20_ Você ainda pode matá-lo.

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| Denver, Colorado28 de Novembro, 2021Às 09h08

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| Denver, Colorado
28 de Novembro, 2021
Às 09h08.

Era fácil demais deixar o Asafe sem palavras.

Não era proposital, mas eu conseguia deixá-lo paralisado com uma facilidade surpreendente. Era surpreendente até pra mim, porque tinha momentos que ele me deixava assim também, principalmente quando me lançava um sorriso tímido.

Naquela manhã de frio, o casaco o cobria completamente assim como na noite do jantar. E ainda por cima com aquela touca tampando minha visão de seus cabelos, na qual eu desejava tocá-los para saber qual era a textura. E, definitivamente, eu sabia que faria isso em algum momento.

Aquele assunto morreu quando Wiley teve que atender outros clientes e eu direcionei seus primos até a mesa que o Raphael e a Emma aguardavam. Raphael continuava com aquele seu sorriso radiante, mesmo que suas bochechas vermelhas denunciassem o quanto ele estava sofrendo pelo frio, enquanto a Emma estava ao contrário. Sua expressão estava pesada, como se estivesse escondendo algo, me olhando com seus olhos escuros e vazios. Eu estranhei, mas tive que agir naturalmente quando me afastei.

Fui em direção a cozinha, desviando daqueles pensamentos quando voltei a mim e lembrei que precisava ajudar na cozinha. Tinha sim alguns garçons que cozinhavam, assim como o Wiley, mas não era a mesma coisa quando minha mãe, Ária e eu estávamos fazendo aqueles saborosos doces.

ㅡ O Asafe tá aqui? ㅡ Ária indagou com um sorriso malicioso assim que passei pela porta da cozinha, arrancando uma risada da minha mãe. ㅡ Achei que ele ficaria envergonhado de aparecer aqui depois da secada que você deu nele.

ㅡ Ária! ㅡ Murmurei, desviando meus olhos quando me direcionei à pia com as bochechas quentes. ㅡ Eu não sequei ele.

ㅡ Tenho que concordar com a Ária, Flor. ㅡ Foi a vez da minha mãe comentar, enquanto eu balançava a cabeça negativamente terminando de lavar as mãos. ㅡ Todo mundo reparou nos olhares de vocês. Até seu pai.

ㅡ O papai reparou? ㅡ Encarei minha mãe rapidamente, que concordou com à cabeça. ㅡ Não...

ㅡ Sim. ㅡ Confirmou. Ária, como a bela irmã que é, começou a rir enquanto terminava a massa que estava fazendo. ㅡ Já estava na hora disso acontecer, sabia?

ㅡ Na hora?

ㅡ Claro, Flor. Sempre quis que você e sua irmã me apresentassem o namorado de vocês.

ㅡ Ai, mãe, eu ainda tenho 17 anos. ㅡ Ária resmungou, torcendo seus lábios em desdém.

ㅡ O que é que tem? Nessa idade sempre temos uma paixão.

ㅡ A Florence já teve, então.

ㅡ Ária! ㅡ Repreendo-a, me direcionando ao balcão. Lá já havia uma extensa bandeja com fatias da torta de morango, minha favorita. ㅡ Eu não tive paixão alguma.

Coração Rebelde | Vol.3Onde histórias criam vida. Descubra agora