capítulo 1

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"Eu te amo mais do que tudo, meu bem... Não ficarei mais com você e o papai, porém. Sempre estarei em seus corações e ao lado de vocês..."

Essas foram as únicas e últimas palavras que ouvi da pessoa mais importante da minha vida, sempre achava que eu iria ver ela novamente. Ah... Criança ingênua, você nunca mais viu ela. Por culpa sua.
Depois desse dia perdi a vontade de viver. Não sabia mais o motivo de continuar vivendo, carreguei essa culpa por anos, meses, dias. Mesmo sabendo que eu não tive culpa... Por que justo ela? Eu que deveria estar no lugar da mamãe agora, ela poderia estar vivendo uma vida totalmente feliz! E eu tirei essa oportunidade dela. Me desculpa mãe...

Era domingo, 22:46. E eu estava no meu quarto tentando dormir já que eu não tinha mas nada para fazer e eu não queria sair do quarto para ficar vendo a minha madrasta. Porém, estava difícil. Ja que ela é meu pai estavam brigando como sempre, por um motivo besta. Eu já estava ficando irritado, olhava pro teto sem motivo nenhum apenas ouvindo enquanto meu gato dormia ao meu lado. Pelo menos tenho companhia de alguém que me entende.
Eu estava quase caindo no sono mesmo tendo aquela barulheira lá em baixo. Até meu celular vibrar e fazer um Barulhinho de um ser específico, revirei meus olhos resmungando baixo.

Henry: Não é possivel... ─ peguei meu celular na maior vontade do mundo, olhando para aquela mensagem ─ oque esse arrombado tá fazendo acordado?

Noah, uns dos "amigos" que tenho. Eu não o considero tanto assim meu amigo, diferente dele. Ele me considera até como melhor amigo.
Sempre caguei para ele, ele apenas apareceu na minha vida é só aceitei... Mas as vezes ele me irrita, porém. Não posso fazer nada para tirar ele do meu pé, infelizmente.

"Tá acordado?? Tomara q esteja. Isso não é hora de preto tá dormindo não."

Era a mensagem, desbloquei o celular. Entrando no WhatsApp para ver oque esse capeta com insônia queria.
Resumindo depois da conversa toda, era ele me convidando pra uma festa que irá ter na casa de outro amigo dele. Ah, nunca vou. Por que eu iria? Só ficaria num canto mechendo no celular. Nunca entendo o motivo dele querer fazer eu sair de casa. Sendo sincero..
Mas enfim, acabei pegando no sono.

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Segunda-feira: 16/06

Acordei, quase caindo da cama de tanto sono. Vi meu celular no chão então provavelmente o derrubei sem querer mais isso nao importa, já derrubei tantas vezes esse celular e até hoje funciona. Levantei da cama indo pro banheiro, fazendo minhas necessidades e me cuidado óbvio. Eram 05:00, ainda dava tempo de se arrumar e fazer monte de coisa, sai do banheiro já todo arrumado e de uniforme, fui procura meu óculos que sempre esqueço onde eu coloco essa bosta. E achei.
Fui descer para ir na cozinha, torcendo para não encontrar minha madrasta lá. E!!

Achei ela, estava ela é meu pai sentado na mesa. Ela olhou para mim me olhando com desgosto enquanto meu pai nem notou que eu tava ali, eu que não ia tomar aquele café com ela. Então na hora que eu ia andar até a porta, meu pai percebeu que seu filho tava ali.

Bryan: Henry! Bom dia meu filho, dormiu bem? ─ olhei para ele e o mesmo estava com um sorriso, poucos ia percebe. Mas estava claramente forçado, além de suas olheiras enormes. Provavelmente minha madrasta continuo a gritar com ele na hora e dormir. Coitado.

Olhei para ele e fiz um "sim" com a cabeça.

Henry: Dormi bem sim... Nem tanto, mas sim.

Bryan: Que bom! Não vai tomar café antes de ir para escola?

Henry: Ah, não. ─ não mesmo, eu que não ia ficar num cômodo mesmo que minha madrasta com ela me julgando pelo os olhos ─ To... Sem fome, qualquer coisa eu compro algo na padaria ou num mercadinho, sei lá.

