Capítulo 54

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Deitado no silêncio
Esperando pelas sirenes
Sinais, quaisquer sinais de que ainda estou vivo

Eu não quero enlouquecer
Eu não estou conseguindo passar por isso
Ei, eu deveria rezar?
Deveria rezar? É
Para mim mesmo, para um deus
Para um salvador que possa

Remendar o que foi quebrado
Desdizer estas palavras ditas
Encontrar esperança na falta de esperança
Me tirar desse desastre

Train Wreck - James Arthur

— Tudo bem? — Nicholas me questionou percebendo que estou quase pálida feito um fantasma

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— Tudo bem? — Nicholas me questionou percebendo que estou quase pálida feito um fantasma.

— Sim. Tudo bem. — Guardo o celular no bolso do paletó que Nicholas jogou sobre meus ombros.

Minhas mãos tremem enquanto estamos aqui na delegacia, esperando Verônica dar seu depoimento.

Deve estar sendo angustiante para ela ter que falar tudo o que aconteceu, eu não entrei com ela e Sofia se não perderia a cabeça, ainda mais depois que essa mensagem chegou aqui para mim.

Eu queria contar a Nicholas sobre o que está acontecendo, mas ele disse claramente que, se eu avisar alguém, Victoria morre.

Não acredito que depois de tudo ele teve a cara de pau de sequestra-la, e ainda por cima me mandar um vídeo da minha amiga machucada.

Quando eu vê-lo não vou errar duas vezes, não vou pensar duas vezes antes de matá-lo.

— Quer um café? Está fazendo frio. — concordo com apenas um manear de cabeça. Nicholas não me deixaria sair sozinha se soubesse para onde eu vou. — Já volto.

Quando perco de vista seu corpo virando no corredor, sai da delegacia correndo. Eu não posso deixar que ele machuque Victória.

Se ele quer se vingar de alguém, que seja de mim então.

Antes preciso passar em casa, ao menos trocar esse vestido por algo confortável, algo que eu possa esconder alguma arma, e um sapato fechado para guardar minha adaga.

Enquanto corro pelas ruas, sinto a adrenalina pulsando nas minhas veias. A cada passo, meu coração dispara, não só pela corrida, mas pela ansiedade do que está por vir. A imagem de Victória ferida se repete incessantemente na minha mente, como um eco insuportável.

Cheguei em casa ofegante e rapidamente comecei a trocar de roupa. Roupas confortáveis, escuras, que me permitam me mover com agilidade. Meus dedos tremem de nervoso enquanto pego a adaga, meu amuleto, a única coisa que me faz sentir um pouco mais segura em meio a esse caos.

Eu não vou deixar que você faça isso com ela — penso, enquanto me olho no espelho, ajeitando meu cabelo em um coque bagunçado.

Sai rapidamente de casa, e a cidade parece estranha à noite. As luzes piscam, e cada sombra parece esconder um sussurro de perigo. Eu não sei como vou encontrar aquele desgraçado, mas sei que não posso recuar. Minha mente está focada na única coisa que importa: salvar Victória.

After the truthOnde histórias criam vida. Descubra agora