Prólogo

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20 anos antes

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20 anos antes...

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35°C de calor fazia naquele dia, mas quem estava no campo sentia o dobro de calor.

A mulher preta, com um vestido velho, sentava-se em uma pedra alta que encontrou ali perto enquanto tentava enxugar o suor do rosto, que parecia impossível. Estava cansada e sua barriga de cinco meses não ajudava. Bebeu uma grande quantidade de água, comeu algumas frutas e descansou mais um pouco, acariciando a barriga. Suspendeu um suspiro, sentindo o vento fresco bater na sua pele.

— Um dia, meu bebê, quando você nascer, nós vamos embora desse lugar — sentiu o leve chute contra a sua mão e a mulher sorriu. — Você vai fazer faculdade, se tornará uma pessoa importante e será meu orgulho.

Ela parou e olhou para as pessoas trabalhando ao redor; alguns ainda eram crianças, outros adultos e velhos. Ela não entendia por que sua mãe preferiu isso a ser livre.

Se eu não estiver ao seu lado no seu melhor momento em terra, saiba que vou estar em espírito sempre te observando. — Sorriu novamente, sentindo outro chute. — Meu bebê, meu amado bebê...

— Chega de descansar, preta nojenta! Levanta daí!

Semanas depois, a mulher descobriu que estava esperando uma menina e, em um caderno velho, escrevia para sua filha.

"Minha doce filha, peço perdão por lhe ter submetido a tal preço, mas era preciso; precisava lhe proteger de pessoas cruéis e não podia te submeter à mesma vida que a minha. Peço a Deus diariamente que lhe dê um futuro diferente do meu. Minha adorada filha, sinto muito por não estar ao seu lado, mas digo nesta pequena folha que eu a amo mais que tudo no mundo.

Lhe darei o nome de Hazel, porque você foi como uma árvore de avelã que frutificou em solo infértil. Perdão, meu amor.

Com amor, mamãe."

10 anos depois

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10 anos depois...

Hazel - 10 anos de idade

— Hazel, querida — a inspetora se aproxima de mim. Gosto dela; ela me dá doces. — Você tem uma visita — sorri de novo.

Moro em uma casa cheia de crianças. Às vezes, vários adultos vêm visitar esse lugar, alguns com mais frequência que os outros. Tem vezes que eles levam as crianças com eles. Descobri pelas crianças mais velhas que elas têm uma família agora.

— Hazel, amor, esse é Oliver. Ele veio brincar com você.

— Você é muito alto e velho — digo sem pensar. Ele ri, enquanto a professora me olha séria.

— Sim, é porque algumas pessoas crescem demais e, quando isso acontece, elas ficam velhas. — Ele senta no outro balanço ao meu lado. — Seu nome é muito bonito.

— Sim, foi a minha mamãe que me deu, significa avelã, mas gosto de falar que é árvore de avelã.

— Nossa, é um significado muito bonito — ele sorri de novo. — Você é muito inteligente, Hazel.

— Obrigada — sorri pela primeira vez.

No outro dia, Oliver me visitou de novo, várias vezes. Algumas vezes, trouxe crianças e alguns adultos com ele, dizendo que eram seus filhos. Um mês depois, ele me adotou como sua filha. Oliver me disse que sempre quis uma filha, mas sua esposa sempre engravidou de meninos, e seu desejo era ter uma menina. Infelizmente, ela foi para o céu, e depois de muito tempo, ele quis realizar o desejo dela.

Eu gostei da minha nova família; é diferente das outras ou mais comum ainda. Eles me protegem como se eu fosse quebrar, e eu gosto disso.

Diário de Hazel

— Mamãe, onde quer que você esteja, eu estou bem. Tenho uma família agora e estou feliz. Tenho o melhor quarto; ele é todo rosa, minha cama é de castelo e tenho vários brinquedos. Meu pai aprendeu a fazer trança no meu cabelo. Meus irmãos sempre dizem que nunca devo me aproximar de garotos. Por quê? Eles são ruins? Não gosto quando eles não deixam eu comer doces, mas papai diz que existem momentos em que devo comer. Mamãe, se você estiver me ouvindo, obrigada por me dar a melhor família. Eu amo você.

 Eu amo você

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Com Amor, HazelOnde histórias criam vida. Descubra agora