Bryan: Tá bom, toma cuidado. Ok? ─ fiz um aceno com a cabeça e comecei a andar até a porta ─ boa aula filho, te amo!

Henry: Também te amo pai.

E vazei-
Senti um leve conforto ao ouvir o "te amo" do meu pai, ele sempre foi mais aberto, engraçado, carinhoso, etc. Isso era o que eu mais gostava dele. Aprendi com ele a não ser muito fechado, além da minha mãe ensinar bastante coisa também. Minha madrasta? Hah, ela só falariam um "Eu te amo" se pagassem ela. Ela nunca me amou, nunca entendi o por que disso. Da primeira vez que ela me viu. Me olhou com desgosto total. Sem motivo algum, não sei se foi por causa da minha aparência/cor, já que sou negro com cabelo cacheado (obviamente), ou porque sou menino. Sei lá, nunca vou entender aquela mulher estranha.

Ah, como amo sentir o vento batendo em meu rosto em plena manhã. Estava tudo tranquilo e eu acontinuava a caminhar. Até certo ponto, acabei vendo uma figura parada lá na frente porém não conseguir identificar quem era mesmo com óculos, até que consegui ver e...

Henry: A mas nem fudendo..

Era Noah, EU ESQUECI QUE ESSE ARROMBADO ME ESPERA. Sempre que saio de casa me encontro com o Noah porque diz ele que quer me fazer a companhia. Nem quero, e nunca vo querer. Aah, mas hoje eu vou para aquele lugar SOZINHO.
Parei de andar e comecei a olhar em volta procurando um lugar para me esconder, quando eu achei e torcia para ele não me ver ali, fui lento. Percebi ele virando e acenando para mim. Revirei meus olhos e continuei parado enquanto a benção via até mim.

Noah: E AÍ CARA? ─ diz ele colocando o braço encima do meu ombro e berrando no meu ouvido, o se eu quisesse ─ Dormiu bem chuchu?

Henry: Não me chama assim.

Noah: O chatice, acordou de mau humor é? Quer dizer... ─ ele se afasta de mim com o sorriso dele me olhando de cima abaixo ─ sempre está né. Tá bonito hoje.

??? Que, não sei se ele disse isso na brincadeira ou realmente disse sério. Meio esquisito isso. Nada contra, mas do nada? Certeza que é dinheiro ou quer que eu passei matéria para ele.

Henry: Não vou te dar dinheiro muito menos passar a matéria de sexta. ─ disse na cara mesmo, todo santo dia mermão. Pelor amor de Deus, comecei a andar o ignorando totalmente e ele me seguia feito um cachorro. Hilário ─ deveria começar a pedir essas coisas para aquela sua namoradinha irritante.

Noah: ... Quem? ─ Meu Deus que burro, ele ficou confuso por um tempo até que finalmente entendeu oque eu quis dizer. ─ Oxe... AH! A Lavínia? ─ apenas acenei com a cabeça para não ter que gastar novamente saliva para humilhar ele ─ Ata, credo. Namorar Lavínia mano? Deus me livre.

Henry: vocês não namoravam?

Noah: exato "namoravam", a gente não namora mais. Pensa numa menina que tem ciúmes de tudo, até se eu respirar ela implica. Ela já teve ciúmes de mim e da minha mãe. Tipo, COMO ASSIM?

Me arrependi de ter tocado nesse assunto...
Agora ele não vai calar a boca de jeito nenhum, avistei a padaria que ficava um pouco perto de casa e entrei. Enquanto o bobão ainda falava achando que eu estava prestando atenção, pedi coisa irrelevante e decidi que ia comer na escola mesmo.
Alguém faz tutorial de como fazer alguém calar a boca? Não aguento mas esse papagaio falando no meu ouvido, não quero saber do seu relacionamento. Isso não afeta nada na minha vida.

Nessas horas eu realmente me arrependo de ter levantado da cama e ter que vir para escola enquanto tem um marmanjo falando sobre seu antigo relacionamento que não durou nem uma semana direito, e falando mal da menina no modo aleatório. Só queria dormir de novo que assim eu ficava feliz.

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Oioii

Decidi que ia reescrever essa fanfic na minha antiga conta. Porque fiquei com vontade.

Espero que tenham gostado!

Obrigado por lerem! 🎀

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⏰ Última atualização: Oct 23 ⏰

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