FIRST LOVE 🖤 - Renato Garcia

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Heloísa Barreto

Estamos olhando a última qualify do dia, essa decidia se o Renato ia ou não passar pra próxima fase, que seria amanhã. Eu já não tinha mais esmaltes nas minhas unhas, já tinha tirado todo no dente!

A ansiedade tomava conta de mim e eu não sabia explicar o que eu estava sentindo, ouvíamos o narrador pela televisão, já que os motores fervendo, era impossível!

- Vai Renato Garcia, pra primeira curva! Ele tá indo bem, mas ouvi dizer por aí, que é o último campeonato de drift do Youtuber.

- Pois é, Felipe! Renato disse que quer dar um tempo, montar um carro novo e quem sabe voltar a competir nos próximos anos, será que ele vai levar nos 45 do segundo tempo?!

- Pra ser sincero, acho difícil! Pela pontuação, ele está abaixo. Mas isso não impede que ela faça uma performance incrível nessa pista hoje.

- Difícil, difícil é a minha piroca dura! Ele vai conseguir sim. - Digo e todos ali presentes me olham com os olhos arregalados. - Perdão galera, me empolguei. - Dou um sorrisinho arrancando algumas risadas.

- Bora descer, amiga! Quero ver o Gui também. - Nina pede e eu vou com ela até o final da arquibancada, ficando bem próxima a pista.

Renato dirigia aquele carro como eu nunca tinha visto antes. Ele disse que depois quer me levar em uma etapa de treino, pra eu ver como é estar dentro do carro.

Ouvimos os pneus do Renato derraparem de um jeito diferente, e em seguida um barulho. Ele tinha batido em cheio na porta do outro corredor e logo o carro começou a sair fumaça.

- Puta que pariu, Guilherme! Tira ele de lá. - Peço quase gritando pro meu cunhado.

Minha sogra tava em desespero, nossos amigos estavam com as mãos na cabeça vendo a situação, e eu só queria pular aquela grade e arrancar ele de lá.

Ele tentava abrir a porta e falhava, com o fogo, ela travou. Vejo Renato chutar o vidro da frente, o que também é falho, já que eram vidros preparados para acidentes. Foi aí que ele se contorceu todo e saiu pela janela do carro, correndo até a gente.

- Não acredito! - Cai sentado no chão vendo os bombeiros apagarem o fogo do 350Z.

•••

- Como você tá? - Pergunto quando ele sai do chuveiro.

- Naquelas né. Tô chateado pelo carro, por não ter ganho nada também. Mas aliviado por estar bem. - Senta na cama e eu ajoelho atrás dele apertando seus ombros em uma massagem.

- Vão ter outros oportunidades, lindo. Aconteceu o que tinha que acontecer. - Beijo o pescoço dele, que arrepia.

- É, eu sei disso. Mas vamos esquecer, só por hoje? Tô louco de fome. - Levanta procurando uma roupa.

- Bora amor, também tô! O restaurante que vamos, é maravilhoso! - Ele sorri e beija minha bochecha.

Era nítido o quão abalado estava.

- Que horas voltamos amanhã?

- De manhã. Vamos lá no escritório umas sete pra poder pegar as coisas da Ester lá. E depois já podemos seguir viagem pra Londrina. Tenho que resolver umas coisas lá também.

- Ela tá animada?

- Agora tá mais, não tem nada que prenda ela aqui mais. E sua irmã foi um anjo, caso contrário eu teria que arrumar um lugar pra mim, pra não deixar a Ester sozinha. - Penteio meus cabelos e sinto ele me abraçar por trás e colocar a cabeça no meu pescoço.

- Logo a Teté arruma um lugar pra ela, eu compro um apê que eu tanto queria, e você vem morar comigo. Pra gente começar a construir nossa família de novo, o que acha?

- A gente nem namora ainda, amor. Você já esta pensando em casar.

- Isso é só questão de tempo. Logo logo você vai tá com uma aliança fina de ouro branco, cheia de pedrinhas nesse dedo aí. E a gente já perdeu muito tempo estando separados.

- Tá pesquisando alianças já?

Ele não me responde, só beija meu pescoço

Raio de homem gostoso!