Nos dias seguintes ao tenso encontro, Nunew e Zee tentaram agir normalmente no escritório, mas a pressão só aumentava. O clima de desconfiança que pairava sobre a equipe se intensificou, e as conversas nos corredores se tornaram mais frequentes. Nunew sentia o peso dos olhares curiosos e dos sussurros ao passar, como se cada passo que desse fosse analisado e criticado.
Certa manhã, ao entrar na sala de conferências para uma reunião, Nunew encontrou-se cercado por colegas, incluindo Roberta, que parecia ter se tornado a porta-voz das especulações.
— Então, Nunew, como está o trabalho em equipe com Zee? — Roberta indagou, sua expressão maliciosa um misto de curiosidade e provocação.
Os outros olharam para Nunew, aguardando uma resposta. Ele sentiu a adrenalina subir, uma mistura de nervosismo e raiva.
— Estamos trabalhando bem juntos, como sempre — respondeu Nunew, tentando manter a compostura, embora sua voz tremesse.
Zee entrou no momento exato, seu olhar firme e autoritário, como um escudo protetor para Nunew.
— Como todos sabem, o que importa é a produtividade da equipe. Vamos focar nos projetos e não em especulações — disse Zee, sua voz cortante.
A reunião prosseguiu, mas Nunew percebeu que a situação se tornava mais insustentável a cada dia. O que antes era um ambiente de trabalho harmonioso agora estava permeado de tensões. Ele se sentia encurralado, como se o amor que sentia por Zee estivesse se tornando uma fonte de estresse em vez de alegria.
Após a reunião, Zee chamou Nunew para sua sala, a expressão grave.
— Precisamos conversar — disse ele, fechando a porta.
— Sobre o quê? — perguntou Nunew, seu coração acelerando.
— Sobre a situação no trabalho. Não posso ignorar que as coisas estão ficando complicadas — respondeu Zee, passando a mão pelos cabelos em um gesto de frustração.
— Eu também sinto isso. As pessoas estão percebendo e comentando. O que devemos fazer? — Nunew estava começando a se sentir perdido.
Zee se aproximou, o olhar intenso e focado.
— Precisamos decidir se vamos continuar a lutar por isso ou se vamos recuar. O que você acha?
Nunew sentiu um frio na barriga. A ideia de recuar era dolorosa, mas a pressão no ambiente de trabalho estava se tornando insuportável.
— Não sei se consigo continuar assim. A cada dia é uma luta para manter a normalidade, e a verdade é que isso está nos afetando — disse Nunew, a voz falhando.
Zee respirou fundo, a tensão visível em seus ombros.
— Eu quero que isso funcione, Nunew, mas precisamos ser práticos. Não quero que você sinta que está se sacrificando por causa de mim.
A declaração de Zee atingiu Nunew como uma flecha. Ele queria lutar, mas também queria ser realista sobre o que estavam enfrentando.
— Eu amo você, Zee. E isso é algo que quero continuar, mas não posso ignorar a pressão que estamos enfrentando — disse Nunew, os olhos brilhando com emoção.
Zee deu um passo à frente, segurando as mãos de Nunew, os dedos entrelaçados.
— Eu também te amo. Mas devemos ser sábios em como prosseguir. Podemos considerar dar um passo atrás por um tempo, para ver se a pressão diminui.
Nunew se sentiu desolado. A ideia de recuar parecia uma traição ao que sentiam, mas ao mesmo tempo, ele sabia que era necessário proteger o que tinham.
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Sob o Mesmo Teto: Entre Segredos e Desejos
FanfictionNunew é um jovem assistente dedicado, esforçado e encantador, trabalhando na grande empresa de arquitetura dirigida pelo rígido e meticuloso Zee, um CEO mestiço que não acredita em distrações no ambiente de trabalho. A relação deles sempre foi estri...