de responder. — Foi uma surpresa, pai, mas estamos felizes. Este bebê é fruto do nosso amor, e queremos dar a ele tudo o que pudermos.

Meu pai assentiu lentamente, o olhar duro se suavizando. — Isso é o mais importante. E saiba que, independentemente de tudo, estamos aqui para vocês.

Minha mãe me puxou para um abraço apertado, as lágrimas correndo livres por seu rosto. — Eu vou ser avó!

Grego foi envolvido também, e pela primeira vez em dias, senti o peso da incerteza começar a se dissolver. Não estávamos sozinhos. Tínhamos amor e apoio ao nosso redor.

Quando nos soltamos, meu pai olhou para Grego com seriedade. — Agora que temos mais uma vida para proteger, espero que você saiba que nossa família está unida nisso.

Doce pecado - Os Irmãos Frank 2Onde histórias criam vida. Descubra agora