Capítulo Único

65 6 5
                                    

Que isso, Azur?! 14.257 palavras?! Está louca?! Talvez kkkkkkk acho que me empolguei um pouco. Mas não dava para dividir esse capítulo em outros, ficaria desconexo, então preferi deixar assim mesmo.

Aproveitem a leitura.

——————————————————————————

Ele caminhava em um ritmo cadenciado, os pés tocando o chão de forma suave e deliberada, como se cada passo fosse uma escolha cuidadosa. O som de seus getas contra o asfalto ecoava em harmonia com o silêncio ao seu redor, e seu corpo parecia relaxado, quase como se o tempo não tivesse poder sobre ele. O céu acima estava pintado com os últimos vestígios do crepúsculo, e a leve brisa que soprava entre as árvores não apressava seus movimentos. Seus olhos seguiam adiante, sem pressa, absorvendo a paisagem com uma tranquilidade inabalável, como se o caminho para casa fosse tão importante.

Ela andava trôpega pelas ruas silenciosas de Konoha, os pés desiguais tropeçando nas pedras irregulares do caminho. O brilho do por do sol refletia no vidro da garrafa de vinho que balançava descuidadamente em sua mão direita, enquanto o líquido escuro manchava os dedos trêmulos. Seus olhos, enevoados pelo efeito do álcool, vagavam perdidos, sem foco, mas a mente estava fixada em uma única obsessão: ele. Cada passo que dava, sentia o calor em seu corpo se intensificar, uma chama alimentada pela mistura de desejo e saudade. O coração acelerado batia em descompasso, acompanhando seus pensamentos que giravam em torno dele, e apenas dele.

Quando finalmente chegou à sua casa de dois andares, construída com madeira nobre que exalava um leve aroma amadeirado, ele sacou as chaves do bolso. O tilintar metálico quebrou o silêncio ao seu redor enquanto destrancava a porta de correr, deslizante e suave, que se abriu com um ranger discreto. Ao cruzar o limiar, retirou os chinelos com movimentos quase automáticos, deixando-os ordenadamente no hall de entrada da sala, onde o piso de madeira absorvia o peso de seus passos.

Sem pressa, dirigiu-se à cozinha. Cada passo era calculado, o ambiente envolvido por uma serenidade quase meditativa. Ele alcançou um copo, encheu-o de água fresca e, com uma calma peculiar, levou-o à boca. Tomou gole por gole, deixando o líquido descer suavemente pela garganta, como se o tempo estivesse suspenso ao seu redor. Lá fora, o sol desaparecia no horizonte, suas últimas luzes tingindo o céu de laranja e rosa. Com o cair da noite, os primeiros flocos de neve começaram a descer do céu, pousando delicadamente no chão. O ar se tornava cada vez mais gelado, e o frio que penetrava pelas frestas das janelas trazia consigo um arrepio súbito, que percorria sua espinha em contraste com a quietude da casa.

Ele deixou a cozinha, seus passos ecoando suavemente pela casa silenciosa enquanto se aproximava da escada. Subiu os degraus com tranquilidade, cada um sob seu peso emitindo um ranger sutil. Ao chegar no andar de cima, dirigiu-se ao seu quarto. Girou a maçaneta e, ao abrir a porta, apertou o interruptor, inundando o ambiente com luz. Um grunhido baixo, quase animal, soou do canto escuro, um protesto contra a repentina claridade.

Em um reflexo rápido, seu corpo entrou em modo de defesa. Sem pensar, ele lançou uma kunai em direção à figura oculta, o ar sendo cortado pelo movimento veloz da lâmina. Mas antes que a arma pudesse atingir seu alvo, foi detida no ar, presa firmemente entre os dedos da intrusa, como se aquilo fosse a coisa mais fácil do mundo.

Seu coração disparou, e ele parou de imediato, seus olhos finalmente focando na mulher à sua frente. A postura confiante, a força que irradiava dela...

— Tsunade...?! — Exclamou, ainda incrédulo. — O que faz aqui? Como entrou?

— Você deixou a porta da sacada aberta... — Murmurou Tsunade, a voz carregada de cansaço e um leve resmungo, enquanto se levantava com esforço. Seus passos eram cambaleantes, e ela avançava lentamente em direção à cama, como se cada movimento exigisse mais energia do que o normal.

Bêbada FavoritaOnde histórias criam vida. Descubra agora