🍈Os Piratas 🌊

Capítulo 17

Os Piratas

Capítulo 17 - A Era Dos Piratas

Após o caos do bar e a recuperação no hospital, o grupo se reunia em um pequeno quarto. Akira estava encostado na janela, olhando o céu com as mãos nos bolsos, enquanto Félix e Astrid ainda estavam em repouso. O ambiente, embora sereno, tinha aquele ar de alívio pós-batalha, com o cansaço lentamente se dissipando. Foi nesse momento que Akira quebrou o silêncio.

✏️ Akira (dando um leve sorriso, sem seu típico sarcasmo):

— Vocês mandaram bem lá no bar. Sério. Não sabia que vocês dois eram tão ferozes... Capitão.

Ele enfatizou a última palavra, mas dessa vez havia algo diferente no tom. Era sincero. Félix, que estava recostado na cama, olhou para Akira com surpresa e tentou retrucar, se esquivando de qualquer reconhecimento.

✏️ Félix (balançando a cabeça):

— Capitão? Se não fosse por você, eu já estaria morto, cara. Eu ainda não sou forte o suficiente pra ser o capitão de ninguém...

Akira deu um passo à frente e, sem aviso, deu um leve soco no ombro de Félix, firme o suficiente para que ele sentisse o peso do gesto.

✏️ Akira (com um sorriso genuíno):

— Para de viajar, mano. Você é o nosso capitão. Sem você, nós não estaríamos aqui. Aceita logo.

Houve um momento de silêncio enquanto Félix absorvia as palavras. Ele olhou para o amigo e percebeu algo que não tinha notado antes: Akira havia mudado. Algo no jeito dele, no olhar, havia amadurecido. Aquele que costumava ser o despreocupado, o que sempre fazia piadas e se esquivava das responsabilidades, agora se mostrava um pilar firme no grupo. Félix sorriu, aceitando o título sem mais resistência.

✏️ Félix (dando um sorriso provocador):

— Heh, você cresceu rápido, hein?

✏️ Akira (confuso, arqueando uma sobrancelha):

— Cresci? Do que você tá falando?

✏️ Félix (rindo, se levantando da cama e saindo do quarto):

— Não é nada, esquece.

✏️ Akira (Ainda confuso):

— Ei!! Volta aqui! Me explica!!... Aff...

Enquanto ele saía, Astrid, que estava deitada na cama, observava a cena em silêncio, mas um sorriso surgia no canto dos lábios. Assim que Félix saiu, ela se levantou também, aproximando-se silenciosamente de Akira. Ele ainda parecia confuso com o comentário de Félix, até que sentiu um leve arrepio quando Astrid se inclinou, sussurrando em seu ouvido de forma provocante.

✏️ Astrid (sussurrando):

— Eu vi o que você fez lá no bar... Foi por mim? Que fofo, obrigada. Não vou esquecer disso, tá?

Ela se afastou com um sorriso malicioso, deixando Akira completamente desconcertado. Ele ficou parado por um momento, ainda sentindo o arrepio subir pela espinha.

✏️ Akira (sarcástico, tentando disfarçar o incômodo):

— O que deu nela agora...?

Mais tarde, depois de se recuperarem totalmente, o grupo foi saudado pelos moradores da ilha, que lhes entregaram barris de comida, munição, roupas e muitos outros suprimentos em agradecimento. Eles sabiam que, se não fosse pelos três, os piratas teriam saqueado a ilha por completo. Enquanto Félix inspecionava os presentes, o dono do bar se aproximou de Akira com um semblante sério.

✏️ Dono do Bar (com voz grave, mas agradecida):

— Aqueles piratas que você atingiu com sua arma... eles não sobreviveram, garoto.

Akira, que estava observando o céu, sorriu de canto, sem parecer muito afetado pela notícia. Ele virou os olhos lentamente para o dono do bar, e, num gesto dramático, esticou os braços em uma pose quase heróica, fazendo uma pausa para refletir.

✏️ Akira (em tom de guerreiro):

— O capitão deles matou a mãe do meu capitão. Aquilo era imperdoável... Não me arrependo de nada.

O dono do bar assentiu, respeitando as palavras de Akira, mas antes que a cena pudesse se prolongar, Félix apareceu por trás, quebrando o momento com uma pergunta sarcástica, como de costume.

✏️ Félix (rindo, com os braços cruzados):

— Espera aí... Você nunca matou alguém antes, Akira? Tá fazendo essa cena toda por quê?

Akira ficou visivelmente frustrado, cerrando os punhos e olhando com raiva para Félix, que gargalhava abertamente.

✏️ Akira (cerrando os dentes, tentando manter a pose):

— Cara, eu tava no meio de uma cena épica, e você destruiu tudo! Que inferno, Félix!

Félix, ainda rindo, deu um tapinha nas costas de Akira enquanto os dois se dirigiam de volta para o porto. Astrid, ao lado, não conseguia conter o sorriso enquanto observava a interação entre os dois.

Chegando ao porto, uma surpresa aguardava o grupo. Os moradores da ilha, como forma de agradecimento, haviam lhes dado um novo navio. Muito maior e mais imponente que o antigo, sua estrutura era reforçada e o convés espaçoso o tornava um verdadeiro navio de pirata. Os olhos de Akira brilharam ao ver o presente, mas sua expressão mudou quando ele percebeu que aquilo parecia bom demais para ser gratuito.

✏️ Akira (franzindo a testa, sacando os tesouros roubados dos piratas):

— Eu não sou de aceitar algo assim de graça. Aqui, levem esses tesouros como pagamento.

Porém, os moradores se recusaram a aceitar. Mesmo com a insistência de Akira, eles continuaram a negar a oferta, dizendo que o novo navio era uma forma de mostrar sua gratidão por terem salvo a ilha.

✏️ Morador (com firmeza):

— Esses tesouros não têm valor perto do que vocês fizeram por nós. Levem o navio. É de vocês.

Akira, relutante, finalmente cedeu, mas não sem lançar um último olhar desconfiado. Ele subiu ao convés, admirando o tamanho do novo navio.

✏️ Akira (olhando ao redor, com um sorriso satisfeito):

— Esse aqui sim é um navio de respeito...

De repente, algo lhe ocorreu. Ele pegou uma bola de canhão, posicionando-a em sua Kabutia, que agora se tornara sua arma de confiança. Com um olhar determinado, ele mirou no antigo navio dos piratas, que ainda estava ancorado ao lado. Sem hesitar, ele disparou, e a bola de canhão acertou em cheio, fazendo o navio explodir em mil pedaços. Os destroços afundaram lentamente no mar.

✏️ Akira (com um sorriso vitorioso):

— Ninguém mexe com o nosso capitão.

Os moradores, ao verem a explosão, soltaram gritos de aprovação e aplausos. Akira, aproveitando o momento, disparou mais uma vez, agora uma bola de pólvora especial, que explodiu no ar em uma brilhante chuva de cores. As crianças riam e pulavam de alegria enquanto o grupo se despedia da ilha, acenando para os habitantes que os tinham acolhido.

O novo navio partiu em direção ao horizonte, com seus velhos e novos tesouros a bordo, prontos para mais aventuras.

✏️ Félix (olhando para o horizonte, determinado):

— Agora... é nossa vez de fazer história.

E assim, mais uma vez, eles navegavam rumo ao desconhecido. A vingança de Félix havia sido realizada, mas o verdadeiro começo da jornada estava apenas se desenrolando.