"Mãe, vamos a Alvalade! Quero ver o Pote!"
Era tudo o que a pequena Carlota pedia à sua mãe, Diana. Mesmo sendo ainda bastante nova, com os seus quatro anos, queria ver todos os jogos e tinha como ídolo o número 8 dos leões, Pedro Gonçalves.
Diana...
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- A mamã ama-te muito, sim? Portas-te bem, certo?
- Sim! Também gosto de ti, mãe!
Abracei-a.
- Célia, obrigada.
- De nada. Aproveitem a viagem!
- Claro!
O Pote já tinha a pequena ao colo.
- Pote, tio Dani, vocês têm de ganhar! Eu vou estar a gritar muito as músicas todas!
- Isso mesmo! Depois nós ligamos no fim do jogo, prometo!
A mais nova abraçou toda a gente e depois foi ao pé da Carolina.
- Tia Carol, se o Dani fizer asneira, dá-lhe uma chapada por mim, está bem?
- Fica combinado.
- Eh! Agora é assim? - reclamou o Daniel.
A Carlota esgalhou-se a rir e eu despedi-me da Célia.
- Bem, até quarta, qualquer coisa liga!
- Não te preocupes, ela porta-se bem.
Dei um último beijo na Carlota antes de seguir para a segurança com os jogadores e familiares.
Senti-me vazia ao assimilar que ia ficar quase três dias longe da minha filha.
- Vai passar rápido - disse o Pedro, pondo-me o braço por trás como se adivinhasse os meus pensamentos.
Sorri ao de leve e ele continuou.
- A Célia vai cuidar bem dela e os teus pais também disseram que lá íam. Ela fica bem de certeza. Não te preocupes tanto. Preocupa-te em que pensar que vamos para a Áustria, que vamos vencer e que vamos matar-nos a visitar tudo em pouco tempo!
Ri-me e deixei a cabeça tombar para o seu ombro.
Ouvi risinhos leves, ao de longe.
- Carolina e Daniel, parem de cochichar sobre nós, muito obrigada - disse, num ar de gozo.
- Deixem-nos estar! Estávamos tão bem aqui a falar do casal do momento!
Revirei os olhos, o que fez o Pote rir-se e o Gyö aproximou-se, seguido do Hjulmand.
- Eu também quero falar do par sensação! Vocês mais um dia ou dois estão nas páginas todas de fofoca, preparem-se.
- Eles que falem, deixa-os falar. Esses não têm nada que fazer na vida.
Concordei com ele.
- Continuando, onde é que nós íamos, mor? - disse o Dani virando-se para a Carolina e fingindo sussurrar.
- Oh Bragança, és mesmo mauzinho... os coitados não têm paz.
- Desculpe, Capitão! - ele fez continência ao Hjulmand e ele agitou a cabeça.
