A neve já começava a cair, dando cada vez a sensação natalina, para os texanos. Para a viúva e sua filha tudo parecia melancolico. Uma elegante cerimonia acontecia, em homenagem ao falecido pai e esposo. Todos ali usavam roupas pretas, vez ou outra passavam pela mulher e lhes falavam palavras de consolo. Ninguém parecia realmente estar triste, com a perca. Aquilo parecia mais um encontro casual, alguma das pessoas conversavam, ou até mesmo riam, outras simplesmente aproveitavam as bebidas e os petiscos, que eram oferecidos.
_ Que desperdício, de dinheiro_ A menina diz olhando todo aquele desrespeito.
_ Não fale assim, Enid Sinclair_ sua mãe a repreende_ Sabe que seu pai tinha vários amigos, então acredito que ele gostaria de te-los aqui.
A loirinha assente, revirando os olhos. Logo se vira para trás e observa o corpo de seu pai, deitado em um caixão. O homem não se parecia em nada com a menina, pelo menos não fisícamente, pois suas personalidades eram quase que uma só.
_ Será que ele está confortável, mamãe?
A mulher, que era claramente Enid, à alguns anos, se vira na direção da menina, e dá um sorriso fraco.
_ Pedi o melhor dos caixões, querida. Acredito que ele está mais que confortável._ Passa a mão nos cabelos da menos, fazendo um carinho ali.
_ Posso ter um_ Joga as palavras_ Quero dizer.Se poderia ter um deste, para eu dormir_ Olha a mãe, quase que levantando sua cabeça por completo.
Ao ouvir tal pedido, a mulher fica sem reação, com um pedido tão inusitado de uma criança de sete anos.
_Enid..._
Em um piscar de olhos, o local, não haviam mais falatórios, apenas burburinhos, selênciosos. Mãe e filha se viram em direção a entrada, e lá estava.
Uma mulher desfilava entre as cadiras, com um vestido prateado, com lantejolas, e gliteres. Assim que as avista, abre um sorriso e apressa os passos.
Tia Celeste
Foi o que Enid pensou, antes de negar com a cabeça, mas logo dá um peuqeno sorriso. Celeste não era uma pessoa ruim, muito pelo contrário, sempre fazia ao máximo para ver sua sobrinha, e se mostrar presente, mas na boa parte das vezes, era uma pessoa estremamente incoveniente.
_ Cunhadinha!_ Dá uma corridinha sobre os saltos, para lhe abraçar.
_ Celeste.
Assim que abraça a mulher, se direciona a menina, que recebe um abraço caloroso, que quase a deixa sem ossos inteiros.
_ A Enid, não para de crescer, Céus!
_ Segundo aos livros que li, titia, as meninas crescem logo, enquanto os meninos, ficam iguais aos anões da branca de neve.
A tia ri com a comparação, e assente.
_ Isso mesmo, querida!
Celeste avista o caixão atrás de si, e sem pensar se quer uma vez se aproxima. A mulher encara o homem por alguns minutos. Enid por toda aquela onda de alegria e agitação havia se esquecido, ou apenas a tristeza foi fazer um intervalo, mas assim que voltou a realidade ao ver sua tia passar as mãos pelo cabelo de seu pai, ela voltou e não queria largar a menininha.
A mãe de Enid, se aproximou e lhe deu mais um de seus abraços, e a menina desabou em lágrimas e soluços.
**
_ Wednesday Addams!_ Mortícia grita do lado de dentro da casa.
De cima da árvore Wednesday olha para a janela, que dava acesso ao seu quarto, uma figura furiosa a olha, como se podesse agredi-la mentalmente.
_Desce daí garota!
A menina revira os olhos, por mais uma vez impedirem sua brincadeira de caça a insetos, para assustar seu irmão.
_ Já desço, mãe!
A muher bufa, e ameça subir na ávore e tira-la, não da forma mais delicada.
_ Já estou descendo, senhora Addams_ Diz desanimada.
A menina engatinha com cuidado para a janela. Mortícia abre caminho para que a garota consiga passar.
_ Wed.....
_ AAAAAAAAAA._ Gritou assim que o galho se partiu.
Apenas para entenderem a vibe das meninas. Cuidado, e não se matem.
-Mell
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Inverno
FanfictionWednesday uma desemprega, fuleira, que não sabe o que quer da vida. Enid uma formanda, caminha para seu doutorado. Neste inverno, frio será que elas serão o solzinho uma da outra?