As ruas caóticas do Rio de Janeiro são feitas de muito mais além de funk, cerveja e barzinhos.
Em meio à desafiadora passagem da adolescência para a vida adulta, Naruto e Sasuke encontram-se em uma encruzilhada. Enquanto lutam por seus ideais e busc...
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Sakura Haruno
Sakura está há sete minutos parada diante das Lojas Americanas dentro do shopping, esperando por ele. Finalmente tinha conseguido contato e marcado um encontro. Ela quis um lugar público que pudesse simplesmente sair correndo caso a situação saísse do controle. Não que Sasori seja dessa forma, mas ela queria se precaver.
Tinha escolhido um short jeans, um velho tênis falsificado, uma blusa de flores e usava um casaco de moletom por cima. Estava tão diferente de todas as outras vezes que se viram que temia Sasori nem mesmo reconhecê-la. Sempre arrumada, com maquiagem e sorrisos, e tudo o que ele encontraria hoje era uma versão quebrada, desengonçada e triste do que um dia Sakura já foi.
Ela está sentada no banquinho no centro do corredor, distraída ao encarar as próprias unhas, roídas e machucadas pela ansiedade recente. De repente, um lírio branco entra em seu campo de visão, muito perto. Sakura ergue o olhar, seguindo o braço de quem o segura, e o vê. Pela primeira vez no que pareceu uma eternidade.
Ela sorri, não pôde evitar. Sasori está com um sorriso grande no rosto, como se tivesse planejando essa chegada triunfal. Ela percebe que ele tem um curativo abaixo do queixo, que segue até perto da orelha, e alguns roxos feios no rosto e nos braços. Antes de conseguir reagir com um oi, a Haruno franze o cenho e se levanta, encarando os machucados.
"Oi, faixa rosa", ele diz e se aproxima, puxando-a pelos ombros em um abraço apertado. Sakura fica um pouco atordoada, tentando processar as informações, assustada com o carinho repentino.
Após alguns segundos, ela o abraça de volta, mas o abraço não dura muito tempo. Sakura logo recua, encarando os hematomas com olhos estreitos, desconfiada.
"O que rolou contigo?", perguntou, tentando não soar tão preocupada quanto realmente se sentia.
"Isso?", ele balança os ombros, como se não fosse nada demais, mas imediatamente seus olhos parecem querer marejar, e ele engole em seco. "Merda do trabalho, só isso."
Sakura cruzou os braços, nem um pouco satisfeita com a resposta. A mão dele ainda segurava o lírio, um contraste com a visão do seu estado atual.
"Merda do trabalho? Tua cara tá toda arrebentada e tu me aparece com uma flor como se não tivesse desaparecido por dias."
O sorriso no rosto de Sasori se curvou, torto, como se ele tentasse disfarçar o desconforto em tocar no assunto.
"Eu só queria mostrar que me importo."
Sakura não conseguiu segurar a risada seca e sem graça que saiu de sua garganta.
"Ah, que fofo." Ela desviou o olhar, irritada. "Então tu some por dias, aparece todo fodido e, de repente, se importa?"
Sasori deu um passo à frente, ainda segurando a flor, mas o seu rosto agora denunciava seu cansaço.
"Sakura, eu não sumi porque eu quis. As coisas ficaram complicadas."