✨ Capítulo 5°: Uma vida nova

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O olhar de Michael a encarou, ignorando total os globins parados logo a frente.

Enquanto a ruiva sorriu docemente, nervosa para ele, seu corpo continuou no chão jogado, sua perna pareceu doer ainda mais.


- Uhunn, estava tentando fazer o que? - Perguntou o rei, seus braços se cruzando enquanto a repreendia.

-E, aliás pôr que está no chão? - Michael sorriu em sarcasmo.

- Para ver se minha perna se cura mais rápido. - Elora respondeu de volta, não aguentando, ele tinha que perguntar uma coisa tão óbvia.

- Está bem óbvio que eu cai na terra, senhor Michael. - E rapidamente ela se levanta do chão limpando seu vestido.

Michael a olhou secamente, tinha que sujar logo o vestido que ela acabou de colocar, e que ele tinha adorado.

- E você, pôr que tá aqui pela floresta? - Pareceu fazer a mesma pergunta.

- Que pergunta patética. - Disse Michael, em um suspiro desdenhoso. - Você guase foi enganada por bandos de globins, acha mesmo que não senti perigo de longe? - Perguntou.

- Ok. Agora, você irá explicar o pôr que fugiu. - Disse o rei, sem rodeios.

Elora encarou os goblins à sua frente, a expressão confusa em seu rosto refletindo o tumulto de pensamentos que lhe invadia a mente. Por que eles haviam parado? Era estranho, considerando que, há poucos minutos, pareciam ansiosos para torná-la o prato principal do dia.

Talvez o motivo fosse algo que eles soubessem e ela ainda não — o fato de ela ser considerada uma rainha, mesmo que isso fosse algo que Elora não reconhecesse em si mesma.

Michael, percebendo o desconforto dela, se aproximou com passos firmes. Seus olhos azuis intensos brilhavam com uma mistura de humor e algo mais, algo que ele escondia sob uma máscara de provocação.

Ele a tocou suavemente no braço, virando-a para encará-lo. Um sorriso começou a se formar em seus lábios e logo se alargou, transbordando de charme.

— Quer que eu a carregue no colo novamente? Ou está tão difícil assim de entender? — provocou, a voz repleta de ironia. Ele parecia incapaz de evitar essas brincadeiras, principalmente porque Elora, com seu jeito teimoso e seus olhares desafiadores, fazia questão de ser difícil em muitos momentos.

Ela abriu a boca para rebater, mas parou de repente, como se algo em sua mente tivesse clicado.

Seus olhos brilharam por um breve momento enquanto uma ideia tomava forma: era hora de colocar em prática o plano B. Ela precisava agir de forma doce, como se fosse inofensiva, para poder enganá-lo.

— Me desculpe, meu rei. Não precisa se esforçar tanto para me ajudar. — Sua voz soou suave, quase doce demais. Ela forçou um sorriso delicado, o bastante para parecer convincente, enquanto escondia suas reais intenções.

Michael ergueu uma sobrancelha, como se não acreditasse completamente no teatro, mas não comentou. Apenas se virou com um gesto elegante e estendeu a mão na direção dela, inclinando levemente a cabeça como um verdadeiro cavalheiro.

— Senhorita Elora Morgana Loir — disse, sua voz séria, mas carregada de um tom levemente teatral. — Eu adoraria que aceitasse a minha mão, assim eu poderia me desculpar, em nome dos meus servos goblins... idiotas.

O sorriso que ele deu em seguida tinha algo de desarmante, algo que ela detestava, mas ao mesmo tempo não conseguia ignorar.

E ele sorriu, claro, depois do acontecido, para Michael, era normal esses patéticos globins. Depois dele ter chegado, o grupo nem se quer moveu um passo em sua direção. — ainda mais do rei de todos os sobrenaturais, eles não seriam loucos de se aproximar.

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