𝗕𝗲𝗿𝗻𝗮𝗿𝗱𝗼 𝗚𝗼𝗻𝘇𝗮́𝗹𝗲𝘇.
𝟤𝟣 𝖽𝖾 𝖲𝖾𝗍𝖾𝗆𝖻𝗋𝗈 𝟤𝟢𝟥𝟧Aula de Matemática sempre foi e sempre será a que eu mais odeio na vida,números e contas que eu nunca vou entender na minha vida, estou me aguentando para não adormecer nessa aula, meus olhos estão quase fechando e já nem estou prestando atenção nenhuma no que o professor está explicando no lousa, minha mente simplesmente desligou e eu já não estou mais aqui.
— Você está me escutando? — A voz de Félix me traz de volta a realidade.
Olhei para ele confuso, tentando processar o que ele queria de mim agora, são nove da manhã, meu cérebro ainda não ligou totalmente, estou morrendo de sono, queria estar dormindo mas não tenho que estar aqui, escutando coisas que não vão ser úteis para a minha vida futura.
— O que você disse? — Disse sussurrando para ninguém escutar e muito menos o professor,não queria levar já cedo uma bronca.
— Perguntei se queria ir lá em casa hoje depois do treino, meus pais estavam perguntando sobre você e te convidaram para jantar — Ele disse em um tom animado, ao contrario dos meus pais, os de Félix gostavam de mim.
— Claro, só tenho que avisar meu pai — Disse virando meu rosto para a frente, mirando o professor que continuam escrevendo coisas na lousa.
— Você tem falado com a sua amiguinha Luma? — Ele disse aquilo num de brincadeira, tentando zoar comigo.
— Não e nem quero, depois da nossa última conversa, o que eu mais quero neste momento é distância — Afirmei em um tom firme.
Eu sei que não sou a melhor pessoa desse mundo, mas a última coisa que podem me fazer é me comparar a minha mãe.
— Mas foi assim tão grave o que ela disse? — Ele disse na maior inocência, claramente não entendo nada quando eu lhe contei o que aconteceu.
— Você sabe muito bem que não gosto que falem da minha mãe e muito menos que me comprarem a ela, tenho meus defeitos mas nenhum deles é ser igual a Sofia.
— Não sei porque continua negando, você sabe muito bem que vocês dois são muito parecidos, pode continuar fingindo mas vocês vão ser para sempre mãe e filho — Ele disse aquilo quase como se fosse um sermão.
— Mãe não é quem faz, é quem cria, por isso que eu chamo a Martina de minha mãe, ela fez muito mais presente do que a minha própria mãe entendeu — Olhei pra ele com um olhar sério, para ver se ele entendi de uma vez por todas.
— Você que sabe — Ele encolheu os ombros e se voltou para a frente encerrando ali o assunto.
As pessoas adoravam dar palpites sobre a minha própria vida, como se elas soubessem mais do que eu, isso era algo que me irritava bastante, era como se eu estivesse errado e elas certas, mas se soubessem pelo menos metade do que eu passei na minha infância, não estariam agora defendendo uma pessoa que nem se pode considerar como mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
𝗜𝗠𝗣𝗢𝗦𝗜𝗕𝗟𝗘 || 𝖡𝖾𝗋𝗇𝖺𝗋𝖽𝗈 𝖦𝗈𝗇𝗓𝖺𝗅𝖾𝗓
Romance𝑳𝑼𝑴𝑨 𝑬 𝑩𝑬𝑹𝑵𝑨𝑹𝑫𝑶 de melhores amigos viram dois desconhecidos, em um pequeno desentendimento eles brigaram e desde esse momento a amizade deles não voltou a ser a mesma que era quando eram crianças, mas sem perceberem acabaram se apaixona...