4/ Vivencias

136 21 2
                                    


ISABELA VICENTE

Depois da praia a Rosa me levou em casa e tava com tanto sono que fui dormir e nem vi se Melissa estava em casa.

Acordei com Melissa ouvindo pagode nas alturas. Essa menina é louca. Peguei meu celular e vi as horas, 07:00. Desci e fui na cozinha beber água.

- LEMBRO DA GENTE SE AMANDO EMBAIXO DO CHUVEIRO, VENDO O BANHEIRO INUNDAR. - a louca da Melissa canta me assustando.

- Aí, louca. - digo rindo, ela me vê e me puxa pra dançar com ela.

- DEIXA ALAGAR, DEIXA ALAGAR, DEIXA ALAGAR, DEIXA ALAGAR.

- E NAMORANDO NA COZINHA COM FEIJÃO NO FOGO AO PONTO DE NOS INCENDIAR. - eu completo.

- DEIXA QUEIMAR, DEIXA QUEIMAR, DEIXA QUEIMAR, DEIXA QUEIMAR. - nós duas.

- Aí, chega. Tenho que trabalhar. - digo choramingando.

- Aí, amiga. Não tô vendo a hora de te chamarem pra um emprego que dê bastante dinheiro pra tu me bancar. - diz e riu.

- Coitada.

- É verdade besta. Pra ser modelo, Sei lá.

- Jurou. - eu sei que eu sou bonita, mas não é pra tanto. Vou até a geladeira e bebo água e pego uma barrinha de proteína.

Subo pro meu quarto e vou tomar banho bem rapidinho. Depois coloco uma calça preta, uma blusa branca e um tênis. Passo um hidratante e um perfume.

Vou à pé como sempre. e merendo lá mesmo. Por isso chego mais cedo.

Quando chego na padaria, eu comprimento o pessoal e vou la dentro pra cozinha merendar.

Depois vou pro caixa esperar os clientes.

- Isabela. - a minha colega de trabalho me chama.

- Oi.

- Você tem alguma coisa pra fazer hoje à noite? Por que as meninas vão estar ocupadas e eu também.
Eu sei que você já ficou na outra semana-

- Pode deixar. Eu fico até tarde. - a interrompo

- Obrigada. - diz e dou um sorriso leve.

Vou chorar. Acho que é marcação, toda vez é eu. Acho que elas me odeiam.

Começou a chegar cliente e eu atendi.

Já tava quase na hora do almoço e eu fui embora almoçar.

Cheguei no apartamento e subi pro meu andar, fui
direto pra cozinha comer. Ainda bem que a Melissa faz o almoço. Minha cozinheira.

- Melissa, cadê tu?

- Tô aqui mo.

- Já almoçou?

- Não. Esperei tu chegar pra a gente comer juntas. - diz sorrindo e me fazendo ri.

- Ah, que fofa. - digo irônica e colocando meu celular na mesa e indo por a comida no prato.

- Vem cá, não te vi ontem aqui de noite. Onde é que tu tava hein? - diz com sorriso provocante.

- Eu também não te vi.

- Tava dormindo né. E não desconversa não.

- Eu e a Rosa fomos na praia. - falo sorrindo lembrando de ontem.

- De noite? Nossa, que romântica. - fala me fazendo
ri.

- Pois é. - falo me levantando da cadeira e levando o prato pra cozinha.

- Não vai esperar eu terminar de comer?

- Não posso demorar e tu come muito devagar. - digo pegando meu celular em cima da mesa.

- Ah, vai te lascar. - diz com a boca toda cheia me fazendo rir.

- Tu vai se engasgar assim louca. - falo indo até a porta.

- Tchau.

- Tchau mo. rouba uns doces lá da padaria pra mim. - diz Melissa

- Tá bom. - digo sorrindo e abrindo a porta do apartamento.

Nem acredito que eu vou trabalhar hoje até de noite.
Alguém me chama pra um trabalha fácil.

- Ainda bem que você chegou, tô indo almoçar. - minha colega fala e sai.

Valha. É só eu nessa porra? Fala como se fosse um sacrifício atender algumas pessoas. Imagine se fosse trabalhar até tarde, ia morrer né.

Nessas horas não tem muito cliente, então fico só mexendo no celular e de vez enquanto tem uns sem noção que fica querendo comprar coisa na hora do almoço dos outros. Vai dormir meu filho.

Como vocês podem ver eu amo meu trabalho.

Já estava de noite e estava quase todo mundo saindo e eu saía por último. Reviro os olhos até com esse pensamento. Pego alguns docinhos porque não sou besta e nem nada.

Fechei a portão da padaria e fui ao caminho do meu apartamento. Tenho medo da rua do meu prédio de noite. Estava andando pensando sobre isso quando sinto passos. Olho pra trás e tem um VELHO andando resmungando alguma coisa.

Quando vejo que ele está andando um pouco mais rápido e eu meto a carreira e vejo que até o gato que apareceu do nada estava assustado também. Dou um perdido no velhinho entrando num beco com medo de outro velho aparecer por lá. Mas vejo ele alcançando o gato e pegando-o e falando:

- Raimundo, seu gato safado. Nunca mais deixo tu da uma passeada.

- Eu não acredito não. Puta que pariu. - sussurro baixo pra mim mesma no beco.

Eu não acredito que eu corri esse quarteirão pra NADA. Mas que bom não me aconteceu nada. Entro no prédio e subo pro meu apartamento quase morrendo.

- Amiga, tá bem? - Melissa pergunta da sala de TV.

- Não. - respondo ofegante.

- O que houve? - pergunta rindo.

- Tava correndo de um véi.

- Valha, meu Deus! Como foi isso?

- Sei lá véi, eu tava andando ai eu senti um véi atrás de mim. E sai correndo.

- Puta que pariu. - Melissa rindo diz horrores e eu fico com cara de tédio.

- Tá rindo do que? - falo saindo da sala e subindo pro quarto tomar um banho.

Quando saio do banho recebo uma mensagem da Rosa.  "Oii, linda! vamo sair hj?" entro na mensagem.

                           
- Oii, linda! vamo sair hoje? 😻

                                                                             - Não. 🥰

- Ô menina insuportável. Por que não?
    
                                                                          - Pra onde?
                     
                        
- Andar, sei lá.

- Beleza! Vai me buscar?

- Claro né. 🙄
[ você reagiu essa mensagem com "🙄" ]


- fim de conversa -






ep pequeno hj pq tô sem ideia 😭

Você leu todos os capítulos publicados.

⏰ Última atualização: Nov 03 ⏰

Adicione esta história à sua Biblioteca e seja notificado quando novos capítulos chegarem!

Que o amor venha até mim - Rosamaria MontibellerOnde histórias criam vida. Descubra agora