𝗔𝗿𝗿𝗲𝗽𝗲𝗻𝗱𝗶𝗺𝗲𝗻𝘁𝗼 (ʀᴏsᴇ ᴘᴏᴠ)

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Os dias se passaram e eu comecei a confeccionar os looks para a festa do dia 31, o que não estava sendo nada fácil

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Os dias se passaram e eu comecei a confeccionar os looks para a festa do dia 31, o que não estava sendo nada fácil.

Eu conseguia fazer 1 a 2 looks por dois dias, e os estilistas tinham menos aulas, o que frustrou muitos alunos.

Cada grupo tem um padrão de cor. O Meu era vermelho e preto, o que me fez pensar: e a Bridget? Falando nela, hoje seria o dia dela vir fazer as medidas para as roupas. Ainda não tínhamos conversado, mas suspeito que ela irá querer conversar hoje.

Estava no meu dormitório sozinha, acabando de costurar o último look do dia, que inclusive era de uma princesa, um vestido com camadas pretas e vermelha, e um top com babados vermelho, e uma coroa no meio de um coração. Quando eu acabo de dar o ultimo ponto, ouço uma batida na porta.

— Quem me pertuba?

A porta se abre e Bridget aparece com sua casual roupa rosa berrante.

— Até me doeu o olho, que foi?

— É meu dia de fazer as medidas, esqueceu?

— Esqueci, tá, sobe naquele banquinho ali.- Apontei para um banquinho no meio do quarto.

Peguei a fita e comecei a medir sua medidas.

— Então... como estão indo as roupas?- Ela pergunta.

— Bem.

— Você faz roupas lindas.

— Eu sei.

Ela suspirou parecendo cansada, porém feliz.

— Geralmente as pessoas dizem "obrigada".

Dessa vez fui eu que suspirei parecendo cansada, mas nenhum pouco feliz.

— Pode virar- digo agora medindo o comprimento de seus braços.

Nesse meio tempo, uma coisa veio em minha cabeça, uma coisa que eu gostaria de ter perguntado a muitos dias, mas não tive tempo nem vontade.

— Bridget... por que você escolheu meu grupo ao invés de qualquer outro?

Ela demorou para responder. Tentou se virar mas eu segurei ela e a mandei ficar onde estava que ainda estava medindo seus braços.

— Eu também queria conversar sobre isso. Apesar de tudo, das nossas brigas, eu queria ter sido mais próxima de você, mas...

— Se você quisesse poderia ter sido mais presente da minha vida, eu sempre quis ser sua amiga, mas a única coisa que você quis foi fazer o que nossos pais queriam só por que era a mais velha.

— Isso não é verdade.

— É sim e você sabe que é.

— Você também passou a infância tentando chamar a atenção deles.

— Não.- Parei de medir seus braços.— Eu passei a infância querendo ser como você, pra tentar chamar a sua atenção ou dos nossos pais.

Ela se virou e pude ver lágrimas em seus olhos.

— Por que você nunca me contou?

Eu não podia ter ouvido aquilo, minhad sobrancelhas se franziram e eu larquei a fita em minha cama.

— Por que? Por que? Talvez por que você tenha passado a infância me menosprezando, me excluindo de tudo pra você ser a filha preferida, pra você parecer a filha perfeita enquanto eu fazia de tudo pra ser como você. Enquanto você recebia o amor dos nossos pais sem fazer nada, eu fiz de tudo e a unica coisa que eu recebi foram cicatrizes.

Pude perceber o que eu havia falado quando seu rosto ficou mais pálido do que já era. Ela tentou falar por longos segundos mas nada saia.

— C-cicatrizes? Como assim cicatrizes? Você quis dizer cicatrizes internas ou externas?

— Não é da sua conta. Sobe no banquinho de novo.

— Eles também batiam em mim.- Ela disse tão rápido que eu quase não consegui entender, pude reparar seus pelos arrepiados, e então eu percebi que não era mentira, eles também batiam nela, batiam na Bridget.

A única coisa que consegui sair da minha boca foi:

— Por que?

— A primeira vez foi quando eu tinha 7 anos. Eles queriam que eu não falasse mais com você, por que nos éramos muito unidas, acho que você lembra né?- Eu assenti.— Então, eles tentaram conversar, mas esse nunca foi o ponto forte deles. Então na primeira vez que eu neguei, eles tentaram me fazer uma troca, me dariam presentes se eu parasse de galardão com você, mas eu não aceitei, então nosso pai melevou pra torre mais alta, pegou um pedaço de ferro que ficava lá e...

— Não precisa continuar, eu entendi. Eles fizeram isso comigo muitas vezes.

— Depois eles começaram as ameaças, se eu não fizesse o papel de filha perfeita... bem, cada vez seria pior.

— Agora faz sentido, do nada você parou de falar comigo. Eu entendi.

— Você me perdoa?

Lágrimas rolavam pelos seus olhos, e eu tinha que fazer força para segurar as minhas. Bridget sempre foi minha melhor amiga, e agora eu pude entender o por que ela havia se afastado, eu queria muito perdoá-la, muito mesmo. Mas... eu não conseguia. Sempre, o motivo que eu apanhava era por não ser tão perfeita quanto ela, o motivo sempre foi ela. Todas as minha cicatrizes tinham motivos: "essa foi por você não saber todas as regras de etiqueta" ou "por você não ser tão inteligente quanto a Bridget".

— E-eu já acabei suas medidas, pode ir.

Ela franziu a sobrancelha, mas entendeu que aquela não era a melhor hora para conversar, então saiu do quarto.

Eu nem tive tempo de chorar, por que quando Bridget saiu Malévola entrou mais confusa que nunca.

— Por que Bridget tava aqui, e chorando?

— Ah... a gente...

— Já sei, nem precisa falar, vocês brigaram e você humilhou ela né?

Será que eu sou tão ruim pra chegar ao ponto deia achar que eu faria minha própria irmã chorar daquele jeito?

— Esquece, preciso medir suas medidas.

— Beleza, eu queria perguntar, você tem sombra preta?

— Tenho, por quê?

— Eu tava pensando na minha make pro Halloween, escuta só...

Desculpem por atrasar um pouco gente, mas demorei menos dessa vez, pelo menos acho que sim.

Como ceis tão?

Qual a série favorita de vcs?

Minha: Sobrenatural.


𝐑𝐎𝐓𝐓𝐄𝐍 𝐓𝐎 𝐓𝐇𝐄 𝐂𝐎𝐑𝐄, 𝗃𝖺𝗆𝖾𝗌 𝗁𝗈𝗈𝗄Onde histórias criam vida. Descubra agora