Contrato Com Sentimentos - Min Yoongi

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Min Hee

- Nem pense em sair daqui! - ameaço a So Ah.

- Tá, tá! Senhor Yoongi, eu queria saber se o senhor vai viajar com a gente.

- Quem mandou você CHAMAR ELE?

- Eu aceito!

- Falso! Você é ignorante, não tem que fazer parte da NOSSA viagem!

- Mas ela me convidou, não posso fazer desfeita.

- Olha aqui! Se é por minha causa que você quer ir, vou logo avisar...

- Você acha que tudo gira em torno de você, garota? Se toca.

- Ei! Idiota!! - chuto suas pernas, mas ele se esquiva para trás.

- Tá com medo?

- Eu não!!

- Que casal lindo!

- lancei um olhar mortal para So Ah; quase que eu bato nela. Que audácia!

- Eu nunca, NUNCA! Nunca mesmo gostarei desse idiota! Ele tem que morrer sozinho!

Por incrível que pareça, ele sorri com o que a So Ah disse, mas ele gosta mesmo de mim, hein?

Mas logo percebo que a risada foi sarcástica.

AISH! O que ele quer? Por que ele age de um jeito uma hora e, na outra, está diferente?

- Senhor Yoongi, então pode ser para amanhã?

- O que? Você acha que para programar uma viagem é da noite para o dia?

- Hee, você acha que eu planejei agora? Pensei que você fosse inteligente.

- Eu posso!

- Nossa, como você ficou bondoso.

- Não é da sua conta e não estou fazendo isso por você, Min Chatinha!

- Que engraçado que o apelido que eu te dei é Min Chatonildo; até nisso você me copia!

É então, para a felicidade do Yoongi, que sua mãe chega ao hospital. Sua expressão muda completamente, como se ele tivesse raiva da própria mãe. Como ele pode ser assim?

- O que você está fazendo aqui?
- Não posso vir consolar meu filho pela morte de seu melhor amigo? - diz ela, acariciando o rosto do filho. Ele tira a mão dela, irritado. Agora eu entendo por que ele é assim... puxou à cobra da mãe.
- Vai embora daqui, mulher!
- Deve ser difícil, né? Perder a Sejeong e agora o Namjoon... Meus pêsames.

Quem é Sejeong? Por que senti um aperto ao ouvir esse nome? Será que ele a ama? Por que estou assim? Eu me sinto triste ao ouvir o nome de outra mulher, mas ele é livre. Por que, coração, você está acelerado?

- Some daqui! Some, mulher maldita!
- Como você ousa? Seu ingrato! Depois de tudo o que fiz por você, é assim que me agradece?
- Como você é hipócrita! Por que você teve que ser minha mãe? Eu faria de tudo para que minha mãe fosse outra pessoa, não um monstro como você. Eu te odeio e já disse que não sou seu filho!

Nossa, ele deve ter sofrido muito. Que tipo de mãe é essa? Mas, ao mesmo tempo, ele não precisava tratá-la desse jeito.

- Eu sou sua mãe, e nada vai mudar isso!
- Eu estou cansado! Por que você não morre, mulher? Você é um lixo, tenho nojo de ter nascido de você. - Ele sai furioso, com lágrimas nos olhos. Eu não consegui me conter e fui atrás dele.

- Yoongi? - Ele para ao ouvir minha voz, olhando diretamente para mim com seus olhos cheios de lágrimas. Pela primeira vez, eu o vi assim.
- Por que comigo, Min Hee? Por quê? - Coloco a mão em seu ombro, o apoiando e deixando de lado toda a raiva que eu estava sentindo.

- Eu também me perguntava "por que", mas percebi que não tem como mudar. Só sigo em frente e tento ser o melhor para mim e mais ninguém. Seja forte por você! - Ele me olha, sem conseguir conter o choro. Ele é tão lindo até chorando.

De repente, sinto seu corpo. Ao me abraçar, ele me envolveu, e pude sentir paz, mas também estava nervosa.

— Só um minuto! — diz, me abraçando mais forte. Eu, em choque, tentando processar aquilo, não retribuo o abraço e mantenho meus braços abertos.

Quando decido retribuir o abraço, vejo o Kai parado, me olhando. Senti um aperto ao vê-lo daquele jeito, como se eu realmente não o tivesse esquecido.

Kai nos respeita e sai com a cabeça baixa e o olhar triste. É apenas um abraço, nada demais. Ele não tem que se preocupar, então por que estou me preocupando?

— Por que a Sejeong teve que morrer? — Yoongi murmura em meio ao choro. Eu me sinto ainda pior por ele citar o nome dessa mulher.

— Sejeong, meu amor... Eu a amava e ainda a amo. — Então, me separo do abraço, chateada.

— Acontece que, se você a ama, vai correr atrás dela. Não fique por aí abraçando os outros. — Ele me olha confuso, com seus olhos molhados pelo choro.

— Eu queria poder fazer isso... Mas ela está morta.

Engoli seco e percebi que fui uma idiota. Por que eu tinha que falar aquilo? Num momento, penso no Kai, e no outro, nele. O que deu em mim? Não sei, mas o que se passa na minha cabeça? Eu senti ciúmes de uma mulher que está morta.

— Ah...

— Tudo bem, eu não vou mais fazer isso! Não vou mais abraçar ninguém assim, só estava vulnerável.

— Yoongi... me desculpa. Fui uma idiota com você. Eu não devia ter falado desse jeito. Pode me abraçar quantas vezes quiser!

O que eu tô fazendo? Aish!!

                              [...]

O Namjoon já tinha recebido alta, então a So Ah veio para minha casa. Eu estava com a cabeça nas nuvens, ainda pensando no que havia acontecido.

— Quer ramen? — pergunta So Ah, mas eu não respondo, pois estava perdida em meus pensamentos. — Hee? Min Hee??

— Ah, oi?

— No que você está pensando? Aconteceu alguma coisa?

— Amiga... Esses dias eu encontrei o Kai. Ele agora trabalha naquela cafeteria perto da empresa.

— Agora eu entendi por que você está assim.

— Não é só isso...

— Você voltou para ele? — pergunta, curiosa, com a boca em formato de "o".

— Não, né! O Yoongi me abraçou hoje mais cedo... Eu senti uma sensação estranha...

— Eu sabia! Você gosta dele, Hee!

— Mas o Kai nos viu abraçados e saiu triste. Aquilo me doeu...

— Ai, amiga, supera! O passado tem que ficar para trás, e amanhã é outro dia. Amanhã você vai poder ver o Yoongi o dia todo. — diz, com um sorriso malicioso.

— Quem disse que eu quero vê-lo? — ela coloca a mão na minha boca para eu ficar quieta.

— Vai dormir que passa!