Atualizações Feita Para Mim.

Capítulo 18.

Rodrigo entrou, deu aquela olhada rápida, depois voltou a atenção para ela. — Ia fazer isso comigo mesmo, né? Ia embora depois do acordo que fizemos...

— Eu ia escrever para você. Ia deixar mensagem, agradecendo por tudo.

— Não é sobre isso. Qual foi o acordo?

— Ôh meu bem...

— Olha, não tô aqui para fazer você ficar mais triste não. Eu sei que você estava aproveitando minha viagem, por estar sem jeito, e ia cair fora. Mas to aqui para não deixar você ir. – Deu um passo para se aproximar dela. — Merda, Samy, não vou deixar. Não faz isso com você e com todo mundo que quer o melhor para você. Logo você que diz para todo mundo não desistir de nada.

Ela, que já estava emocionada, sentiu novas lágrimas por cima das que pensou que já tinham secado. — Não é bem desistir, é dar uma pausa. – "Todos estão realizando algo, e que bom por isso, mas, eu estou parada. Tendo de precisar de ajuda e a coisa não tá boa para ninguém. Não dá, ao menos volto para casa e pronto. "

Rodrigo a abraçou, e se lembrou das palavras de sua mãe e de Ana. — Você não está se aproveitando de ninguém. So ainda não aconteceu emprego oficial, talvez haja um motivo que lá na frente vamos entender. Mas por favor, tem muita gente que torce que você não volte. Muito mais pessoas, do que as que estão torcendo que você volte.

Ela pensou que fazia sentido o que ele disse.

O amigo prosseguiu — Fique por você, e por quem acredita. Como eu disse, você já fez do seu jeito, deixa eu fazer do meu. Começando, por: Vou deixar você desabafar, falar agora, pois sei como está cansada. Quando sairmos por aquela porta, vai deixar isso para trás, como várias vezes ensinou para mim e pra Ana.

— Eu pensei que a essa altura da vida estaria de outro modo... Casa, carreira. Ou no mínimo podendo pagar o aluguel. – "Nem namorado tenho". – Bufou mentalmente de modo sarcástico — "Nem ex, na verdade. " — Você disse bem, eu to cansada meu amigo. Você tornou os últimos tempos mais bonitos, aliviou, obrigada por isso meu bem, mas não posso continuar te dando esse trabalho.

— Não é trabalho algum. Isso tudo é sabe para que? – Escutou ao longe um "hum" dela, baixinho, e continuou o que dizia — Para você ir comigo. Só precisa você mudar daqui. Aqui foi para você sair da casa onde cresceu, agora é sair daqui pra ir comigo. Ana foi pra outro lugar, e mesmo com os impasses, tem seu lado bom.

Ela ficou em silêncio, ainda abraçada a ele, mas Rodrigo sabia que estava refletindo. Nesse momento escutaram Suck for pain. Tema de Esquadrão Suicida, que foi o primeiro filme que os três viram juntos, no cinema. Comentaram por dias o quanto tinham achado legal.

Ele trocava de toque de chamada com frequência, mas, pôs aquele proposital, pela lembrança que causaria no momento. Pegou o celular e disse que era para ela.

Samantha se afastou um pouco e sem entender pegou o aparelho, olhou a tela e depois, ele: — Você pegou pesado. – Atendeu — Oi meu bem.

Escutar aquela voz afetiva dizendo o quanto ela era querida fazia bem.

Rodrigo observou a cena, e não levou dois minutos. Ela agradeceu, se despediu, entregou o celular e disse — Eu vou com você.

— Isso, garota. Mas caramba, eu sozinho não ia convencer né?

— Na verdade, eu tinha decidido antes dela ligar. Decidido antes de você aparecer, por isso estava indo na sua viagem. Mas foi bom ouvir a voz dela e ter você aqui agora.