Contrato Com Sentimentos - Min Yoongi

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Yoongi

A maçaneta da porta se move, meus olhos não saem dela, como se eu estivesse esperando alguém especial. Eu preciso me tratar. Por que estou esperando por alguém?

— Filhinho!! — Era minha mãe. No mesmo instante, finjo não estar ali e foco nas papeladas. — Como você está? Sentiu falta da mamãe? — Não respondo, ignoro completamente sua presença.

Ela só se importa com o dinheiro, nunca se importou com o próprio filho. Meu pai morreu, e eu ficava sozinho nas festas dos pais... E ela estava se divertindo com o namorado.

Quando eu amei alguém, ela simplesmente fez essa pessoa sofrer.

Há cinco anos, Sejeong, a mulher que eu mais amava, partiu. Eu a amava tanto... Ela era uma garota que arrancava risadas sinceras de mim. Ela me fazia querer amar a vida, mas, desde que ela se foi, eu não sinto mais isso. Me apeguei ao dinheiro. Prefiro algo material do que as pessoas. Não quero me ferir mais.

2019

— Senhor... Infelizmente, ela faleceu.
— O médico me dava a pior notícia da minha vida. — C-como? Não pode ser!! — Eu me desesperava, não conseguia aceitar. O médico coloca a mão em meu ombro, como se quisesse me consolar. — Ela foi forte. Ela ligou para sua mãe, mas acho que ela não pôde ajudá-la.

Eu fui furioso até o hotel onde minha mãe estava hospedada. Bati na porta, e o namorado dela abriu. — Oi, filho? — O homem disse, bêbado, tentando me abraçar. Eu o empurrei e entrei procurando minha mãe. Quando a vi, ela estava sentada no sofá com um sorriso no rosto. Aquilo me deu nos nervos. A raiva tomou conta do meu corpo. — Por que não me contou? Por quê??? — Você faria o quê? Aquela mulher já ia morrer mesmo! — Lágrimas tomaram conta de mim. Eu a olhava, indignado. Ela nunca pensava em como seu filho se sentiria, só pensava em si. — Eu disse pra você casar com a modelo famosa, mas você quis casar com aquela pobre. Nossa, filho, que inútil você é, não presta nem para encontrar uma mulher bem-sucedida! — Você é um monstro!! A partir de agora, não sou mais seu filho. Esqueça que você me deu à luz! — YA! Seu idiota! Por que você teve que nascer, hein??? Você atrapalhou todos os meus planos! — As palavras dela eram cruéis. Eu saí dali com o coração quebrado, despedaçado e com um ódio que me tornou frio. Nada e ninguém vai mudar isso!

Sejeong, você faz falta... Seu sorriso, o jeito que me aconselhava, e os nossos momentos juntos...

— Por que você faz isso com sua omma?
— Mãe? Você nunca foi uma mãe. Agora, saia da minha sala, porque você não é bem-vinda aqui!!
Ela sorri, com o mesmo sorriso debochado do dia em que Sejeong se foi. Aquilo me deu tanta raiva que derrubei tudo que estava sobre a mesa.
— Será que você pode ir embora??

Devido ao barulho das coisas caindo, Min Hee entrou, preocupada, na minha sala.
— Senhor?
— O que essa mulherzinha quer, hein? — Minha mãe pergunta, ofendendo Min Hee.
— Saia da minha sala, por favor, senhorita Ji Ah!! — Ordeno, impaciente.

— Eu vou sair, está bem! Mas fique sabendo que você é um filho ingrato!! — murmura, logo saindo.

— O senhor está bem?
— Estou! — respondo ríspido.
Ela se aproxima, me olhando preocupada para ter certeza de que eu estava bem. Seu rosto estava próximo ao meu, fazendo meu coração acelerar. Seus olhos eram brilhantes, seu rosto cativante fez meu coração disparar. Mas como?? Eu me afasto rapidamente.
— O que você quer, hein?
— Nada... Só queria ver se você tinha se machucado.
— Eu não preciso da sua preocupação!
— Eu não estou p-preocupada, não, nunca! — suas bochechas coram. Ela disfarça olhando para as coisas espalhadas pelo chão.

— Aigoo! Tenho que dar um jeito nisso!
Eu rio de como ela tenta disfarçar, mas logo volto à minha postura fria.

— Não precisa! — exclamo, para que ela pare de tentar arrumar o lugar.
— Mas...
— Deixe como está, eu vou pedir para que a equipe da empresa arrume!
— Mas eu posso arrumar!
— Eu já disse que não!! SAIA! — Grito, descontando toda a minha raiva nela. Ela assente e sai.

                               [...]

Já era noite, e saio da minha sala indo embora. Me deparo com Min Hee fazendo o mesmo. Ela não olha para mim. Eu fui rude com ela, e ela não tem culpa.

Me aproximo, tentando falar com ela, mas ela simplesmente acelera os passos para não ter que falar comigo. Desisto de tentar qualquer aproximação e entro no meu carro, indo embora.

Min Hee

Sempre que tento ser legal, ele é rude. Ele é um babaca, esse Min Chatonildo!
Aish! O que mais me preocupa é que, no fundo, acho que ele não seja assim. Algo o fez se tornar desse jeito, mas é impossível tentar me simpatizar com ele. Ele é arrogante e sempre um babaca comigo. — Me jogo na cama, colocando a mão na cabeça.

Meu celular vibra, era uma ligação. Eu atendo.
— Olá, é a senhorita Min Hee?
— Sim, sou eu! Com quem falo?
— Aqui é do hospital, do consultório do médico Jeong. Você queria uma consulta para sua amiga. Amanhã teremos um horário disponível.
— Pulo de alegria, esse hospital já tratou vários casos de câncer, e a maioria teve cura.
— Quero agendar um horário às 18:30.
— Sinto muito, mas temos horários apenas às 7:30, 10:00 e 19:00.
— Então pode ser às 7:30. — Desligo a ligação e me deito na cama com fé de que tudo ia dar certo.