Capítulo 18

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Os Piratas

Capítulo 18 - A Era dos Piratas: A Ira do Rei dos Mares

O novo navio cortava as ondas com uma estabilidade impressionante, deixando para trás a ilha onde tinham enfrentado seus inimigos. O céu estava claro, com poucas nuvens e um sol brilhante que aquecia a madeira do convés, mas a brisa fresca do mar mantinha o clima agradável. Akira estava no topo do mastro principal, em uma postura de concentração intensa, treinando mais uma vez seu Haki da Observação, tentando aprimorar suas habilidades para sentir o ambiente à sua volta.

Lá embaixo, Félix e Astrid estavam focados em seus próprios treinamentos. Félix desferia chutes e socos na proa do navio, o som dos impactos ecoando pelo convés enquanto ele aperfeiçoava sua técnica. Já Astrid, com uma espada em mãos, alternava entre golpes de esgrima e socos rápidos, misturando estilos de combate.

Após várias horas de treino, Akira, ainda sobre o mastro, finalmente sentiu algo. Uma presença absurda, poderosa, vinda de algum ponto ao longe. Seus olhos se abriram de imediato, vasculhando o horizonte, até que avistou um barril flutuando não muito longe do navio. Sem hesitar, ele desceu rapidamente, pegou uma corda e, sem dizer nada, amarrando-a em si, mergulhou direto no mar.

O som de seu corpo cortando a água chamou a atenção de Félix, que se aproximou da borda, observando Akira emergir logo depois, carregando o barril.

✏️ Félix (curioso, franzindo o cenho):

— O que tem de tão especial nesse barril? O que você achou aí?

✏️ Akira (enquanto desamarrava a corda e se livrava de algas grudadas em seu corpo):

— Eu senti uma presença vinda dele. Algo estranho.

Enquanto Akira tentava abrir o barril mais sem sucesso, Félix, sem paciência, chutou o cadeado que fechava o barril, jogando-o para longe com força. Akira olhou dramaticamente para o cadeado voando, depois para o barril, e de novo para a direção do chute.

✏️ Akira (sarcástico, com um sorriso de canto):

— Olha só... Alguém andou treinando embaixadinhas.

✏️ Félix (rindo enquanto sacudia a cabeça):

— Vai tomar banho, Akira.

✏️ Akira (ainda mais sarcástico):

— Mais?? Acho que já tô molhado o suficiente por hoje.

Foi então que Astrid, atraída pela conversa e o barulho, se aproximou. O barril, agora aberto, revelou um baú, não muito grande, mas certamente intrigante. Astrid olhou desconfiada para Akira, que segurava o baú com curiosidade.

✏️ Astrid (arqueando uma sobrancelha):

— E agora? O que tem nesse baú?

Antes que Akira pudesse responder, Félix, com um sorriso provocador, levantou a perna, oferecendo-se para chutar o cadeado novamente.

✏️ Félix (com um sorriso travesso):

— Quer que eu abra esse também?

✏️ Akira (assustado, afastando o baú):

— Tá maluco? Se você chutar esse, o baú vai parar no horizonte junto com o cadeado!

Antes que pudessem continuar a discussão, Akira sentiu uma fagulha de perigo. Um frio percorreu sua espinha, e o ar ao redor pareceu ficar pesado. De repente, numa explosão de água, uma figura colossal emergiu do oceano. Um Rei dos Mares, com escamas negras e olhos vermelhos como brasas, apareceu diante do navio, seu rugido ecoando pelos mares e balançando a embarcação violentamente.

✏️ Astrid (surpresa, recuando um passo):

— Isso é... Um Rei dos Mares?!

Todos no convés ficaram paralisados por um momento, reconhecendo a criatura. Akira, porém, fitou os olhos da besta e viu algo familiar: uma cicatriz que ele lembrava muito bem.

✏️ Akira (boquiaberto, sentindo o coração disparar):

— Não pode ser... É ele. O mesmo Rei dos Mares que enfrentamos antes!

Sem aviso, a criatura colidiu com o navio, e o impacto foi tão forte que Akira foi arremessado para o ar, direto para a boca do monstro. Seus gritos se perderam no rugido da besta, e antes que alguém pudesse reagir, ele foi engolido.

✏️ Félix (gritando em desespero):

— AKIRA!!

Astrid e Félix correram pelo convés enquanto o Rei dos Mares mergulhava e emergia, balançando o navio violentamente. Canhões eram disparados contra a criatura, mas sua pele escamosa parecia resistir aos tiros.

Dentro da criatura, Akira lutava para manter a consciência. O baú que ele tanto se esforçara para proteger estava em suas mãos, e ele sabia que precisava descobrir o que havia ali antes que fosse tarde demais. Usando todas as suas forças, ele forçou o baú a abrir, revelando algo surpreendente: uma fruta. Mas não era uma fruta comum. Era uma Akuma no Mi um fruto do diabo, com padrões misteriosos que Akira reconhecia de seus estudos.

✏️ Akira (com os olhos arregalados, sem acreditar):

— Dois tesouros em um dia... Isso só pode ser brincadeira.

Sem pensar muito, sabendo que seu tempo estava acabando, Akira deu uma mordida na fruta, sentindo um gosto amargo e estranho. Dentro da barriga do Rei dos Mares, ele deixou-se ser engolido mais uma vez, sem ideia do que poderia acontecer.

Lá fora, estava cada vez mais difícil de fazer a besta recuar, sem a pontaria do Akira nos canhões, o Rei dos Mares estava prestes a dar um golpe devastador no navio quando, de repente, uma fumaça começou a sair de seus olhos, narinas e boca. Sua pele começou a se expandir, ficando vermelha e inchada, e, em um momento explosivo...

BOOM!

Uma enorme esfera de fogo e chamas irrompeu do monstro, que explodiu em pedaços. Das cinzas e fumaça, uma figura emergiu, caindo pesadamente sobre o convés do navio. Era Akira, coberto de chamas e fumaça, mas vivo. Ele desmaiou imediatamente ao impactar o chão, completamente exausto.

Félix e Astrid, ainda em choque pelo que acabara de acontecer, correram até ele. O navio, apesar da batalha, estava intacto, sua estrutura reforçada resistindo ao caos.

✏️ Félix (ajoelhando-se ao lado de Akira, incrédulo):

— Ele... sobreviveu.

✏️ Astrid (olhando para o mar, onde o Rei dos Mares havia sido derrotado):

— O que diabos acabou de acontecer?

No horizonte, os pedaços da criatura gigante ainda flutuavam, enquanto o grupo tentava compreender o que tinha acabado de presenciar. Akira, agora possivelmente portador de um novo poder, jazia inconsciente, enquanto o mar voltava lentamente à sua calmaria.

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