Zelda Spellman

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Azul

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Azul. Minha cor favorita entre outras do universo.

Um azul calmo, tranquilo e hipnótico, os azuis que me afogaria se eu permitisse, que me levaria ao inferno todos as vezes que mergulhasse, aqueles malditos olhos azuis que me apaixonei e que não posso ter, não posso ver, não posso olhar toda vez que eu acordar e confessar meu amor. E que não posso sentir.

Porra. Porra! Mil vezes porra. Eu só queria ela, só queria o amor dela, o coração, o corpo, o maldito lábios e olhos azuis. Eu a queria por inteiro. Completamente inteira.

Ela me assombrava todos os dias. A maioria das vezes no sonho ou até mesmo quando estou acordada, olhando para um ponto fixo, imaginando ela aqui, comigo, abraçadas ou deitadas juntas na cama enquanto assistimos filmes qualquer enquanto nos beijamos.

Todos os dias, semanas, meses e anos eu mandava cartas para ela. Não importa qual ocasião, eu sempre mandava. Talvez eu tenha um pouco de esperança para uma resposta dela, talvez eu tenha esperança de que ela vai voltar para mim, como sempre fazia.

Ou talvez essa esperança foi arrancada de mim a muito tempo e eu não aceitei. Afinal, era meu coração falando.

O coração as vezes gosta de brincar, as vezes acelera para a pessoa errada, mas vezes dói pela pessoa que não deveria doer, as vezes não liga para a pessoa que deveria ligar, as vezes para de bater quando era pra continuar batendo, dando um leve - grande - susto.

Eu a amava. A amava como uma louca, a queria por inteiro, completamente inteiro. Até seus pés e último fio do seu cabelo, até o átomo da partilhar de sua respiração.

Suspirei fundo ao levantar da cama, encarando a parede azul decorada com alguns quadros e livros na partilheira. Tudo me lembrava dela. Aqueles livros, os quadros, a decoração e até as flores, era ela que escolheu. Absolutamente tudo que tem no meu apartamento foi escolha dela.

Não reclamo, porque fico feliz em ter pelo menos algo que ela fez presente. Algo que ela ajudou a construir em minha vida, algo que ela fez com todo o amor e carinho que já sentiu por mim ou se um dia sentiu. Eu queria pelo menos alguns minutos a mais com ela. Apenas alguns.

Bocejei e apertei os olhos, tentando desembaraçar minha vista. Me levantei da cama e fui em direção ao banheiro, onde fiz toda a minha higienizacao privada. Aproveitei e lavei os cabelos. Eles estavam olioso e grudento, parecia que tinha jogado graxa nele e embolado na escova.

Voltei para o quarto novamente e peguei uma roupa simples, mas muito confortável. Uma calça moletom preta larga e uma regata branca. Nos pés calcei um tênis branco também, combinando com a regata. Deixei os cabelos soltos para secarem de forma natural e passei apenas um perfume e um desodorante.

Peguei minha mochila e sai do apartamento, entrando no elevador e esperei que chegasse ao térreo.

Cinco minutos. Cinco minutos demorou para eu chegar no térreo. Assim que sai, cumprimentei o porteiro e sai correndo, chamando um táxi e entrando.

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