Contém gatilhos!
O Terrível Dia
"Enquanto não tiveres conhecido o inferno, o paraíso não será bastante bom para ti."
— Aiyra! – Zenaide gritou sentindo uma dor cada vez mais constante. - Aiyra! Venha por favor. - Aiyra foi o mais rápido que pode para o quarto de Zenaide. Imaginou que a hora havia chegado, e já se sentia extremamente nervosa.
- Devo passar tranquilidade. Vai ficar tudo bem. - Ela dizia para si. Haad e Hassan confiaram a ela o bem estar de Zenaide. Se bem que as outras esposas de Haad a estavam tratando melhor, mas ela queria estar perto sempre. E a amiga também contava com ela, se apegou bastante a ela. Quando entrou, encontrou a moça se contorcendo no leito. Estava um pouco pálida.
- Você está bem? - Aiyra foi até ela e tocou sua testa. Estava febril, isso não era bom. Pelo menos não esperava que tivesse febre no parto.
- Está doendo muito. Vá chamar a parteira. - uma das esposas de Haad entrou no quarto cheia de preocupação.
-Ouvi seus gritos, o que há?
- Está nascendo.Vou chamar a parteira da vila. - Ayra saiu rápida pela porta, ainda pôde ouvir a outra dizer preocupada
- Não se demore por favor.
Aiyra chamou uma criada para acompanhá-la, pois ela não conhecia o lugar. Depois de caminharem, o que ela pensou ser uma longa distância, chegaram a uma cabana simples quase na saída da pequena vila. Aiyra já estava desesperada, não imaginava que a mulher vivesse tão distante.
- Verá que quando voltarmos o bebe já estará nos braços da mãe. - A moça falou otimista.
- Espero que nada de errado aconteça. - Chegaram de frente a tenda e bateram palmas a fim de chamar a atenção da mulher. Mas ninguém aparecia. - Ora essa! - Ela tornou a bater palmas com mais força.
- Não há ninguém. – Uma moça que passava pelo caminho falou para as duas que esperavam em vão na frente da tenda. - Ela foi atender uma mulher faz algum tempo já.
- Há outra parteira? É urgente!- Aiyra perguntou aflita.
- Não. Não que eu saiba.
- Santo Deus!
- Vamos esperar mais um pouco senhora, vai que ela esteja vindo. - Aiyra resolveu fazer o que Alih aconselhava. Quem sabe a mulher já não estava voltando.
- Esperem junto a minha cabana. - a outra ofereceu, e elas a seguiram.
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Zenaide estava muito agoniada. Havia algo de errado, sua respiração estava complicada e ela suava mesmo sentindo um frio intenso. Algumas criadas cercavam sua cama, a olhando com piedade. Onde está Aiyra? Ela pensou com o desespero tomando conta dela. De repente seus pensamentos foram interrompidos com os gritos que pareciam vir de algum lugar da casa. As duas moças que estavam com ela no quarto a olharam espantadas. Ouviram barulhos de vasos se quebrando, ou seria uma vidraça? Sentiram um cheiro de algo queimando.
- Ande, vá ver o que passa. - Ela estava sentindo uma dor terrível, mal conseguia se mover. A moça saiu para ver o que se passava, mas Zenaide ouviu seu grito agoniado vindo de fora. Lágrimas vinham aos seus olhos. "o que era aquilo?" Pensou horrorizada.
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As Graças do Deserto
RomanceAiyra, uma nativa americana, vendida desde criança, foi levada para um lar inglês. É tratada tão bem que logo se esquece da sua verdadeira condição de escrava. Até que um dia, algo que nunca esperava acontece. Aiyra passa a reconhecer com tristeza s...