Sob o Manto do Crepúsculo

9. Eau parfum

Oioi joaninhas, favoritem e comentem o capítulo, e boa leitura.

A noite já havia chegado e como dito, Adrien saiu de casa e eu finalmente podia respirar sozinha. Entrei no chuveiro e permiti que a água que escorria esfriasse meu corpo, a sensação é tão boa que consigo sentir meu corpo relaxando com o gelo da água, meus problemas por um minuto parecem ter ido embora como pétalas sopradas de um dente-de-leão.
Eu saí do banho me sentindo leve, de toalha ainda, desço e busco meu celular no sofá da sala, mas não me sinto normal há algo de estranho aqui, ou alguém. Já é tarde da noite, subo as escadas correndo tentando ligar para Adrien, mas nada, seu celular não chama.

- Ande logo Agreste, atenda essa porcaria.

Antes que eu possa chegar ao quarto, algo me prende contra a parede, olhos verdes gatunos me encaram e suas mãos pressionam meus ombros na parede.

- Estava com medo, não era my lady?

- Adrien eu quase tive um infarto. - ponho a mão no peito ainda recuperando o fôlego, tento me soltar do seu agarre, mas ele me pressiona ainda mais com o seu corpo.

- Me solte, preciso me vestir. - Me lembro que ainda estou com a toalha.

- Me desculpe pelo horário, eu não queria te assustar. - A mas ele queria sim.

- Certo, tudo bem agora me deixe...- Tentei sair de novo mas ele ainda não queria me soltar. Ele deu um sorriso vitorioso ao me encarar, eu devia estar vermelha, minhas bochechas estão quentes como brasa, e ele logo me solta.

- Idiota. - grunhi e sai daí com raiva indo depressa pro quarto.
Vesti uma regata branca e um short de bolinhas pretas. Minha barriga ronca, eu não comi nada desde a hora do almoço. Desço e vou logo á cozinha, não tem muitas opções de comida, mas as poucas coisas que tem são deliciosas. Pegou alguns morangos de acompanhamento para as panquecas que fiz, com o mel já na mesa, despejo um pouco por cima e como um dos morangos. Adrien está com o colarinho da camisa branca aberto e sem os sapatos, procurando algo no armário.

- Tem panqueca - falo comendo um morango.

- Você fez? - Ele me olha e eu confirmo. Ele se estica por cima de mim pra pegar o mel na mesa onde estou sentada, sinto um cheiro familiar.

- Adrien você ficou com alguma mulher? - Ele que estava pegando um prato se vira pra mim.

- De onde tirou isso?

- Esse perfume é feminino. - Ele ri em resposta.

- Do que você tá rindo?

- Esse perfume é feminino sim
Marinette, e é seu.

- Usou meu perfume? - O encaro indignada.

- Sim, afinal ele é muito bom, você cheira bem Marinette, pelo menos assim elas sabem que eu sou noivo.

Eu volto a comer outro morango em silêncio.

- Sei que você não gosta dessa ideia, também não estava nos meus planos, mas isso ainda é um casamento e eu respeito isso.

- É gentil da sua parte. - falo ainda sem graça.

Ouço meu celular vibrar na mesa, vou até a sala com ele e atendo.

- Alô? Ah sim, me perdoe, não pude avisar, eu viajei essa semana, mas amanhã estarei de volta, certo, te vejo amanhã a noite, até logo. - Desligo e volto a mesa, o olhar de Adrien está sobre mim.

- Quem era? - Ele perguntou

- Nathaniel. - Ele engasgou com a panqueca. - O que há de errado? Só iremos jantar. - perguntei

- De novo? Você não aprende não é? - Ele soltou o garfo e me olhou. - Você é muito inocente Marinette, ele não é de confiança, já te disse.

- Você que não entende, não há nada de errado e você não irá comigo dessa vez.

- Como? Eu sou seu noivo!
- Não vou te trair Adrien! Ele apenas me chamou pra conversar.

- Com segundas intenções - Ele comeu mais um pedaço da panqueca.

- Tire isso da sua cabeça.

- Faça o que quiser.

- Irei as oito da noite, não volto tarde, e meu motorista vai me deixar lá. - Ele ficou quieto e eu voltei a comer.

Espero não deixá-lo com raiva com essa decisão, Adrien realmente parece não gostar muito de Nathaniel, mas eu realmente quero saber, por que me importo com os seus sentimentos se eu o odeio.

Após o jantar, lavo a louça e Adrien seca, deixando a cozinha arrumada novamente, ele sobe para o quarto e eu vou em seguida. Sinto o cheiro forte de produto masculino, a porta do banheiro está fechada. Organizo a minha mala pra amanhã, me deito na cama e pego meu livro. Adrien sai do banheiro e eu cubro meu rosto com o livro, ele está de toalha, mas seus braços e abdômen expostos, ele é bonito sem esforço, acho que agora entendo porque as garotas se derretem por ele, ele é um pecado ambulante, alto e másculo. Ele veste o shorts sem remover a toalha e pergunta.

- Como está o livro?

- Magnífico - Respondo ainda disfarçando.

- Tá de cabeça pra baixo, Marinette.

Minhas bochechas queimam e choramingo, grudando o livro no meu rosto, que vergonha. Ouço Adrien rir, está passando perfume pelo cheiro. Sinto seu peso na cama agora, ele tenta tirar o livro do meu rosto mas estou segurando firme.

- Está tudo bem, Marinette. - Agora ele consegue retirar o livro e eu o encaro.

- Eu também adoro te admirar as escondidas, me perdoe.

- Adrien! - lhe dou um tapinha.

- Certo, certo, fique tranquila. - Sem mais nem menos ele me dá um selinho rápido e apaga o abajur como se estivesse tudo normal. Céus esse homem ainda me mata. Viro para o outro lado com vergonha, esses dias que passei com Adrien, acho que o ódio está sumindo aos poucos.

Capítulo encerrado joaninhas, vocês vão pirar com os próximos. Mudei algumas coisas no livro e é isso, até a próxima. 🤭🐞