Tudo bem por ai, Clarinha?... kkkkkk

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Narradora:
A tarde ensolarada no centro de treinamento do Palmeiras avançava preguiçosa, com as jogadoras descansando entre os treinos. A mesa estava posta com uma refeição leve: salada de folhas verdes, frango grelhado e suco detox. Clara, como sempre, sentou-se com ar de superioridade, aproveitando para lançar olhares desdenhosos para as colegas.

Do outro lado da mesa, Lívia observava Clara com um sorriso malicioso. A loira estava mais que pronta para colocar em prática o plano que armara. Antes de todas se sentarem para comer, Lívia havia discretamente despejado laxante no prato de Clara. Tudo meticulosamente planejado: não uma dose exagerada, mas o suficiente para o efeito ser rápido e inevitável.

— Essa refeição tá leve demais — comentou Clara, empurrando as folhas no prato com o garfo. — Espero que isso não me deixe fraca no segundo treino.

Lívia sorriu inocentemente.
— Ah, Clara, vai por mim... Esse prato é ótimo pra “limpar o organismo”.

As meninas ao redor da mesa trocaram olhares cúmplices, tentando não rir. Até os meninos do time, que estavam por perto, perceberam que algo estava prestes a acontecer.

Após o almoço, o grupo se dirigiu para a área comum do centro. Clara se alongava, preparada para o segundo treino do dia, mas algo em seu rosto começou a mudar. Um pequeno desconforto, seguido por uma careta involuntária.

— Tudo bem aí, Clara? — perguntou Lívia, a voz transbordando falsa preocupação.

— Estou, só... acho que meu estômago não tá muito bem. — Clara colocou a mão na barriga, tentando disfarçar a crescente urgência.

Em menos de cinco minutos, o laxante começou a agir com uma precisão implacável. Clara interrompeu os alongamentos abruptamente e levou a mão à barriga novamente, agora visivelmente aflita.

— Ai, não! — ela murmurou para si mesma, os olhos arregalados enquanto a dor se intensificava.

Lívia, percebendo o momento exato em que a bomba ia explodir, se aproximou com um sorriso divertido.
— Tudo certo por aí, Clarinha? Não quer sentar um pouco? Parece que você não tá se sentindo muito bem...

Clara tentou manter a pose, mas o suor começou a brotar em sua testa. A necessidade era urgente demais para qualquer fingimento. Sem dizer uma palavra, ela se virou e saiu correndo em disparada para o banheiro, tentando desesperadamente alcançar a porta a tempo.

— Meu Deus! — gritou Veiga, gargalhando. — Ela vai bater o recorde de 100 metros rasos agora!

Zé Rafael, com o celular já em mãos, mal conseguia se conter de tanto rir enquanto filmava a cena.
— É o que eu chamo de “fuga estratégica”.

— Alguém dá uma medalha pra ela! — gritou Scarpa, dobrando-se de tanto rir.

Enquanto Clara corria desajeitada pelos corredores, apertando a barriga e segurando a dignidade como podia, os meninos e as meninas explodiram em gargalhadas. As jogadoras praticamente rolavam pelo chão, incapazes de conter as risadas, enquanto Veiga e Zé Rafael continuavam filmando cada passo da fuga desesperada.

— FILMA, FILMA! Isso vai pra Mel! — gritou Deyverson, com lágrimas nos olhos de tanto rir.

Clara finalmente alcançou o banheiro e bateu a porta com força, deixando o grupo do lado de fora em completo alvoroço. A risada era tão contagiante que ninguém conseguia parar por um bom tempo.

— Lívia, você é um gênio do mal! — elogiou Luisa, ainda rindo.

— Essa foi a melhor coisa que já aconteceu hoje! — disse Scarpa, segurando a barriga.

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