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Helena

Uma semana se passou. Gabriel e eu estamos bem novamente, aquele desentendimento foi fácil de resolver e ele entendeu meu lado quando eu expliquei meu ponto de vista, entendi o dele também, acho que não tem nenhum errado nessa história até porque é uma situação que é uma via de mão dupla, não vamos terminar por falta de amor ou por vacilo, mas sim por uma questão de insegurança e falta de confiança. Eu me conheço.

Eu aceitei a proposta, estamos tentando aproveitar o máximo juntos até eu ir embora. Claro que não vai ser assim, combinamos de nos visitar de vez em quando até porque faz meses que eu me acostumei com ele na minha rotina, acho que se por na balança tá quase fechando um ano já se contar a parte que a gente ficava sem compromisso.

── Oi. Fala comigo! — Scooby cutucava a barriga de Marina enquanto eu tinha a cabeça deitada no colo de Gabriel, sentindo seu cafuné. ── Ei? Alessandra Ambrósio, da um chute aí.

── Alessandra Ambrósio. — Gabriel riu.

── Mano, vai ser menina, eu tô falando. — Pedro afirmou, acariciando a pequena bola na barriga da minha amiga.

Ela tá de aproximadamente três ou quatro meses, nem tem barriga direito mas eu nunca vi ninguém para mimar tanto um bebê que nem é um bebê ainda igual o Gabriel e o Pedro. Eu também tô feliz com a chegada do novo integrante, a Mari já tá aceitando a ideia também.

── Como você sabe quem é Alessandra Ambrósio? Eu nunca assisti desfile com você. — Mari o encara.

── Oxi? Eu vou saber quem é Alessandra Ambrósio e desfile, mulher, é só um nome que eu acho bonito. — Se defendeu.

── Lara. — Falei. ── Foi mal, Pedro, isso meio que é uma decisão de amigas de infância, sabe?

── A Helena tem mais autoridade na minha filha do que eu. — Scooby resmungou, ainda abraçado na cintura de Marina, que riu.

── E a Alice? Vem nunca? — A loira me encarou e eu neguei com a cabeça.

── Acho que não vou ter filhos. Medina e eu já conversamos e não queremos, fora essa situação toda que a gente se encontra. Sei lá.

── Para de falar como se eu não estivesse aqui. — Gabriel resmungou ainda acariciando meu cabelo.

── Papo reto? Vai embora mesmo? — Pedro me encarou e eu concordei com a cabeça. ── Quando?

── Ah, tenho um tempinho aqui ainda. Um mês e pouco.

── Nunca achei que fosse falar isso, mas eu não quero que você vá embora. — Ele admitiu e eu ri.

── Olha só, o filho fazendo milagre na vida do Pedro. Obrigado, Marina! — Gabriel debochou.

── Own, eu também te amo, maninho! — Mandei beijo no ar para ele, que me respondeu com o dedo do meio. ── Sabe aquelas criança encapetada?

── Sim! — Marina continuou. ── Mesma vibe do Pedro, meu Deus, e isso que agora ele tá menos pior. Lê, pretende voltar em feriados ou datas específicas?

── Sim, amiga. — Respondi, segurando o braço de Gabriel e abraçando enquanto o mesmo acariciava meu rosto. ── Aniversários, feriados, férias. Vocês não vão se livrar de mim tão fácil! Fora que eu também sou madrinha e eu quero a Lara cresça comigo presente, não vou conseguir ser cem por cento mas vou dar meu máximo.

lentes no horizonte, gabriel medina. Onde histórias criam vida. Descubra agora