Capítulo Vinte e Oito - O poço da escuridão

56 9 8
                                    

"Katile"

Lentamente sinto meu corpo formigar, meu peito aperta de dor, não sinto minhas movimentações nem minha fala, meus olhos não abrem, nunca senti isso na minha vida.

– ME TIRA DAQUI, EU QUERO SAIR.- tento gritar mas sem sucesso os gritos só saem na minha mente, meus olhos não se movimentam, minha garganta dói.

Tento sair desse estado Mas sem sucesso por uns minutos eu me via correndo em uma floresta monstruosa com algo me perseguindo, em outros momentos me sentia deitada em uma cama sem conseguir me mexer.

– eu só queria sair daqui, eu já estou morta? Porque não tenho paz nem nessa passagem de vida?- as lágrimas caem dos meus olhos como nunca caíram antes, nunca senti tanto desespero tanto medo igual sinto agora, meu Deus meus pecados foram tantos para estar passando por isso?

Depois de respirar fundo Sinto como se estivesse voltando a deitar na cama e ficar imóvel, mas dessa vez senti alguém passando a mão pelo meu rosto sentia apenas o toque e nada mais tentava pedir ajuda mas minha voz não saía. Depois de minutos tentando me movimentar Sendo que meus olhos estão desprendendo.

minha mente volta a funcionar normalmente , meus olhos se abrem e já se deparam com o teto, meu corpo continua imóvel, não me lembro de nada que aconteceu, mas aos poucos era como se minha mente fosse clareando e abrindo espaços de preenchimento das lacunas que estavam em meu cérebro.

toda minha vida passa por minha mente em questão de segundos , aonde eu estava? como cheguei aqui? lembro-me perfeitamente da faca que meu pai cravou em meu peito, da dor que senti no momento, por um instante imaginei que já estivesse numa vida pós morte, mas não compreendia por que minhas sensações eram de vida ainda. Após abrir meus olhos em questões de segundo meus movimentos voltam e eu posso levar minha mãos para meu rosto, o que estava acontecendo? Como ainda estava viva?

– Não pode ser! Realmente deu certo!- me assusto tremendamente ao ouvir aquela voz aguda, olha para frente ainda com dor na cabeça e me deparo com o Caio me encarando de perto, rapidamente tenta me movimentar ao máximo possível para trás e me encolher na cama me afastando dele.

– Calma não tenha medo de mim.

Ele se aproxima mais ainda de mim, me deixando nervosa, Minha respiração estava incontrolável, Meus movimentos eram poucos mas eu já podia sentii-los Minha garganta estava doendo como nunca e cada vez mais a dor aumenta, e a confusão no meu cérebro não parava, Minha pele estava gelada como nunca eu podia sentir só de toca-la, o que seria isso? Uma espécie de inferno pós vida, Mas o que eu fiz de tão mal para vir parar aqui?

– está muito confusa não é mesmo? Te encontrei ensanguentada e a beira da morte no banco, consegui te trazer de volta.

Não pode ser, Isso é impossível seria uma espécie de teste pós vida, Deus está querendo testar o meu perdão para ver se mereço um lugar no céu?

Minha garganta começa queimar como nunca Levo minha mão até ela, começo a grunhir e logo em seguida gritar de dor.

– Calma, é só sede. – caio se levanta vai até a gaveta da escrivaninha e pega alguma coisa que não posso identificar o que é, de repente ele chega com uma bolsa de sangue próximo a mim e me estende.

– Beba vai passar logo logo, precisa renovar suas forças te transformei à beira da morte.

Eu não estava compreendendo nada do que aquele ser estava querendo me dizer, me nego a pegar a bolsa de sangue e continuo com a dor na garganta, o que ele estava querendo dizer com isso? por que eu beberia sangue? Como assim me transformar tem alguma possibilidade dele ter me feito um monstro igual eles para salvar minha vida?

Escrava de um vampiro Onde histórias criam vida. Descubra agora