Capítulo 18: Um Gesto de Compaixão

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Jack abre seus olhos e se encontra em meio a uma praça pública de um vilarejo que não conhecia

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Jack abre seus olhos e se encontra em meio a uma praça pública de um vilarejo que não conhecia. Era dia e um lugar distante. O ruivo coça sua cabeça confuso, e a essa altura ela não sabia dizer o que era real e ilusório. Não sabia se a punhalada havia acontecido ou se era apenas o Sonho jogando mais uma vez com ele.

— Onde estou? — Ele se pergunta baixinho.

Ele escuta passos de alguém se aproximando em sua costas, fazendo-o olhar sobre seu ombro e reconhecer a figura que se aproximava. Era aquela mulher. Aquele que carrega em seu beijo muita dor e sofrimento, uma angústia interminável que crescia exponencialmente a cada segundo em que seus lábios ficavam em contato com os dela.

— É um prazer revê-lo! — Diz a bela moça em uma reverência teatral.

— Pena que não posso dizer o mesmo.

— Não precisa ser tão rude! — Ela diz com um sorriso sarcástico.

— Você é a... — Ele hesita! — Morte...

— Não foi tão difícil adivinhar, não é? — Ela pergunta com os olhos se fechando em um sorriso doce.

A mulher se aproxima e para de seu lado, admirando o movimento do pequeno vilarejo.

— Para onde você me trouxe? Ainda estou no Domínio do Sonhar?

— Quase isso! — Ela parte em uma caminhada lenta.

Jack, ao ficar para trás, acelera seu passo para acompanhá-la.

— Esse é o Domínio da Morte, Jack. Meu domínio. — A voz dela era suave, mas com um peso sombrio subjacente. — Ninguém pode vê-lo ou ouvi-lo aqui. É como se fosse apenas uma sombra, à margem da realidade.

Jack sentiu um calafrio subir por sua espinha. Ele olhou em volta, observando as pessoas que passavam apressadas, conversando, sorrindo, completamente alheias à sua presença. Era como se ele fosse um fantasma em um mundo vivo.

— O Domínio da Morte? — Ele repetiu, desconfiado. — Isso significa que eu...?

— Morreu? — Ela completou a frase, parando abruptamente o olhar nos olhos dele. — Não exatamente. Você estava quase lá, mas... sua mão impediu que a adaga entrasse mais fundo em suas costelas.

A confusão no rosto de Jack deu lugar a uma centelha de entendimento. Ele se lembrou da dor lancinante da adaga perfurando sua carne, o sangue quente manchando o chão, o desespero enquanto a vida escapava dele. Mas depois, o que aconteceu? Era tudo uma névoa.

— Então foi você quem me trouxe aqui? — Ele perguntou, a desconfiança ainda presente em sua voz.

Ela assentiu, e o sorriso sarcástico que ela tinha anteriormente deu lugar a uma expressão mais séria.

— Nós começamos com o pé esquerdo na última vez que nos encontramos, admito. Eu poderia ter sido... mais delicada. — Ela fez uma pausa, e então, com uma voz mais suave, continuou: — Eu não sou apenas o que você viu antes. Há mais em mim do que dor e sofrimento. E agora, quero mostrar que também posso ser... gentil.

REX: A ORIGEMOnde histórias criam vida. Descubra agora