Banho de Chuva (Hot)

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Lia Pov's

No outro dia, eu estava no Campo de Rosas, sentada em uma pedra grande. Estava esperando Peter voltar de não sei aonde, quando finalmente o vejo se aproximando, abro um sorriso.

— Pensei que não fosse mais voltar.

— Tava pegando algumas maçãs da nossa macieira – deu ênfase na palavra "nossa", por ter sido na macieira que eu e Peter subiàmos quando eu era criança.

— Não seria mais fácil você ter feito elas aparecerem na sua mão com magia?

— Você iria acreditar que eu tinha pegado daquela macieira?

— Não!

— Foi por isso! – soltei uma risada – Toma! – Peter jogou uma maçã pra mim e peguei ela com uma só mão – Belos reflexos. Já é uma habilidade aprovada!

— Sempre tive bons reflexos por conta das aulas de esgrima. Meus poderes só melhoraram isso – Peter sentou-se do meu lado e eu mordi minha maçã. Não entendendo, Peter estava rindo de mim – Que foi?

— Você tá parecendo um esquilo com essas bochechas – disse rindo.

— E você parece um elefante com essas orelhas gigantes! – ele coloca a mão no peito fingindo estar ofendido.

— Olha só! Lia Morgan sabe revidar.

— Sei, quando eu quero – pisco pra ele sorrindo.

— Lia, olha só! – dois meninos perdidos, que eram gêmeos, vieram até mim com um pássaro azul machucado nas mãos.

— Estão achando que ela é veterinária? – Peter fala meio ignorante.

— Não tem problema. Eu gosto de animais – deixo a maçã de lado e pego o pássaro da mão de um dos gêmeos.

— Você pode usar magia pra curar ele?

— Claro... – disse meio insegura.

Só porque eu consegui curar um coelho naquele dia, ainda me sentia insegura em curar outras criaturas usando minha magia.

O pássaro ainda se mexia. Segurei ele com as duas mãos de forma firme, fechando os olhos ao me concentrar. Imaginei vendo o pássaro curado, e senti um formigamento pelo meu corpo, a mesma sensação que senti quando curei o coelho.

Abri os olhos vendo um brilho verde sumir rapidamente, deixei o pássaro mais amostra e ele ficou em pé nas minhas mãos.

Os meninos me olharam incrédulos.

— Você o curou! – ambos disseram juntos.

O pássaro saiu voando das minhas mãos, voou ao redor da cabeça dos gêmeos e saiu voando pra longe.

— Agora ele já tá curado. Obrigado, Lia – sorri amigável pra eles. Os gêmeos saíram correndo até a floresta.

— Não precisava ser grosseiro com eles – disse pro Peter.

— Eles ficam te incomodando.

— Não foi incomodo.

— Mesmo assim, eu peço pra eles não te incomodarem, mas eles não sabem obedecer.

— Isso é ciúmes? – sorri provocando.

— Talvez um pouco.

Escutamos um barulho alto, eu e Peter olhamos pro céu e percebemos que vinha de um trovão. O céu estava começando a escurecer, sinal de que viria chuva em breve.

You Belong To MeOnde histórias criam vida. Descubra agora