ENCONTROS DO DESTINO: O que é seu, te acha! (FINALIZADA)

Capítulo 70: Sei onde você mora!

No dia seguinte, Ami estava deitada ao lado de Hobi, aproveitando a tranquilidade da manhã, quando sentiu o celular vibrar ao seu lado. Ainda sonolenta, ela pegou o aparelho, pensando que fosse uma mensagem sem importância. No entanto, ao ler o conteúdo, ela pulou da cama, completamente assustada. A mensagem era da menina que havia demonstrado obsessão por Hobi, a mesma que já a havia ameaçado antes. O texto dizia:

"Bom dia, querida. Descobri seu endereço. Foi difícil, mas eu descobri! Sei que Hobi está aí! Eu disse para se afastar dele. Se ele não ficar comigo, não ficará com mais ninguém!"

Ami congelou, o pavor tomando conta de seu corpo. Ela não sabia o que fazer. A ameaça parecia real, e a ideia de que aquela pessoa sabia onde Ami morava era apavorante. Hobi, sentindo a movimentação brusca de Ami, abriu os olhos lentamente, ainda envolvido pelo sono.

- O que foi, amor? Quem é? - ele perguntou, com a voz abafada pelo sono, sem perceber a gravidade da situação.

Ami, com o coração acelerado, não queria que ele visse a mensagem ou percebesse o pânico em seus olhos. Sem pensar muito, ela respondeu rapidamente:

- É minha mãe... - disse, tentando soar casual, enquanto bloqueava o celular e o colocava na escrivaninha ao lado. Então, virou-se e deitou de costas para Hobi, tentando esconder sua expressão preocupada e as lágrimas que começavam a se formar em seus olhos.

Hobi, ainda sonolento, aceitou a resposta e, achando que não era nada sério, aconchegou-se mais perto dela, colocando um braço em volta de sua cintura, sem perceber o medo que a consumia por dentro. Com o peso do cansaço, ele voltou a dormir logo em seguida.

Ami, no entanto, não conseguia fechar os olhos. Seu coração estava em pedaços. Ela não queria que Hobi soubesse daquela ameaça, pois tinha medo de colocá-lo em perigo, além de se preocupar com o que isso significaria para a imagem dele e o impacto na mídia, caso tudo viesse à tona. Como uma estrangeira na Coreia, Ami temia que, se denunciasse a situação, as autoridades não a levassem a sério ou, pior, que isso criasse uma enorme confusão na vida de Hobi.

Enquanto deitava ali, lágrimas silenciosas escorriam pelo seu rosto. Ela não queria terminar com Hobi; ele era o amor de sua vida, mas a situação estava ficando insuportável. Ami sabia que, mais uma vez, teria que guardar aquele segredo dentro de si. O medo, a pressão, a incerteza estavam se tornando um fardo cada vez mais pesado, mas, naquele momento, ela se focou na felicidade que sentia ao estar com ele, Lu, e os meninos. Era isso que a mantinha de pé, mesmo com todas as adversidades.

Nos três meses que se seguiram, a vida parecia ter voltado ao normal. O grupo de amigos estava mais unido do que nunca, e a alegria pairava no ar, especialmente com a empolgação ao redor da gravidez de Lu. Desde o momento em que Lu e Suga deram a notícia de que seriam pais, tudo parecia mais leve e repleto de expectativas. A cada encontro, eles não conseguiam conter o sorriso quando o assunto era o bebê, que já tinha se tornado o xodó de todos.