Ghostface.

Único.

Jisung respirou fundo e observou as horas. Estava terminando de finalizar sua maquiagem, aproveitando o atraso do amigo.

Seu corpo estava decorado com a fantasia de Vanellope, do filme Detona Ralph. O cabelo escuro enfeitado com um laço cor de rosa e pequenas miçangas coloridas traziam à tona o lado mais meigo do Han, em conjunto com a maquiagem leve que usava.

Ele já se encontrava impaciente com a demora de Changbin. Seu amigo iria buscá-lo para que fossem até a festa halloween de Bang Chan, um veterano da sua universidade.

Antes que pudesse esticar a mão até seu aparelho celular, o mesmo começou a vibrar violentamente, indicando uma chamada do amigo. Jisung prontamente atendeu:

— Changbin! — soou irritado.

— Ei, Hannie, eu tive um imprevisto!

— O qu-

— Tive um imprevisto com Felix. O Minho está indo te buscar no meu lugar.

— Changbin!? O que você pensa que-

— Cala a boca! Depois a gente conversa sobre isso. O Minho já deve estar quase chegando aí. Nos vemos na festa!

Jisung não teve tempo para contestar, a ligação foi encerrada logo em seguida. Antes que pudesse fazer algo a respeito, a campainha da residência soou alto pelos corredores.

— Meu Deus, isso só pode ser dívida de jogo! — gritou irritado, indo atender a porta da frente.

Assim que o objeto de madeira se abriu, pôde vislumbrar Minho vestido com uma manta preta, da cabeça aos pés, juntamente de uma máscara.

— É sério isso? — com tédio, Jisung o olhou de cima à baixo. — Ghostface? Que brega.

Minho retirou a máscara e sorriu de orelha a orelha.

— Melhor que a sua, docinho. — provocou, se referindo ao tema de sua fantasia. — A essência do halloween é se fantasiar justamente dos assassinos mais clássicos da história. Você quer botar medo em quem usando um pirulito na cabeça?

Jisung revirou os olhos e se voltou para dentro da casa. Se tinha uma pessoa que odiava no mundo, esse alguém era Lee Minho.

— Só vou pegar minha bolsa e já estou pronto para irmos.

Sem ser convidado, Minho adentrou o local logo atrás do baixinho e se pôs a segui-lo. Ria contido com a forma que Han pisava forte no chão, deixando claro sua insatisfação com o fato de que era ele quem iria leva-lo à festa.

— Quem te mandou entrar?! — rosnou ao ter o espaço de seu quarto dividido com o maior.

Minho sorriu, sem responder, e começou a fuçar em suas coisas.

— Você é uma gracinha, Hannie. — falou ao colocar um quadro seu, de quando era criança, de volta no lugar.

Com certeza irritar Jisung era a coisa que mais amava no mundo. Claro, além dele próprio.

— Argh, você me dá nos nervos! — virou de frente para ele, com sua bolsa já pendurada no ombro esquerdo. — Vamos logo, quero acabar com a raça de Changbin o mais rápido possível!

— Ei! — Minho fez um biquinho triste. — Qual o problema de pegar uma carona com essa delícia aqui? — apontou para si mesmo e Han analisou sua fantasia pela segunda vez na noite.

— Você não tem criatividade nenhuma, sabia?

Minho tornou a sorrir.

— Mas eu sou o Ghostface mais gostoso que você já viu, não é?