capitulo 2

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Freen sarocha




Todos aplaudem de pé minha a apresentação, emocionada agradeci e o padre dar continuidade à missa de um ano da vovó Beth. O meu coração está em pedaços mesmo que já havia um ano, ainda não tinha me conformado em como a vida permanece sendo um pouco injusta comigo. Primeiro perdi meu avô, agora minha avó e semana que vem estamos de partida para Itália. O que mais temia aconteceu. Que belo presente de aniversário de 15 anos eu ganhei!

Não disse nada, apenas escuto as duras palavras de papai durante o jantar que tivemos ontem à noite e constato que é uma decisão irrevogável. Segundo ele, mamãe como boa esposa que é aceitou, também tenho que aceitar. Então, tenho que sair da escola no meio do ano e dois dias antes do meu aniversário. É um presente e tanto!

O padre diz palavras de conforto e a todo instante observo a cada palavra dita com sinceridade.

-Elizabeth Marie Benette sarocha , foi uma mulher trabalhadora, mãe e avó. Meus irmãos e irmãs, a morte nem sempre é o fim... A morte nem sempre é o fim, foi as palavras ditas pelo padre que mais me tocam, talvez ela esteja melhor no céu do que aqui na terra.

Ao final da missa vamos a casa para arrumar as nossas coisas em caixas. São tantas lembranças que tenho nesta casa e aqui vivi meus melhores anos!

- freen. -Mamãe bate na porta que está entreaberta. - posso entrar princesa?

Sim, mamãe.- Digo.- Quer ajuda com os CD's.?- Proferi indo em direção a minha cama. Apenas observo segurar meus CD's e olhar os que havia escondido entre os religiosos. Sua expressão não é nada boa, apesar de não demonstrar 100%.

- Querida passe a caixa por favor. - Pede. Leva uma caixa pequena colocando-a sobre o colchão da cama.

-Muito bem. Esses aqui guardem com cuidado. - Me entrega mais ou menos uns 20 CD's. - E esses aqui vão para o lixo. Diz calmamente.

Não me considero uma garota normal. Nem ao menos tenho um IPhone, como todas as demais meninas da minha idade da escola e do resto do mundo. Eu não sou normal, isso não tenho dúvidas.

Quero entender porque me colocam dentro de uma caixinha de vidro e não deixam que ninguém me toque, às vezes isso é sufocante. Resultado disso é passar a noite quase toda acordada e chorando por não poder ouvir nenhum CD do Justin Bieber.

Uma adolescente de 15 anos que nem ao menos consegue ter uma vida normal. Sou a menina perfeita, a filha exemplar que sempre vai à igreja, que canta para Deus e não pode ouvir um CD de Justin Bieber. Que pecado tem nisso: Assistir um videoclipe e ter um celular? Muitas vezes meus pais exageram.

-Papà. - Digo indo em sua direção e vejo que está colocando algumas coisas no carro da mudança.

- Figlia, algum problema? - seus olhos castanhos me fitam.

-Nenhum, apenas gostaria de ir conversar com o padre Ryan antes de viajarmos. Eu posso ir sozinha se não se incomodar papai.

- Volte logo. Apenas cinco minutos. Filha vamos embora em duas horas. -Diz.

- Juro que será rápido. - Peço.

-Te dou cinco minutos. Aliás, espere eu guardar essa caixa e irei te acompanhar.

- Não, papai. O senhor está ocupado demais e eu posso ir rapidinho e volto logo.

Praticamente corro até a igreja não quero falar com o padre Ryan e sim com o nop.

Um amigo que fiz nos últimos dias, passo numa loja de supermercado e compro algumas comidas antes de ir. Em seguida, levo tudo o que pude levar para nop.

Ele é um amigo que fiz no último ano, o único amigo que tenho de verdade em 15 anos. É um morador de rua acolhido pelo padre Ryan. Nunca poderei falar dele para os meus pais. Por isso e apenas por isso eles me matariam! Até mesmo me trancaria num porão apenas por ter um amigo e um que é homem.

- Vou sentir saudades sarochinha. -Ele é o único que me chama de sarochinha .

-queria poder te levar pra conhecer roma. - falou olhando para baixo

-Eu também nop. Queria poder te levar pra Roma.

-A princesinha ainda não é dona do próprio castelo. Quem sabe um dia, quando estiver famosa e com suas músicas poderá me deixar ser seu segurança particular.

-Será mais do que isso nop. - Sorri e abracei-o calorosamente. Nop é meu refúgio nesse ano.

-Eu te amo. -Diz sorrindo.

Volto a casa o mais rápido que posso e então me preparo para uma viagem cansativa. Estou deixando um pedaço de mim na América. Não só por Bambam e sim por tudo o que construímos

me apaixonei por uma gangster Onde histórias criam vida. Descubra agora