Sehun acordou em sua cama no apartamento que divide com Jongin. É claro que acordou. É onde ele devia ter acordado. Sim, é. Não importa como ele queria ter acordado em outro lugar, não, definitivamente ele é estúpido por sequer ter desejado isso para começar. É culpa dele se embaralhar com o que acha que sente (porque, porra, não tem tempo suficiente para ele ter começado a sentir algo. Mesmo assim, aqui está ele completamente desapontado por não acordar na casa - na cama - de Junmyeon) e se decepcionar pelo que ele mesmo desejou.
Porra, o dia mal começou e aqui está ele em sua miséria.
Levou só tempo de abrir os olhos encarar o teto que Jongin invadiu seu quarto - ele parecia calmo e distraído mas assim que viu Sehun acordado isso mudou rapidamente - o garoto o bombardeou com perguntas e mais perguntas. E pra ser sincero, Sehun não estava no seu dia mais empático.
─ O que caralhos você fez? ─ Sehun não sabe. Porra, seria bom se ele soubesse.
─ Nada, eu não fiz nada. ─ Oh se fez, ele se permitiu demonstrar seu furacão de emoções bem no pior momento possível, chorou e buscou afeto desesperado com um estranho que deixou claro que não era isso que estava buscando, depois ele socou a cara desse estranho e desmaiou se ele se lembra bem e agora está irritado que criaram uma grande situação sobre isso.
─ Então por que quando te trouxe pra casa, o Junmyeon não parou de me pedir para cuidar de você? ─ Ah, eles falam o nome dele agora? Legal, finalmente. Sehun se senta na cama, o lençol desliza suavemente pelos seus ombros e ele percebe que está completamente limpo. Engraçado, ele gostaria de saber quem deu banho nele, nos seus devaneios ele gosta de imaginar que Junmyeon e Jongin fizeram isso juntos, brigando, se desentendendo e se debatendo no banheiro pequeno. Ele quase sorri pra isso.
─ Eu não sei. ─ Sehun dá de ombros, não é mentira, ele não sabe. Embora para Jongin isso pareça uma mentira, ele bufa e joga a maçã que estava segurando na direção do amigo na cama.
─ Come enquanto eu vou fazer algo pra você almoçar.
─ Eu não tô com fome.
─ Come. ─ Jongin geralmente não é tão duro, mas agora até seus olhos suaves ficaram sem cor. Não há margem ali para Sehun não obedecê-lo. Ele morde a maçã, Jongin parece satisfeito e sai do quarto. Sozinho ele pega o telefone, ele precisou o deixar em casa ontem, entre tantas notificações ele esperava tudo menos uma mensagem de Junmyeon.
Ele engasga com o maldito pedaço de maçã.
“Espero que tenha acordado bem e que esteja melhor. Jongin deve ter te dito que você desmaiou então eu te trouxe pra casa, você me deu um susto e tanto. Parece justo, acho que fui eu quem assustou você. Me desculpe, não foi minha intenção. “ Sehun se sente significativamente pior, muito pior. Ele se joga na cama apertando os olhos. Merda, porra. “Por favor, me retorne.” Sehun prefere morrer.
Esse homem não vai querer vê-lo de novo e porra, porra, é tudo o que Sehun quer. Bom, ele sabia disso, sabia que seria assim, por que ele está surpreso? É culpa sua isso tudo para começar, ele causou isso quando se permitiu desmoronar na frente de Junmyeon. É tão óbvio, Sehun só tinha que fazer uma coisa, uma coisa só e ele foi idiota o suficiente para fazer o completo oposto do que deveria merda, merda…
O som do telefone tocando atrai sua atenção. Ele pega o próprio celular mas não é o celular dele que tá tocando, isso franze suas sobrancelhas e ele suspira se levantando. Jongin atende, seu tom de voz é baixo na cozinha, a curiosidade de Sehun queima em sua barriga. Curiosidade é semelhante a raiva e ciúmes, e agora Sehun tá perdido em algo entre esses três.
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Mother tongue
FanfictionParte dois de Face of love's rage Sehun acorda no seu quarto depois da fatídica noite na floresta, o único problema é que ele continua fazendo más decisões e dessa vez ele envolve Jongin em uma delas.