Rebecca!

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Como prometido, nova história na área galera. "Abismo" Uma história que tenho a certeza que iram se apaixonar, assim eu espero rs. Sem mas delongas, vamos ao primeiro capítulo de hoje. 


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     POV Autora


Rebecca Armstrong sempre foi uma garota solitária, tinha poucos amigos, sempre fora compenetrada em seus objetivos: estudar para assumir a empresa da família. Fora criada naquele meio e desde criança fora apaixonada por aquilo, tendo vários projetos em mente para por em prática quando assumisse os negócios.

Porém, como vinham acontecendo há algum tempo, as coisas pareciam cada vez piores para ela, faltavam apenas três meses para completar 21 anos e a vida não cansava de lhe pregar peças, estava cada vez mais caindo no abismo que tudo se transformará.

Com 18 anos perdeu seus pais Louis e Harry em um acidente de carro, os dois eram grandes empresários do ramo hoteleiro e lhe deixaram estipulada uma mesada em testamento até seus 21 anos. Até aí, tudo ia bem, se não tivesse sido chamada seis meses antes de seu aniversário pelos advogados encarregados por seus pais a fim de que suas determinações fossem cumpridas, para ser informada que somente receberia a "mesada" até a data limite estipulada.

Então a bomba caiu sobre seus ombros, não receberia mais qualquer quantia antes de se casar e ter um filho, e seu prazo final seria até fazer 25 anos. Se não o fizesse até esse prazo todos os bens que eram de seus pais passariam para o irmão de seu pai Harry, Zayn. Este era presidente da empresa e detestava a sobrinha, com certeza cumpriria a determinação de não repassar qualquer ajuda a esta.

Seu pai sempre adorara o irmão, que vestia uma máscara quando estava na frente deste, fazendo-se de bondoso e prestativo, mas por suas costas sempre desfazia de seu irmão por ser gay e também da relação deste com Louis, recriminando quando estes decidiram ter um filho, vindo a odiar Rebecca após seu nascimento.

Com certeza seus pais nunca imaginaram que a pessoa que deixaram como guardião dos bens que seriam de sua filha jamais viria a estender a mão a está em caso de necessidade, mesmo que estivesse estipulado no testamento, mas foi exatamente isso que aconteceu.

A pergunta que pairava na cabeça de Rebecca era: o que faria de agora em diante? Teria que trancar sua faculdade de Administração em Columbia e arranjar um emprego para se sustentar e manter seu apartamento, que era o único bem que tinha em seu nome, além de seu carro.

Mas agora estava ela ali, ansiosa, sentada em sua cama a espera de mais uma notícia que poderia vir a revolucionar ainda mais sua vida.


    POV Rebecca


- Anda logo Heng, verifica lá para mim.

- Becky, acho que isso é uma coisa que você mesma deveria fazer.

Não tinha como esconder que eu estava simplesmente apavorada, o que eu faria se fossem confirmadas as minhas suspeitas. A vida já estava um tanto quanto difícil para eu enfrentar sozinha, seria ainda pior com uma criança para eu me responsabilizar.

Sem mais enrolar levantei vagarosamente e me dirigi ao banheiro. Ali sobre o balcão da pia estava algo que poderia mudar minha vida drasticamente.

Heng vinha silencioso atrás de mim enquanto eu fazia uma prece:

- Por favor, dê negativo! Por favor, dê negativo! – mas com a maré de sorte que ando é claro que ali, naquele teste de farmácia, havia duas listras indicando que eu realmente estava grávida.

Fiquei completamente quieta por alguns instantes enquanto a cor se esvaía do meu corpo e tudo ficava na mais completa escuridão.

Acordei tonta, não sabia onde estava. Olhei para os lados e constatei que estava deitada em minha cama, mas não lembrava como havia chegado ali, até ouvir a voz de Heng e tudo voltar instantaneamente a minha memória.

- Becky, você está bem? – perguntou meu amigo com voz de preocupação – Por favor, fala comigo! 

- Isso não poderia estar acontecendo comigo, Heng. Me diz que não é verdade, por favor. – implorei a ele.

Ele me olhou com seus expressivos olhos castanhos que estavam levemente avermelhados:

- Sinto muito, Estrelinha, mas acho que não tenho como dizer isso. – falou ele, me chamando pelo apelido carinhoso que meus pais me deram e que apenas usava em casos extremos.

Senti meus olhos arderem, a realidade batendo em meu rosto como se fosse um carrasco açoitando sua vítima. Mais uma vez chorei. Chorei por mim, por minha situação e acima de tudo chorei pela criança que eu carregava e que já sentia fazer parte de mim.

- Eu vou ao hospital com você amanhã para que você faça um teste mais preciso. Você sabe que esses testes de farmácia podem dar errado. – tentou me consolar, mesmo sabendo que era quase 100% de chance de tudo estar certo.

- Tudo bem, Heng, vamos sim. – falei para tranquiliza-lo, mas me sentindo péssima – Que horas são?

- Já passam das 9 da noite, venha comer, preparei uma comida leve para você.

Acompanhei-o até a cozinha e jantamos quase calados, somente trocando um comentário ou outro. Mesmo naquele silêncio agradeci por não estar sozinha, por ter Heng ali, morando comigo e me ajudando sempre que podia.

- O que eu vou fazer agora, Heng?

- Você não está pensando em tirar esta criança, está? – me perguntou com olhos perscrutadores.

- Nunca, né Heng. Essa idéia jamais passou por minha cabeça, nunca faria isso com um filho meu. Essa criança não tem culpa de uma inconsequência minha.

- Fico feliz em saber disso, mesmo tendo certeza que você jamais o faria. Desculpe por perguntar.

- Não, Heng, não tem problema. Na situação que estou entendo ter passado isso por sua cabeça. Agora só me resta mesmo terminar meu semestre na faculdade no fim do mês e procurar um emprego para ao menos ter como me sustentar.

- Becky – me chamou quando já ia me recolher ao meu quarto – Você sabe que pode contar comigo, não é? Porque meu afilhado ou afilhada vai ter um dindo muito babão.

- Claro que sei, Heng. – falei já me abraçando a ele – Você é meu melhor amigo e sei que faria o que estivesse ao seu alcance para me ajudar. E meu filho ou filha não teria padrinho melhor para ele.

Ficamos mais um pouco abraçados até que nos despedimos e fomos cada um para seu quarto.

Na quietude do meu quarto voltei a pensar nos fato mais atual na minha conturbada vida, minha gravidez de exatos três meses. Me questionava a todo instante como não percebi antes que estava atrasada em meu ciclo, mas logo a resposta veio a minha mente: estava me dedicando com afinco para fechar meu último semestre em Columbia com mérito e posteriormente voltar com honrarias a fim de concluir os dois últimos semestres que faltavam.

Agora estava eu aqui, grávida de três meses, prestes a perder a renda que recebia, sem emprego e apenas sabia o primeiro nome da pessoa de quem havia engravidado: Sarocha.







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E começou, o primeiro capítulo, de muitos que ainda vem por aí, postado com sucesso! ❤

Abismo - Freenbecky g'pOnde histórias criam vida. Descubra agora